Diamantina – Casa Muxarabi


Imagem: Iphan

A Casa Muxarabi, em Diamantina-MG, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casa à R. Francisco Sá, nº 50
Outros Nomes: Casa R. Francisco Sá, nº 50
Localização: Rua da Quitanda, nº 46 – Diamantina-MG
Número do Processo: 429-T
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 382, de 28/06/1950
Uso Atual: Biblioteca Antônio Torres.

Descrição: Trata-se de construção remanescente do período colonial mineiro, presumivelmente datada da segunda metade do século XVIII, cuja singularidade é marcada pela presença de um muxarabi, ou seja, tipo de balcão de origem mourisca, inteiramente vedado em treliças de madeira, destinado a garantir maior privacidade, sobretudo às mulheres. Construído para fins residenciais, o sobrado foi adquirido e restaurado pelo IPHAN na década de 50, passando a abrigar o escritório regional do órgão, como também a Biblioteca Antônio Torres, que, subordinada à Biblioteca Nacional, reúne um importante acervo em livros que pertenceu ao seu patrono, famoso escritor e jornalista diamantinense.
Situada na Rua da Quitanda, área central de Diamantina, a “Casa do Muxarabi ,”como é conhecida, integra-se de forma harmônica no conjunto de edificações do trecho da rua. Implantada em terreno estreito, apresenta partido quase retangular e planta que se desenvolve com maior largura do meio para os fundos do terreno’, cuja solução permitiu a criação de um pátio interno contornado por uma varanda e pequenos cômodos. O corpo da construção é marcado por três blocos distintos, definidos pela diferença de níveis das ruas da frente e de trás. O prédio apresenta estrutura em pau-a-pique, hoje parcialmente substituída por alvenaria de tijolos, beirais arrematados em cachorros e cimalha, e vãos em madeira com vergas alteadas.
A fachada principal apresenta como detalhe de interesse as três sacadas em madeira torneada, sendo a da esquerda correspondente ao muxarabi, além da interessante solução adotada para o segundo pavimento que, avançando em ligeiro balanço, recebe apoio de madeira, conferindo maior destaque à edificação.Sob as sacadas, encontram-se no primeiro pavimento três portas com vedação do tipo calha. Internamente, os pisos são em tabuado largo e os forros simples, à exceção da sala principal, cujo forro constitui um exemplar do tipo gamela. A diferença de níveis dos blocos da construção resulta numa ambientação interna bastante agradável, acentuada pela presença do pátio pavimentado de lajes e da varanda com guarda-corpo em treliças. Observa-se ainda interessante jogo de cobertura e volumes.
Observações: A Biblioteca Antônio Torres é, atualmente, subordinada à 16a. Sub-Regional do IPHAN. A Rua Francisco Sá também é conhecida como Rua da Quitanda.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan (p. 50)
Patrimônio de Influência Portuguesa


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