Diamantina – Mercado Municipal


Imagem: Glauco Umbelino

O Mercado Municipal, em Diamantina-MG, foi tombado por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casa do Mercado na Praça Barão de Gaicuí
Localização: Diamantina-MG
Número do Processo: 429-T-
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 387, de 31/07/1950
Uso Atual: Mercado Municipal

Descrição: O local onde hoje se encontra o Mercado Municipal, atual praça Barão de Guaicuí, pertenceu originalmente ao tenente Joaquim Cassimiro Lages, que, em 1835, ali construiu um prédio de moradia e comércio e um rancho de tropeiros ou “intendência”, nome dado aos locais destinados ao descarregamento e comercialização de mercadorias vinda de outros lugares, cujo comércio foi desarticulado por volta de 1884. Coube à Câmara Municipal de Diamantina, através de manifestação de apoio popular, a iniciativa da construção de um mercado que centralizasse a distribuição de mercadorias, de modo a evitar o monopólio de algumas “intendências” da cidade. Desta forma, em atendimento ao pedido feito em 1889, a municipalidade adquiriu dos herdeiros do tenente Lages o prédio e o rancho, iniciando a construção do atual Mercado Municipal.
Localizado num dos sítios mais agradáveis da cidade, apresenta à sua frente grande área pavimentada de pedras, onde os tropeiros amarram, em rústicos esteios de pau, os burrinhos que para ali transportam as mercadorias de abastecimento. Trata-se de construção de um pavimento, de partido retangular, estruturada em madeira, com cobertura dividida em oito águas, sendo quatro voltadas para o exterior e quatro convergindo para o pátio interno mais ou menos central, solução adotada com vistas a conter o problema apresentado pela cumeeira da parte de trás, num nível mais baixo que as demais.
Ocupando toda uma quadra, a edificação é circundada por mais três vias públicas, correspondentes às suas outras fachadas. Nas fachadas posterior e lateral esquerda percebe-se a existência de um porão, cujo declive das ruas possibilitou sua construção. Esta última é fechada em alvenaria de tijolos, apresentando cunhais, esteios e vãos de madeira e vergas de nível, com vedações em calha. As portas desse bloco, voltadas para o interior do mercado, são de vergas alteadas. As outras fachadas são todas abertas em arcadas de madeira, possuindo uma vedação de tábuas justapostas, à maneira de parapeitos.
Internamente, as arcadas se repetem no eixo central longitudinal, dando sustentação à armação do telhado. Este, em prolongado balanço com beiradas em cachorro e madeiramento aparente, constitui detalhe de interesse na construção. O piso interno é em lajes de pedra, à exceção da parte posterior ao porão, que apresenta piso em tabuado largo. O edifício é pintado nas cores azul e branco.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio de Influência Portuguesa

 


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.