Florianópolis – Igreja de Nossa Senhora do Desterro


Imagem: Google Street View

Alvará Régio de 05 de março de 1712 cria a Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, no Centro de Florianópolis-SC.

FCC – Fundação Catarinense de Cultura
Nome Atribuído: Igreja de Nossa Senhora do Desterro – Catedral Metropolitana
Outros Nomes: Catedral Metropolitana
Localização: R. Padre Miguelinho, n° 55 – Centro – Florianópolis-SC
Número do Processo: Nº 098/98
Resolução de Tombamento: Decreto Nº 2.998, de 25/06/1998

Descrição: Criada em 05 de Março de 1712 (303 anos)
Ao tempo do descobrimento, a Ilha de Santa Catarina era habitada pelos índios Carijós, que a denominavam “Meiempipe”. Quando aqui aportou o navegador Veneziano, Sebastião Caboto (19/10/1526 a 15/02/1527) batizou-a Ilha de Santa Catarina, segundo uns, em homenagem a Santa Catarina, para outros, uma homenagem a sua esposa, Catarina Medrano.
Em 1673 teve início o povoamento definitivo de Florianópolis. Em 1679 Francisco Dias Velho requereu o título legal das terras. Providenciou então a ereção de uma Igreja em honra a Nossa Senhora do Desterro.
Alguns historiadores dizem ter sido o próprio Dias Velho quem mandou edificar a dita Capela, para outros, o que é mais provável, na sua chegada a dita Capela já existia, pois, um livro do arquivo da Ordem Terceira de São Francisco diz que a primeira Igreja que teve a Ilha, foi construída no centro da atual Praça XV de novembro, no ano de 1651.
Antes da criação da Paróquia, Padres Jesuítas, Franciscanos e Carmelitas prestaram assistência religiosa aos moradores da Ilha.
Alvará Régio de 05 de março de 1712 cria a Paróquia de Nossa Senhora do Desterro. O primeiro casamento, celebrado pelo Carmelita Frei Agostinho da Trindade, data de 07 de janeiro de 1714. Já o primeiro Batizado foi celebrado a 15 de julho de 1715, por Frei Tomé Bueno.
Aos 23 de março de 1726, pelo Ouvidor Mor Geral de Paranaguá, Dr. Antônio Alves Lainer Peixoto, foi elevada a povoação da Ilha à categoria de Município, desmembrada de Laguna, com a denominação de Nossa Senhora do Desterro. O Município de Florianópolis estendia-se, então, desde Garopaba, ao Sul, até o Rio Camboriú, ao Norte.
Aos 9 de fevereiro de 1727 o Juiz e Vereadores da Vila de Nossa Senhora do Desterro dirigiram-se ao Rei Dom João V, pedindo-lhe que nomeasse para Vigário, o Revmo. Frei Agostinho da Trindade, por ser este estimado pela população. Consta, porém, na Crônica Diocesana da Época, que o pleito não foi aceito, tendo sino nomeado, por Provisão do Bispo do Rio de Janeiro, como Vigário Encomendado, aos 19 de janeiro de 1727, Pe. Francisco Justo Santiago.
Aos 24 de março de 1728 foi emitida uma Provisão Régia a favor de Frei Agostinho da Trindade, Carmelita, que era Pároco de Nossa Senhora do Desterro da Ilha de Santa Catarina e tinha ido até a Metrópole solicitar favores em benefício de seus paroquianos. Como reconhecia o Rei, era um religioso prático no conhecimento daquela Ilha e costas do Rio Grande e perito também na língua dos índios daquelas regiões, muito útil, portanto, para a urgente colonização do fértil Rio Grande do Sul, face ao perigo espanhol e seus amigos, os índios Tapes.
Aos 20 de março de 1730, a pedido do Bispo do Rio de Janeiro Dom Frei Antônio de Guadalupe, Resolução de Dom João V erigia a Paroquia de Nossa Senhora do Desterro em Vigararia Colada.
Uma Provisão do Conselho Ultramarino datada de 17 de julho de 1748, expedida ao Governador, Brigadeiro José da Silva Paes, mandava levantar um edifício para servir de Igreja Matriz da Paróquia. A pedra fundamental do novo templo, um projeto do próprio Brigadeiro Silva Paes, que era Arquiteto, foi lançada no ano de 1753, sendo Governador D. José de Melo Manoel e Vigário Encomendado da Freguesia Pe. Dr. Inácio José Galvão. O término da construção se deu em 1773.
Em 02 de agosto de 1813 foi batizado na Paróquia de Nossa Senhora do Desterro o Servo de Deus, Dom Jacinto Veras, “nascido há trinta dias”, em águas catarinenses. Dom Jacinto, além de ter sido Vigário de Canelones, foi também Vigário Apostólico e 1º Bispo de Montevideo, no Uruguai, onde faleceu a 6 de maio de 1881, com fama de santidade.
Em 1823 a Vila de Nossa Senhora do Desterro foi elevada à categoria de Cidade.
No 1º governo de Hercílio Luz (1894-1898), através da Lei 111 de 1º de outubro de 1894, Desterro passou a chamar-se Florianópolis, em homenagem a Floriano Peixoto.
Em 1897 foi instalado na torre da Igreja Matriz, um relógio, vindo da Alemanha.
Aos 30 de maio de 1902 foi bento o grupo de imagem em madeira (Fuga para o Egito). Trata-se de uma bela obra de arte, entalhada à mão em peça única, pelo artífice tirolês Demetz Groeden.
Aos 18 de janeiro de 1903 foram inaugurados os quadros da Via Sacra, cujas estampas também foram trazidas da Alemanha.
Aos 19 de março de 1908, por ocasião da criação da Diocese de Florianópolis, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Desterro foi elevada à condição de Sé Episcopal (Catedral).
Em 12 de abril de 1915 foi criada, na cabeceira da Ponte Hercílio Luz, a Paróquia do Puríssimo Coração de Maria, com sede na atual Igreja de Nossa Senhora do Parto, hoje uma Capela da Paróquia Santo Antônio. Esta Paróquia teve livros próprios até 1938, quando foi novamente anexada à Paróquia de Nossa Senhora do Desterro.
Em 1922 a Catedral passa por uma grande reforma e ampliação. Aos 25 de novembro daquele ano, na festa de Santa Catarina, foram bentos os sinos, encomendados por Dom Joaquim Domingues de Oliveira, na Alemanha. Formam um conjunto harmonioso, pesando o maior 2.055 Kg, perfazendo todo o carrilhão, um total de 5.338 quilos, sendo, então, o maior conjunto de sinos da América do Sul.
Neste mesmo ano a Catedral passou por uma grande reforma, sendo construídas as duas torres e o transepto.
Por Decreto Episcopal de 25 de maio de 1941 a Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, Curato da Sé, foi declarada inamovível.
Fonte: Arquidiocese.

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