Goiânia – Estátua de Bartolomeu Bueno da Silva


Imagem: Google Street View

A Estátua de Bartolomeu Bueno da Silva em Goiânia-GO foi tombada por sua importância cultural para a cidade.

Gerência de Patrimônio Artístico e Cultural de Goiânia-GO
Nome Atribuído: Estátua de Bartolomeu Bueno da Silva
Localização: Praça do Bandeirante – Av. Goiás, esquina com Av. Anhanguera – Setor Central – Goiânia-GO
Resolução de Tombamento: Lei n° 6.962, de 21 de maio de 1991
Publicação do Tombamento: n° 960, de 07 de junho de 1991

Descrição: No dia 9 de novembro de 1942 foi inaugurado o Monumento ao Bandeirante criado pelo artista plástico Armando Zago, atendendo solicitação do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito de São Paulo, para ser doado ao povo goiano. A escultura em bronze possui três metros e meio de altura e está localizada na praça Attilio Corrêa Lima – antiga Praça do Bandeirante, no cruzamento das avenidas Goiás e Anhanguera, no setor Central. Ele busca retratar o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva em corpo inteiro, tendo nas mãos uma bateia e armado de bacamarte. Bartolomeu Bueno da Silva foi alcunhado pelo índio como O Anhanguera por haver colocado fogo em álcool, fazendo-os acreditar que colocaria fogo nos rios, caso o impedisse de levar as riquezas da terra.
Fonte: IBGE.

Descrição: Estátua de Bartolomeu Bueno da Silva, correu e talvez corre risco de desaparecer da paisagem cultural de Goiânia, conforme audiência pública realizada na Câmara de Vereadores. Não é conhecida a sua representação de símbolo: bandeirante; Marcha para o Oeste; identidade da Avenida Anhanguera e direcionamento para a antiga Villa Boa, atual Cidade de Goiás – original Capital do Estado de Goiás, na época da construção da Nova Capital Goiânia; presente do Grêmio XI de Agosto, da Faculdade de Direito de São Paulo, que tem entre os doadores – Ulisses Guimarães; do Batismo Cultural de Goiânia – 1942; evidência do “traçado em “cruz”, cruzamento da Av. Goiás com a Av. Anhanguera – depois utilizado por Lúcio Costa em Brasília; o obra e o artista plástico Armando Zago, o “artista da dor”, que expressa nesta arte elementos com a escala, do jazigo funerário – desconstruída pela elevação da base em altura e da escala do observador – altura da perspectiva desconstruída. Teria ali Armando Zago sepultado as diversas dores da história nacional e da cidade?
Fonte: Iphan-GO.

Histórico do município: Desde a proclamação da República, em 1889, a transferência da capital goiana da cidade de Goiás, criada no século XVIII, já era discutida. A Constituição de 1891, no entanto, manteve a capital na antiga região aurífera. Com o fim do período do ouro, a velha Goiás, antiga Vila Boa, começou a perder a hegemonia econômica e cidades envolvidas com a criação de gado e agricultura, localizadas mais ao Sul do Estado, passaram a ter mais importância do que a capital.

Com a revolução de 1930, movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas tornou-se chefe do Governo Provisório, revogou a Constituição de 1891 e passou a governar por decretos. Getúlio nomeou interventores para todos os governos estaduais. Em Goiás, foi nomeado o médico Pedro Ludovico Teixeira, que havia lutado na revolução de 1930.

Pedro Ludovico se opôs a oligarquia política da época e decidiu que era hora de mudar a capital de Goiás. Para Pedro, era preciso impulsionar a ocupação do Estado, direcionando os excedentes populacionais para espaços demográficos vazios na tentativa de aumentar a produção econômica. Na visão do interventor goiano, a mudança da capital era uma das alternativas que permitiria a ligação do Centro-Oeste ao sul do País.

Em 1932, Pedro Ludovico instituiu uma comissão, presidida por D. Emanuel Gomes de Oliveira, que deveria discutir e escolher o melhor local para a construção da nova capital. A resistência da forte oposição a Pedro Ludovico considerava dispendiosa e desnecessária a mudança da Capital, mas o interventor, bem como a cúpula dos revolucionários de 1930, consideravam a construção de uma nova cidade como investimento e não gastos desnecessários.

Em janeiro de 1933, a comissão instituída por Pedro Ludovico procedeu a realização de estudos das condições topográficas, hidrológicas e climáticas das localidades de Bonfim (atual Silvânia), Pires do Rio de Ubatan (atual vila de Erigeneu Teixeira, em Orizona) e Campinas (atual bairro de Campinas). O relatório final apresentado a Pedro Ludovico indicou uma fazenda localizada nas proximidades do povoado de Campinas como o local ideal para construção da nova capital.

O decreto estadual nº 3359, de 18 de maio de 1933, determinou a escolha da região às margens do córrego Botafogo, compreendida pelas fazendas Crimeia, Vaca Brava e Botafogo, no então município de Campinas, para a edificação da nova capital de Goiás. Em 24 de outubro de 1933, em local definido pelo engenheiro, arquiteto, urbanista e paisagista Attilio Corrêa Lima, responsável pelo projeto urbanístico da nova capital, Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental de Goiânia. A data foi escolhida para homenagear os três anos da revolução de 1930.

De acordo com relatos históricos, o nome sugerido para a nova capital de Goiás teria sido “Petrônia”, em homenagem ao seu fundador Pedro Ludovico. O jornal O Social havia realizado um concurso cultural com seus leitores para o batismo da nova cidade. Dois nomes concorreram: Petrônia e Goiânia. O primeiro foi escolhido por 68 leitores do jornal, enquanto Goiânia obteve menos de 10 votos. Pedro Ludovico, no entanto, por razões que ele nunca revelou a ninguém, preferiu Goiânia e em decreto de 2 de agosto de 1935 formalizou o nome da nova capital.

Construída inicialmente para 50 mil habitantes, Goiânia experimentou um crescimento moderado até 1955. Entretanto, devido a uma série de fatores, como a chegada da estrada de ferro, em 1951, a retomada da política de interiorização de Getúlio Vargas, de 1951 a 1954, a inauguração da Usina do Rochedo, em 1955, e construção de Brasília, de 1954 a 1960, cerca de 150 mil pessoas já habitavam a nova capital em 1965. Apenas da década de 1960, Goiânia ganhou cerca de 125 novos bairros e tudo isso exigia mais infraestrutura, energia, transporte e escolas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan-GO

 


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