Imagem: Ana Paula Menezes

O Cruzeiro foi tombado pela Prefeitura Municipal de Dourados-MS por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Dourados-MS
CPHCA – Conselho de Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de Dourados-MS

Nome Atribuído: O Cruzeiro
Localização: BR-163 sentido Vila São Pedro a Indápolis, km 02 – Lote 23, quadra 52 – Dourados-MS
Decreto de Tombamento: Lei n° 1.443, de 21/10/1987

Descrição: Em 1943, foi cravado o Cruzeiro, marco inicial da colonização, onde estiveram presentes diversas autoridades da época. A comprovação desse episódio está gravada em um documento enterrado ao pé da cruz, condicionado em um frasco de vidro. Nas comemorações do cinquentenário da CAND, em 28 de outubro de 1993, o Cruzeiro foi removido, restaurado e implantado no mesmo local. O cruzeiro é o marco inicial da expansão migratória e demográfica da cidade de Dourados e Tombado como Patrimônio Histórico Municipal de Dourados pela Lei nº 1.443, de 21 de Outubro de 1987.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Outro símbolo da CAND existente na região é O “Cruzeiro” – a pedra fundamental – localizado atualmente no Distrito de Indápolis. Feito de madeira da espécie aroeira em forma de cruz foi lançada pela administração da colônia em 1943. Embora tombado em 1987 pela Lei Nº 1446, este símbolo permaneceu durante muito tempo no anonimato não recebendo a devida atenção. No início da década de 1990 como já foi dito se iniciou as construções dos monumentos urbanos para se preservar a memória da colônia enquanto o Cruzeiro era devorado por cupins.

Em 1993, quando a FUNCED (Fundação da Cultura e educação de Dourados) elaborou um projeto com uma intensa mobilização para a comemoração do Cinquentenário da CAND é que o marco foi restaurado e divulgado pela imprensa. A partir desse momento ganha uma ornamentação – é posta sobre um pequeno aterro com uma cobertura para preservação. Anexa ao tronco da cruz há uma placa informando a data do tombamento, com os seguintes dizeres: TOMBAMENTO LEI Nº 1446 21/10/1987 IDENTIFICAÇÃO FUNCED. Ao lado, no aterro consta outra com o seguinte conteúdo: CINQUENTENÁRIO DA COLÔNIA AGRÍCOLA NACIONAL DE DOURADOS, CAND 28/10/1943 HOMENAGEM DA PREFEITURA MUNICIPAL DE DOURADOS GESTÃO 1993 – 1996.

Mesmo com a mobilização para as comemorações dos 50 anos da CAND em 1993 a situação continuou a mesma, pois se pleiteava a construção de mais um Monumento enquanto os que existiam, cuja criação havia sido um ano antes, não eram historicizados. Até mesmo o Cruzeiro, para que se conseguisse o apoio do poder público para sua restauração, houve intensa mobilização, visto que o local de origem não é área urbana e talvez ele não servisse de ornamentação e não garantiria fama para ninguém, tendo em vista que segundo os depoimentos, a tora de aroeira, da qual foi feita o Marco original, teria sido serrada, na época por um colono – que atualmente ainda reside no mesmo local – uma chácara próxima ao marco. Estes fatores mais uma vez nos permitem afirmar as deformidades da memória oficial e a prioridade em atender interesses particulares em detrimento ao compromisso com a representação histórica e perpetuação da memória da CAND.
Fonte: Ana Paula Menezes.

Histórico do município: Antes da colonização do homem branco o município de Dourados era habitado pelas tribos Terena e Kaiwa cuja presença dos descendentes é marcante até os dias atuais constituindo uma das maiores populações indígenas do Brasil.

Fundada em 10 de maio de 1.861, a Colônia Militar de Dourados, sob o comando de Antônio João Ribeiro, quando ocorreu a invasão paraguaia. Por este fato, a região tornou-se lendária.

No final do século XIX vieram para Mato Grosso, algumas famílias originárias dos Estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo em busca de novas terras no oeste do país.

Dado o acentuado progresso verificado na região e pelas notícias sobre a fertilidade da terra, aluíram novos colonizadores em demanda da exploração dos extensos ervais nativos impulsionado pela ação da Companhia Mate Laranjeira S/A, que deteve o monopólio da exploração dos ervais em toda a região, entre os anos de 1882 e 1924, destacou-se também o desenvolvimento da cultura pastoril e da construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, entre 1904 a 1914.

Entre os colonizadores, se destacava Marcelino Pires, homem resoluto, dotado de uma coragem extrema e possuidor de grande ardor pelo trabalho da lavoura e pecuária. Marcelino Pires se dedicou com maior intensidade à criação de gado, ocupando vastíssima área de terras, onde se localiza atualmente a cidade de Dourados.
Em 20 de dezembro de 1935, com áreas desmembradas do município de Ponta Porã, através do Decreto nº 30 do então Governador do Estado, Sr. Mário Corrêa da Costa foi criado o município de Dourados.

A colônia agrícola de Dourados, criada em 1943, com uma área de 50.000 hectares, reservado em 1923 para a colonização, passou a integrar Dourados pelo Decreto de elevação à categoria de município em 1935 atraindo para a região tantas levas de imigrantes brasileiros e estrangeiros, principalmente japoneses, que se dedicaram notadamente ao cultivo de café.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Ana Paula Menezes


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