Fortaleza – Instituto Municipal de Pesquisa Administração e Recursos Humanos


Imagem: SeCult

O Instituto Municipal de Pesquisa Administração e Recursos Humanos foi tombado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza-CE por sua importância cultural para a cidade.

COMPHIC – Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico-Cultural
Nome Atribuído: Instituto Municipal de Pesquisa Administração e Recursos Humanos (IMPARH)
Localização: Av. João Pessoa nº 5609 – Bairro Damas – Fortaleza-CE
Resolução de Tombamento: Decreto n° 13.042/2012

Descrição: Fica tombamento, em caráter definitivo, o imóvel localizado na Av. João Pessoa nº 5609, no Bairro Damas, nesta capital, denominado INSTITUTO MUNICIPAL DE PESQUISA ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS – IMPARH, haja vista o seu alto valor simbólico, portador de inelutável referência à identidade e à memória da sociedade fortalezense.
Fonte: Resolução de Tombamento.

Descrição: O Instituto Municipal de Pesquisas, Administração e Recursos Humanos (IMPARH), órgão público pertencente à administração da Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), é uma antiga edificação residencial, espécie de chácara, construída provavelmente na primeira metade do século XX, que pertenceu ao Dr. Manoel Sátiro, nascido em Jaguaruana-Ce, Deputado Constituinte Estadual entre 1934-1937 e falecido em 20 de fevereiro de 1945, aos 64 anos.

Em 3 de Dezembro de 1973 a Prefeitura Municipal de Fortaleza adquire o referido imóvel para abrigar a Fundação Educacional de Fortaleza (FUNEFOR), posteriormente a Fundação de Desenvolvimento de Pessoal (FUNDESP), entidades extintas, e o IMPARH, instituição ainda em exercício, que atua a partir das demandas e ações de três departamentos: o de pesquisas e projetos estratégicos; recursos humanos; e cursos e eventos, almejando melhor capacitação gerencial do município de Fortaleza.

Dentre os serviços oferecidos pelo IMPARH, destacam-se o Centro de Línguas, criado pela Lei municipal 5.692 de 1973 e o Plantão Gramatical, por conta do amplo reconhecimento e da demanda por parte da comunidade fortalezense – estudantes, servidores públicos, profissionais liberais, cidadãos -, quanto aos serviços e aos espaços agradáveis do IMPARH, aos prédios dos departamentos, salas de aula, pequenas praças e entorno de árvores, “cômodos” de um casarão singular.

Foram, portanto, essas práticas sociais de experimentação do poder, concebidas em um lugar (re)significado, que tornaram e tornam o Instituto em questão, de fato, um equipamento político-administrativo de caráter cultural, alvo do interesse público e de utilidade pública, exemplo de patrimônio da cidade de Fortaleza e dos seus cidadãos.
Fonte: SeCult.

Histórico do município: Capitania dependente, o Ceará teve a sua formação econômica iniciada no século XVII com a pecuária, para fornecer carne e tração à economia açucareira estabelecida na Zona da Mata. E Fortaleza, fundada em 13 de abril de 1726, ficou à margem.

Nessa fase, a cidade primaz era Aracati. Icó, Sobral e Crato também ocupavam o primeiro nível na hierarquia urbana no final do século XVIII. Ao contrário de Aracati, de Icó e de outras vilas setecentistas fundadas nas picadas das boiadas, Fortaleza achava-se longe dos principais sistemas hidrográficos cearenses – as bacias dos rios Jaguaribe e Acaraú – e, portanto, à margem da atividade criatória, ausente dos caminhos por onde a economia fluía no território.

Por todos os setecentos, a vila não despertou grandes interesses do Reino, não tendo desenvolvido qualquer atividade terciária. Mas, em 1799, coincidindo com o declínio da pecuária (a Seca Grande de 1790-1793 liquidou com a atividade), a Capitania tornou-se autônoma, passando a fazer comércio direto com Lisboa, através, preferencialmente, de Fortaleza, que se torna a capital.

De 1808 em diante, com a abertura dos portos, o intercâmbio estendeu-se às nações amigas e, em especial, à Inglaterra, para onde o Ceará fez, em 1809, a primeira exportação direta de algodão.

Como capitania autônoma, o Ceará ingressava então na economia agroexportadora. O viajante inglês Henry Koster, que, exatamente nessa época (1810), visitou Fortaleza, não a enxergava com otimismo: “Não obstante a má impressão geral, pela pobreza do solo em que esta Vila está situada, confesso ter ela boa aparência, embora escassamente possa este ser o estado real dessa terra. A dificuldade de transportes (…), e falta de um porto, as terríveis secas, [todos esses fatores] afastam algumas ousadas esperanças no desenvolvimento da sua prosperidade”.

Em 1822, com o Brasil independente, o Ceará passou a província; no ano seguinte, a vila de Fortaleza foi elevada a cidade, o que robusteceu o seu papel primaz, dentro já da política de centralização do Império. As propriedades agropecuárias da província, a principal riqueza de então, pertenciam a pouco mais de 1% da população livre. Dado que a Lei de Terras, de 1850, só fez contribuir para a concentração fundiária, estavam fincadas então as bases das desigualdades de renda e riqueza que, embora em menor proporção, observam-se até os dias atuais no Ceará e em Fortaleza.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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