Diamantina – Casa do Padre Rolim


Imagem: Site da instituição

A Casa do Padre Rolim, em Diamantina-MG, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casa à R. Tiradentes (Casa do Padre Rolim)
Outros Nomes: Casa à Rua Tiradentes
Localização: R. Direita, nº 14 – Diamantina-MG
Número do Processo: 429-T-
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 278, de 28/06/1950
Uso Atual: Museu do Diamante
Observações: O Museu do Diamante foi criado em 1954. A antiga Rua Tiradentes teve seu nome original resgatado, chamando-se atualmente Rua Direita.

Descrição: Construída no século XVIII, sua importância histórica reside no fato de ter sido residência do inconfidente padre José de Oliveira e Silva Rolim, natural do antigo Arraial do Tijuco e um dos principais personagens da Conjuração Mineira de 1789. Em princípios do século XIX, de volta ao Brasil, o inconfidente foi reembolsado da quantia relativa à arrematação de sua casa, através de decisão do governo imperial, datada de 21 de maio de 1823. O imóvel continuou em mãos de particulares até 1945, quando foi desapropriado pela União, passando mais tarde a abrigar o atual Museu do Diamante.
A antiga casa do Padre Rolim está situada na parte baixa da Rua Direita, no Largo da Matriz. Trata-se de construção semi -assobradada, implantada num nível superior ao da rua, cujo desnível é corrigido na esquerda da fachada principal por muro de pedra guarnecido por gradil de madeira recortada. Na direita, abrem-se três vãos para o pavimento inferior, este, no nível da rua, aproveitando a sua inclinação.
A planta, composta por partido retangular, é acrescida de um braço na lateral direita e é formado por uma seqüência de cômodos e uma varanda interna, guarnecida de balaústres de madeira recortada, que dá para um pátio lajeado de pedra. A solução da distribuição interna dos cômodos é bem simples, em continuidade linear, observando-se a substituição de várias paredes em taipa de sebe e de formigão por alvenaria de tijolos, fruto de restaurações ocorridas. ao longo do tempo. Aos fundos possui uma grande área, onde corria o ribeirão do Tijuco e, na lateral direita, estreita faixa de terreno que dá passagem ao conduto de água que abastece o chafariz existente em ângulo com a edificação.
A edificação apresenta cobertura em quatro águas, com beirais arrematados em cimalha e cachorros, a exemplo das edificações coloniais de Diamantina. Cunhais e enquadramento dos vãos em madeira, sendo estes, tanto externa como internamente em vergas retas. A fachada principal, simples e harmoniosa, compõe-se de seis janelas de caixilho de vidro e guilhotina, três das quais encimam as portas do pavimento inferior. Todas as portas possuem vedação do tipo calha. Internamente, apresenta piso em tabuado largo e forros que se alternam entre os tipos esteira e saia-e-camisa. Entre 1951 e 1953, a edificação passou por obras gerais de restauração empreendidas pelo IPHAN, incluindo a recuperação da área do pomar aos fundos e da entrada de antigo túnel ali existente.
Fonte: Iphan.

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MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio de Influência Portuguesa
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