Fortaleza – Espelho de Água da Lagoa de Parangaba


Imagem: Claudio Oliveira Lima

O Espelho de Água da Lagoa de Parangaba foi tombado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza-CE por sua importância natural para a cidade.

COMPHIC – Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico-Cultural
Nome Atribuído: Espelhos de Água das Lagoas de Messejana e Parangaba
Localização: Parangaba – Fortaleza-CE
Resolução de Tombamento: Lei n° 6.201/1987

Descrição: A Lagoa da Parangaba é a maior lagoa em volume de água de Fortaleza, com um espelho d’água de aproximadamente 469.659,46m². A lagoa dá nome ao bairro da Parangaba, nome indígena que significa “bela lagoa”, e em sua vizinhança estão vários equipamentos públicos e empresas. A lagoa é frequentada por um público diverso, incluindo pescadores e pessoas que buscam por lazer, sendo conhecida pela famosa feira que se realiza todos os domingos na Rua Pedro Muniz. Faz parte da bacia do Rio Ceará, e no final de 2019 passou por uma obra de requalificação onde foram construídas novas calçadas e ciclofaixas com piso intertravado, pista de cooper e skate, campo de futebol, quadras de vôlei de praia, uma mini areninha, pracinhas e quiosques de alimentação, convivência e banheiros. Também contou com novo paisagismo com o plantio de árvores e criação de jardins.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Capitania dependente, o Ceará teve a sua formação econômica iniciada no século XVII com a pecuária, para fornecer carne e tração à economia açucareira estabelecida na Zona da Mata. E Fortaleza, fundada em 13 de abril de 1726, ficou à margem.

Nessa fase, a cidade primaz era Aracati. Icó, Sobral e Crato também ocupavam o primeiro nível na hierarquia urbana no final do século XVIII. Ao contrário de Aracati, de Icó e de outras vilas setecentistas fundadas nas picadas das boiadas, Fortaleza achava-se longe dos principais sistemas hidrográficos cearenses – as bacias dos rios Jaguaribe e Acaraú – e, portanto, à margem da atividade criatória, ausente dos caminhos por onde a economia fluía no território.

Por todos os setecentos, a vila não despertou grandes interesses do Reino, não tendo desenvolvido qualquer atividade terciária. Mas, em 1799, coincidindo com o declínio da pecuária (a Seca Grande de 1790-1793 liquidou com a atividade), a Capitania tornou-se autônoma, passando a fazer comércio direto com Lisboa, através, preferencialmente, de Fortaleza, que se torna a capital.

De 1808 em diante, com a abertura dos portos, o intercâmbio estendeu-se às nações amigas e, em especial, à Inglaterra, para onde o Ceará fez, em 1809, a primeira exportação direta de algodão.

Como capitania autônoma, o Ceará ingressava então na economia agroexportadora. O viajante inglês Henry Koster, que, exatamente nessa época (1810), visitou Fortaleza, não a enxergava com otimismo: “Não obstante a má impressão geral, pela pobreza do solo em que esta Vila está situada, confesso ter ela boa aparência, embora escassamente possa este ser o estado real dessa terra. A dificuldade de transportes (…), e falta de um porto, as terríveis secas, [todos esses fatores] afastam algumas ousadas esperanças no desenvolvimento da sua prosperidade”.

Em 1822, com o Brasil independente, o Ceará passou a província; no ano seguinte, a vila de Fortaleza foi elevada a cidade, o que robusteceu o seu papel primaz, dentro já da política de centralização do Império. As propriedades agropecuárias da província, a principal riqueza de então, pertenciam a pouco mais de 1% da população livre. Dado que a Lei de Terras, de 1850, só fez contribuir para a concentração fundiária, estavam fincadas então as bases das desigualdades de renda e riqueza que, embora em menor proporção, observam-se até os dias atuais no Ceará e em Fortaleza.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO:
Fortaleza – Espelho de Água da Lagoa de Messejana
Fortaleza – Espelho de Água da Lagoa de Parangaba

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