Dourados – Estação Ferroviária de Itahum


A Estação Ferroviária de Itahum foi tombada pela Prefeitura Municipal de Dourados-MS por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Dourados-MS
CPHCA – Conselho de Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de Dourados-MS

Nome Atribuído: Estação Ferroviária no Distrito de Itahum
Localização: Distrito de Itahum – Dourados-MS
Decreto de Tombamento: Lei nº 2.089, de 11/09/1996

Descrição: O ramal de Ponta Porã partiu da estação de Indubrasil (próximo a Campo Grande), passando pela parte oeste do município de Dourados, onde foi construída a estação de Itahum (km 225), inaugurada em 18 de maio de 1949 (Queiroz, 2004, p. 67).
A estação de Itahum desempenhou, durante vários anos, um importante papel nas ligações comerciais do município de Dourados, aí incluída a CAND. As rendas geradas por essa estação chegaram, por exemplo, a ser superiores àquelas arrecadadas pela NOB na estação da cidade de Três Lagoas (Queiroz, 2004, p. 453). Por outro lado, antes mesmo da chegada dos trilhos começou a se formar, em torno do local designado para a estação de Itahum, um novo povoado.
Segundo relatos coletados por Santos (2006), um proprietário de terras na região, chamado Vicente Azambuja, influenciado pelo engenheiro encarregado dos estudos do ramal, decidiu lotear parte de suas terras. Esse loteamento teria começado em meados dos anos 1940, dando origem à colônia denominada Eldorado. Mais tarde, com a chegada dos trilhos, essa colônia deu origem a um povoado, formado em torno da estação, dos dois lados dos trilhos, e aos poucos a antiga vila Eldorado adotou o mesmo nome dado à estação ferroviária, passando-se a chamar Itahum – que, no idioma guarani, significa Pedra Preta (Santos, 2006, p. 12-14). Percebe-se que a ocupação mais intensa de imigrantes nessa região foi devida à “febre” inicial de construção do ramal ferroviário. Haja vista, a quantidade de trabalhadores que consistiam na maioria da mão-de-obra de uma serraria, prestadora de serviços para a E. F. NOB na construção do ramal de Ponta Porã.

Todavia, segundo Santos (2006, p. 16) “o declínio da utilização do ramal em geral, e também da estação de Itahum, ocorreu ao longo da década de 1960, devido à abertura de estradas de rodagem e ao melhoramento das estradas já existentes”. Verifica-se assim que, à medida que a ferrovia foi perdendo sua importância, a população acabava encontrando novos lugares para sobreviver.
De todo modo, o ramal continuou operando nas décadas seguintes. O tráfego de passageiros foi suprimido em 1996, o mesmo ano em que a operação da antiga NOB passou para uma empresa privada, que rebatizou a ferrovia com o nome de Novoeste. Pouco depois, em 2002, a empresa encerrou também o transporte de cargas, desativando portanto, completamente, o ramal de Ponta Porã; assim, o patrimônio da antiga E. F. NOB encontra-se, atualmente, em grande medida sucateado (Queiroz, 2004, p. 28).
Fonte: Débora Bethânia Faustino do Nascimento.

Histórico do município: Antes da colonização do homem branco o município de Dourados era habitado pelas tribos Terena e Kaiwa cuja presença dos descendentes é marcante até os dias atuais constituindo uma das maiores populações indígenas do Brasil.

Fundada em 10 de maio de 1.861, a Colônia Militar de Dourados, sob o comando de Antônio João Ribeiro, quando ocorreu a invasão paraguaia. Por este fato, a região tornou-se lendária.

No final do século XIX vieram para Mato Grosso, algumas famílias originárias dos Estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo em busca de novas terras no oeste do país.

Dado o acentuado progresso verificado na região e pelas notícias sobre a fertilidade da terra, aluíram novos colonizadores em demanda da exploração dos extensos ervais nativos impulsionado pela ação da Companhia Mate Laranjeira S/A, que deteve o monopólio da exploração dos ervais em toda a região, entre os anos de 1882 e 1924, destacou-se também o desenvolvimento da cultura pastoril e da construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, entre 1904 a 1914.

Entre os colonizadores, se destacava Marcelino Pires, homem resoluto, dotado de uma coragem extrema e possuidor de grande ardor pelo trabalho da lavoura e pecuária. Marcelino Pires se dedicou com maior intensidade à criação de gado, ocupando vastíssima área de terras, onde se localiza atualmente a cidade de Dourados.
Em 20 de dezembro de 1935, com áreas desmembradas do município de Ponta Porã, através do Decreto nº 30 do então Governador do Estado, Sr. Mário Corrêa da Costa foi criado o município de Dourados.

A colônia agrícola de Dourados, criada em 1943, com uma área de 50.000 hectares, reservado em 1923 para a colonização, passou a integrar Dourados pelo Decreto de elevação à categoria de município em 1935 atraindo para a região tantas levas de imigrantes brasileiros e estrangeiros, principalmente japoneses, que se dedicaram notadamente ao cultivo de café.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Débora Bethânia Faustino do Nascimento
Estações ferroviárias


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