Goianinha – Conjunto Arquitetônico da Fazenda Bom Jardim


O Conjunto Arquitetônico da Fazenda Bom Jardim, em Goianinha, foi tombado pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Conjunto Arquitetônico – Fazenda Bom Jardim
Localização: Goianinha-RN
Data de Tombamento: 25/01/2007

Descrição: De acordo com o depoimento da Sra. Helena: “No início do século XIX, Manoel Pegado adquiriu terras no município de Goianinha, localizado no Estado do Rio Grande do Norte, onde instalou um engenho, ao qual deu o nome de Arvoredo”. Ali o proprietário construiu uma bela casa senhorial (casa-grande), ainda existente.
Posteriormente, por volta de 1850, o proprietário passou as terras, por herança (dote), às mãos de seu genro, Coronel Antônio Bento de Araújo Lima, quando este casou-se com D. Maria Camila, ocasião em que a propriedade recebeu a denominação de Engenho Bom Jardim, que perdura até hoje.
No engenho, a economia baseava-se em atividades agrícolas e pecuárias, destacandose o cultivo da cana-de-açúcar e do algodão, bem como, a criação de gado. No início, o engenho era movido à tração animal. A partir de 1872, ali foi instalado o sistema a vapor, que produzia açúcar mascavo, aguardente e fino melado. Data do mesmo período, a indústria de beneficiamento do algodão, no Bom Jardim.
Os escravos tiveram uma grande participação no desenvolvimento do engenho. Ali construíram um grande açude, ainda existente, trabalhavam na lavoura e na indústria açucareira. Ajudaram também a erguer a casa-grande, que constitui-se de um belo exemplar da arquitetura colonial do RN, com suas espessas paredes de taipa, seu madeiramento da cobertura e o seu piso de tijoleira, produzida na olaria da propriedade, que até hoje fabrica o produto artesanalmente, mantendo a mesma técnica do passado.
A sede do Engenho Bom Jardim, posteriormente, passou a contar com mais duas casas, erguidas para abrigar um filho e um neto do Cel. Antônio Bento, formando, assim, juntamente com o engenho e a casa-grande, um conjunto arquitetônico de três gerações. A casa principal pertence, atualmente, aos herdeiros de Luiz Gonzaga de Araújo Lima Filho, neto do coronel. Cercada de jardins com plantas e flores da região, atualmente está sob os cuidados de D. Helena, esposa de Luiz Gonzaga.
Fonte: Widerlania de Lima Bezerra.

Histórico do município: No início da colonização do Rio Grande do Norte, o território de Goianinha era ocupado pelos índios Janduís, originários dos Cariris, que viviam na aldeia e dedicavam-se à caça, pesca e plantio de mandioca e milho. O nome primitivo era Goiana, com várias grafias, entre elas, o nome Guiana, proveniente da abundância de caranguejos, perfeitamente adaptados ao local. Em 1653, tinha o nome de Goacana ou Viajana e ainda era ocupado pelos índios Janduís.
Meio século depois, a região já contava com uma população de brancos, possivelmente holandeses, localizados na ilha de Guaraíras, onde construíram fortificações contra os ataques indígenas.
Há divergências sobre o início da exploração das terras, mas segundo a tradição, a formação do núcleo populacional foi decorrente das sesmarias doadas a vendedores ambulantes, procedentes de Goiana Grande, Pernambuco, entre 1676 e 1690. No século XVIII, apareceu o topônimo Goianinha (Goiana Pequena), para distingui-la de Goiana Grande (PE).
O distrito foi criado em 1757 e levado a efeito pelo decreto de 07 de agosto de 1832, que transferiu para a povoação desse nome à sede do município de Arez, o que foi confirmado pela Resolução do Conselho do Governo, de 11 de abril de 1833. De acordo com a divisão administrativa em 1911, os distritos de Goianinha, Espírito Santo, Piau e Tibau do Sul, compõem o município de Goianinha, cuja sede se elevou à categoria de cidades por efeito da Lei Estadual nº 712 de 9 de novembro de 1928.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Widerlania de Lima Bezerra


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