Elói Mendes – Praça da Matriz


Imagem: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais

A Praça da Matriz foi tombada pela Prefeitura Municipal de Eloí Mendes-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Elói Mendes-MG
Nome atribuído: Praça da Matriz (0,8042ha)
Localização: Elói Mendes-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 962/2006

Descrição: O mais antigo e importante logradouro da cidade com referências do final do século XVIII. Antes da capela construída por Francisca do Espírito Santo (1810), já havia um cruzeiro de madeira na década de 1790, onde eram sepultados alguns mortos. Depois que a primitiva capela do Espírito Santo foi construída no século XIX, o local tornou-se o centro do arraial chamado de “Largo do Arraial”, onde se desenvolviam as contendas, passeios e festas religiosas. Em 1856, a criação da Paróquia, além de uma Igreja de porte médio, ao centro, e do cemitério em volta, o largo era cercado por casas de porte médio e armazéns de secos e molhados.
Em 1863, houve a mudança do cemitério para o Largo do Rosário, firmando-se assim o centro da vida local. No século XX o “Largo do Arraial” passou para “Largo da Vila Pontal”. Atrás da Igreja havia um cinema mudo chamado Cine Royal, que tinha o som durante a exibição, músicas tocadas ao piano que ficava ao lado da tela de projeção. No centro da praça em frente à Igreja havia o coreto onde era animado com apresentação pela banda de música dos maestros da época. Com a emancipação da cidade em 1911 e a mudança de nome Pontal para Elói Mendes, o antigo largo passou a chamar-se Praça da Matriz. Em 1915 recebeu postes de ferro e iluminação elétrica, e com a demolição da antiga Matriz em 1928 e a inauguração da atual em 1933, a praça ganhou ares de urbanização. Em 1950 a praça teve seu nome alterado para “Praça Oswaldo Costa” e só em 1977, esse logradouro passou a chamar-se novamente “Praça da Matriz”. O Bem Imóvel “Praça da Matriz”, está tombada pelo Decreto Nº 962, de 06 de março de 2006, e sujeito à proteção especial, de acordo com a Lei Municipal.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Histórico do município: Entre muitas pessoas que se deslocaram para a região, veio o casal Domingos Rodrigues Coimbra e dona Francisca do Espírito Santo.
Próximo ao Ribeirão da Mutuca foi, um dia, levantada a Fazenda do Morro Preto, de propriedade deste casal casal, procedentes de Jacareí, no extremo do Estado. De Jacareí, aliás, vieram outros casais para Mutuca e todos dedicaram à agricultura. Dona Francisca do Espírito Santo ficou viúva com quatro filhos. Logo depois da morte do marido, a viúva católica muito devota, fez erguer em sua Fazenda uma capela, porque as igrejas eram extremamente distantes, por volta de 1800, e que foi dedicada ao Divino Espírito Santo. (No adro desse templo foi também ela sepultada, no ano de 1813). A mencionada Fazenda era distante da atual localidade cerca de seis quilômetros. Foi D. Frei Cipriano de S. José, Bispo de Mariana, quem permitiu a ereção da Capela. Estando S. Exa. em visita Pastoral em Campanha, corria o mês de agosto de 1800, houve por bem despachar a competente provisão. E os moradores dispuseram-se em levantá-la o quanto antes. Campanha, em cuja jurisdição estavam essas terras, era de difícil acesso para aquela época e a freguesia do Espírito Santo das Catanduvas (Varginha) igualmente.
“Quando se incrementou o povoado do nosso sertão, sobretudo na metade do século XVIII, os sesmeiros, com suas famílias, em pleno deserto” como costumavam dizer, em seus documentos, sentiam a necessidade de assistência espiritual. Surgiam, assim, as ermidas, a capela, a aplicação. O fazendeiro, às vezes construía uma ermida em sua fazenda. A ermida era umas capelas particulares, cuja licença deveria ser renovada periodicamente, junto ao Bispo. Já a capela era pública, e para sua construção, deveria ser requerida licença ao bispo, que exigia, antes de a conceder, doação de um patrimônio (Waldemar de Almeida Barbosa. Dicionário da terra e da gente de minas, publicação do arquivo público mineiro, edição de a 985, pág. 23).
Assim, em 1807, com a autorização da paróquia de Campanha, começou a ser construída a capela do Divino Espírito Santo, onde hoje se encontra a Igreja Matriz de Elói Mendes. Mesmo antes do término das obras, em volta da capela, eram sepultados os mortos do pequeno arraial da Mutuca, que ia formando-se nesta colina. Monsenhor Lefort conta que em 1792, foi enterrado em Campanha um morador da Mutuca.
Com as terras do patrimônio doadas pelos fazendeiros tenente João Batista Coelho e Joaquim Marques Padilha, o povoado começa a se desenvolver. Em setembro de 1828, foi o arraial elevado a Distrito de Paz, subordinado a Varginha.
A boa qualidade da terra atrai moradores, sendo o Distrito de Paz elevado à Paróquia a 01 de junho de 1850, pelo art. 1 da lei nº 471, e à freguesia, unida ao termo de Campanha, pela lei nº 769 de 02 de maio de 1856, sendo a Paróquia desmembrada de Varginha, (só a Paróquia Canônica) com o nome de Espírito Santo da Mutuca. Tendo como primeiro vigário o Padre Luiz da Costa Pereira, a pequena capela foi se ampliando e já distinguia pelo ano de 1870, duas tímidas torres entre as indecisas ruas do povoado. O arraial passa a ser um amontoado de casas em torno e nas proximidades da Capela formando assim o largo.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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