Dois Irmãos – Casa Kolling 1


Imagem: Google Street View

A Casa Kolling foi tombada pela Prefeitura Municipal de Dois Irmãos-RS por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Dois Irmãos-RS
Nome Atribuído: Casa Kolling
Localização: Av. São Miguel, n° 939 – Dois Irmãos-RS
Decreto de Tombamento: Portaria municipal de tombamento n° 116/2003, de 11 de abril de 2003.
Ficha de inventário – Compac

Importância: O bem se destaca por apresentar valor nas seguintes Instâncias:
1 – Instância Cultural: Enquanto referência histórica; pelo valor de antiguidade; pelo valor tradicional para a comunidade e pelo valor de referência coletiva;
2 – Instância Morfológica: Valor arquitetônico: pela qualidade formal, Valor pela referência historiográfica; Valor pela raridade formal; Valor como elemento referencial na paisagem urbana;
3 – Instância Funcional: Compatibilização com a estrutura urbana e pela permanência dos usos originais nas estruturas existentes.
4 – Instância Técnica: Valor pelo risco de desaparecimento e Valor pelo bom estado de conservação;
5 – Instância Paisagística: Valor pela compatibilização com a paisagem urbana; Valor pelo conjunto de unidades – estruturação do cenário da quadra e Valor como elemento referencial.
6 – Instância Legal: legislação de preservação em nível municipal (Lei de Tombamento e Zoneamento em Plano Diretor).
Fonte: Ficha de inventário – Compac.

Descrição: A casa Kolling sempre foi utilizada como residência e para fins comerciais. Foi construída por um casal que era residente de Campo Bom e durante este período a parte inferior fora usada como uma estrebaria conforme a tradição oral.
Posteriormente, no ano de 1943 o casal José Aloisio Kolling e Sibyla Kolling a adquiriram pelo valor de 80 contos de réis.
Na época o casal residia na Sociedade Atiradores, pois José Aloisio foi ecônomo por muitos anos, e a aquisição se deu para que seu filho morasse na edificação com a sua família. Para tanto, Antônio Renildo Kolling que era marceneiro e sua
esposa Beatriz Kolling, industriária e costureira, residiram no imóvel e tiveram quatro filhos. Na década de 1970 José Aloysio e Sibyla também passaram a morar ali pois já não desempenhavam mais a função de ecônomos.
A parte inferior da edificação também foi alugada para o comércio de confecções “Século XX” durante os anos de 1997 a 2000. Posteriormente o estabelecimento comercial Casa da Costureira passou a ter sua sede ali, permanecendo durante cerca de treze anos e meio. No ano de 2008 os herdeiros Kolling venderam a edificação para a KINEI Calçados LTDA. A família doou para o Museu Histórico Municipal diversos mobiliários e documentos que pertenciam à família desde a época de sua aquisição.
Havia uma ligação interna da parte inferior para a superior através de uma escada, que foi fechada na época que a edificação foi utilizada para fins comerciais. A parte superior da edificação está dividida em cinco cômodos (dormitórios) e um salão enorme, com divisórias de madeira. Foi construído um anexo para abrigar uma sala/cozinha conjuntas, uma área com vista externa, banheiro e chuveiro. A fachada sofreu modificações, e sua cor original era verde com aberturas na cor branca. Nos fundos havia um extenso gramado com árvores frutíferas e também um orquidário cuidado pela família Kolling, bem como utilizavam uma cisterna e havia um poço de cerca de 25m que abastecia a casa.
Fonte: Ficha de inventário – Compac.

Histórico do município: Município integrante do Vale do Rio Feitoria, afluente do Rio Caí, sua história está ligada à colonização alemã no Estado, parte da antiga Colônia de São Leopoldo, instalada em 1824. Dois Irmãos recebeu os primeiros colonos a partir de 1825, entre eles Pedro Baum e família, lavrador e sapateiro, do Hunsrück.
A leva mais significativa de colonos imigrantes que ocuparam parte dos 249 lotes da “Linha Grande de Dois Irmãos”, foi a dos ex-náufragos do navio Cecília. O veleiro partiu do porto de Hamburgo em 1827 e surpreendido por uma tempestade no Canal da Mancha. Parcialmente destroçado, o navio com seus passageiros foi abandonado por seu capitão e pela marinhagem, ficando sem rumo até ser encontrado por um barco inglês que o conduziu para Plymouth, na Inglaterra. Aí permaneceram por cerca de dois anos, aguardando a definição de seus destinos. Aportaram no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1829, dia de São Miguel. Conta a tradição que em homenagem ao Arcanjo estabeleceram essa data como seu marco fundante. Até hoje ela é comemorada no “Michelskerb”, Kerb de São Miguel.
Em 1832 os colonos católicos inauguraram a capela em honra a São Miguel. O lugar onde foi erguido o templo é, provavelmente, o mesmo onde a partir de 1869 foi construído o outro, com traços góticos, concluído em 1880, que hoje se encontra a Antiga Igreja Matriz de São Miguel, tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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