Guarabira – Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz


Imagem: Servuskro

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz, em Guarabira-PB, foi tombada por sua importância cultural para o Estado da Paraíba.

IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz
Localização: R. Padre Sampaio – Centro – Guarabira-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 8.650, de 26/08/1980

Descrição: Aos 15 de maio de 1730, o Pe. João Milanês edificou uma capela cujo orago era Nossa Senhora da Conceição, no local onde atualmente existe a Matriz Nossa Senhora da Luz. Atribui-se o motivo da substituição do nome da padroeira para Nossa Senhora da Luz a uma promessa que fizera José Rodrigues Gonçalves da Costa, natural do distrito de Beiriz (Portugal). Depois – pouco mais de um século – o templo mui deteriorado, passou a ser Igreja Matriz, com o título de Nossa Senhora da Luz, tendo como primeiro pároco Pe. José Pereira de Araújo.
Fonte: Site da instituição.

A padroeira: O título mariano de Nossa Senhora da Luz era tradicionalmente invocada pelos cegos (como afirma o Padre Antônio Vieira no seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus: “Perguntai aos cegos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Luz […]”), e tornou-se particularmente cultuada em Portugal a partir do início do século XV; segundo a tradição, deve-se a um português, Pedro Martins, muito devoto de Nossa Senhora, que descobriu uma imagem da Mãe de Deus por entre uma estranha luz, no sítio de Carnide, no termo de Lisboa. Aí se fundou de imediato um convento e igreja a ela dedicada, que conheceu grande incremento devido à ação da realeza portuguesa.
Fonte: Prefeitura Municipal.

A festa: Paralela à parte religiosa, a ‘festa de rua’ da padroeira de Guarabira, registrada pelo professor e historiador Cleodon Coelho em sua célebre obra “Guarabira através dos tempos”, como sendo realizada desde o início dos anos de 1900, antes promovida pela própria Igreja Católica e, tomando maiores proporções ao longo dos anos, passou a ser promovida pela Prefeitura da cidade. Atualmente, a festa é considerada a “maior festa de padroeiro da Paraíba”, recebe todos os anos um público de cerca de 60 mil pessoas. É o principal evento turístico-cultural voltado ao segmento na cidade, todos os anos a festa eleva a economia local em diverso segmentos, principalmente no setor hoteleiro, contando com a presença de grandes destaques da música nacional.

Muito tradicional na cultura nordestina, as festas de padroeiros (ou “festas de rua”, como é conhecido em alguns locais), são realizadas pelas cidades brasileiras, principalmente no interior do Nordeste, nas datas em que são celebrados novenas e missas em honra ao (a) o (a) padroeiro (a) da cidade, costume herdado dos colonizadores portugueses.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A fundação da cidade de Guarabira vem do ano de 1694, em terras do Engenho Morgado, pertencente a Duarte Gomes da Silveira. As primeiras residências edificadas dariam, mais tarde, origem a VILA DE INDEPENDÊNCIA (primeiro nome da cidade de Guarabira), que em virtude de sua localização e da excelência de seu solo tornou-se dona de grande prestigio e influência nas cercanias.
Em 1º de Novembro de 1755, com um grande terramoto que atingia Portugal, tendo apenas na capital, Lisboa, matado mais de 40.000 pessoas, destruindo vilas e povoados, um senhor, por nome de José Rodrigues Gonçalves da Costa, tomado de pânico, fugiu de Póvoa de Varzim, na província de Porto, sua terra, em direção ao Brasil.

O Sr. José Rodrigues chegava as terras do antigo Engenho Morgado com toda sua família, construindo no local uma capela, como era tradição da época, e colocando a imagem de Nossa Senhora da Luz que trouxera de Portugal, a quem tinha grande devoção, cumprindo sua promessa em chegar a terras que não houvesse terremoto para descansar sem temor.

Embora o padre João Milanez já tivera construído uma capela dedicada a “Nossa Senhora da Conceição”, em 1730, por estas terras, foi feita a substituição da imagem tendo em vista a grande comoção dos presentes pela história do “Beiriz”, como ficou conhecido no povoado. Assim, a partir do ano de 1760 começavam as primeiras orações e novenas à Virgem da Luz, a primeira casa de oração era de taipa, mandada construir por ele onde oficializava o seu filho sacerdote, Pe. Cosme Rodrigues.

Por força de lei provincial, em 29 de Novembro de 1832, foi constituído o “Distrito de Paz”, no antigo povoado derivado do Engenho Morgado. Tendo em vista o grande potencial econômico, a povoação foi crescendo e, em 1837, foi elevado à condição de Vila, com o nome de Independência, através da Lei Provincial n.º 17 de 7 de Abril de 1837, instalando-se efetivamente no dia 11 de novembro do mesmo ano.

Vinte anos depois, no dia 10 de outubro de 1857, foi criado a Comarca de Guarabira. Devido a questões políticas, um ano depois a nova comarca após extinta, e restaurada em 1870. Novamente extinta em 1871 e definitivamente restabelecida, a 25 de Julho desse mesmo ano.

Em 1874, tendo as terras um grande avanço comercial, foi atingida assim como muitas cidades do Nordeste Brasileiro, pela conhecida invasão dos “Quebra-quilos“, havendo grande depredações e revoltas, preocupando fortemente as autoridades provinciais da época, pois vilas inteiras do Nordeste aderiram à rebelião contra o decreto que impunha a implantação de um novo sistema métrico, com seus habitantes saqueando feiras e destruindo pesos e medidas do comércio. Após as forças militares conseguirem pacificar a região, sem necessidade de confrontos mais sérios, algumas vilas foram erigidas para melhor administrar as cidades, e, por força da lei provincial nº 841, de 26 de novembro de 1887, foi elevada a “VILA DE INDEPENDÊNCIA”, à categoria de cidade, sendo denominada de “GUARABIRA”, com seu comércio e sua força, até hoje é considerada uma das maiores do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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