Imagem: Prefeitura Municipal

O Reinado foi registrado pela Prefeitura Municipal de Itaúna-MG por sua importância cultural para a cidade.

IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
Nome atribuído: As Folias de Minas
Outros Nomes: Folias de Reis
Localização: Estado de Minas Gerais
Resolução de Tombamento: 06/01/2017
Lista das Folias de Minas (dezembro 2020)
CONJUNTO:
Minas Gerais – As Folias de Minas

Prefeitura Municipal de Itaúna-MG
CODEMPACE – Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural, Artístico e Ecológico de Itaúna

Nome atribuído: Reinado de Itaúna
Localização: Itaúna-MG

Descrição: Programação festiva e religiosa começa nesta terça-feira, 1º de agosto
Realizado em homenagem a Nossa Senhora do Rosário, o Reinado, é um dos eventos mais importantes do calendário de Itaúna. Tombada como patrimônio imaterial da cidade em 2015, essa tradição mobiliza milhares de devotos e amantes da cultura popular anualmente para as celebrações em torno da padroeira dos negros. Conforme os registros históricos, foram os escravos os responsáveis pela construção da primeira igreja da cidade, edificada em homenagem à protetora, a partir de 1750.
Anos e anos depois de iniciados, os festejos continuam a reunir os inúmeros fiéis, que, a partir desta terça-feira, 1º de agosto, subirão ao Alto do Rosário para pedir graças, agradecer as bençãos recebidas ou, simplesmente, reverenciar a Santa. A programação começa com o levantamento das bandeiras pelas irmandades de Nossa Senhora do Rosário da Paróquia de Sant´Ana e Sete Guardas de Nossa Senhora do Rosário, prevista para as 20 horas.
Na quarta-feira, 02, abertura da novena, às 19h; sexta-feira, 04, e sábado, 05, orações, proclamação do evangelho e comunhão eucarística. No domingo, 06, haverá missa às 09h e 19h30, sendo essa última seguida de procissão com o andor de Nossa Senhora do Rosário, conduzido pelas guardas do Reinado, além de levantamento de bandeiras. De segunda-feira, 07, até sexta-feira, 11, ritos litúrgicos sempre a partir das 19h. O tríduo de celebrações eucarísticas começa no sábado, 12, às 19h, segue no domingo, 13, às 09h e 17h, com encerramento previsto para segunda-feira, 14, às 19h.
O feriado municipal, na terça-feira, 15, é o Dia de Nossa Senhora do Rosário. Nessa data, a festa começa cedo, com o café comunitário na casa da Rainha Santa Efigênia, Dona Sãozinha, no Santo Antônio, e da Rainha Conga, Dona Maria Ana, no bairro das Graças. Às 09h, missa e procissão, contornando a praça da Igreja do Rosário e a sede das Sete Guardas, e o cortejo com os andores dos santos patronos do Reinado, saindo da casa de Dona Sãozinha. Os devotos se concentram a partir das 18h em frente ao altar para a celebração eucarística. Na quarta-feira, 16, às 19h, os integrantes das guardas pagam promessas. Na quinta-feira, 17, os membros das irmandades encerram os festejos depois de missa.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Jóia de alto valor da arquitetura primitiva do Brasil, sob a invocação de Sant’Ana, foi iniciada em 1750 e terminada em 1765. Nela, foi celebrada a primeira missa, em 1766, pelo padre José Teixeira de Camargo, nascido na terra, filho do português Tomás Teixeira, um dos fundadores de Itaúna, ao lado do líder Gabriel da Silva Pereira e Manoel Neto de Melo. Todos, muito religiosos, casados com filhas do bandeirante João Lopes de Camargo, tiveram filhos que se ordenaram padres. Em 1853, foi permutada, por iniciativa dos padres pregadores de missão, pela capelinha do Rosário, que os pretos edificaram, em horas de folga, em 1840, na parte baixa da cidade. Sant’Ana desceu e Nossa Senhora do Rosário subiu o morro.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Três portugueses, solteiros, jovens, sócios, tornaram-se donos de “datas” de mineração no ribeirão das Lavrinhas, hoje córrego do Paiol, na região de Jacuba: Tomás Teixeira, Manoel Neto de Melo e o sargento-mor Gabriel da Silva Pereira. Este último, oficial de maior patente da região, o verdadeiro fundador da cidade, abriu a primeira “picada”, a partir de Bonfim até Pitangui, ao longo do rio São João, no princípio pela margem direita. Ao passar para a margem esquerda, na “passagem do Rio São João”, aí iniciou uma povoação. O sargentomor Gabriel da Silva Pereira, dono de muitos escravos e sesmeiro, ao tempo de solteiro, teve uma filha bastarda, a mulata Francisca da Silva Pereira, que se casou com o posseiro português, Manoel Pinto de Madureira, o velho. Este, antes do casamento já pai bastardo também de um filho homônimo, Manoel Pinto de Madureira, o moço. Seguindo a tradição, o noivo recebeu do sogro dote em terras. Donos de bom patrimônio e já estabelecidos na região há anos, Gabriel e Tomás resolveram casar e o fizeram em 12 de agosto de 1739, em cerimônia realizada na capela de São Francisco Xavier, em Cachoeira do Campo, a que pertenciam como fregueses. Gabriel construiu um oratório, no alto do morro, a pedido de sua esposa Florência Cardoso de Camargo e das esposas de seus sócios: Ana Maria Cardoso de Camargo esposa de Tomás Teixeira e Maria de Jesus Camargo, esposa de Manoel Neto de Melo. Famílias muito católicas, as três irmãs, filhas de João Lopes de Camargo, fundador de Ouro Preto, não admitiam morar em local onde não pudessem cumprir seus deveres religiosos.
Em 1750, na “passagem do São João” já havia uns 100 moradores entre portugueses, seus descendentes e escravos. Manoel Pinto de Madureira, que aqui residia, requereu, a pedido dos demais moradores, também signatários do documento, ao primeiro bispo de Minas Gerais, Dom Frei Manoel da Cruz, uma provisão para construir uma capela nos terrenos de sua propriedade, obtidos através do dote. O despacho favorável exigia que a capela fosse construída no mesmo lugar do oratório. Somente em 1765 a capela ficou pronta, tendo como padroeira a Senhora de Santana. A partir de então, a comunidade ficou conhecida como “povoação nova de Santana do São João Acima”.
Custódio Coelho Duarte, português, casou-se com sua prima Angélica Nogueira Duarte. O pai desta, João Nogueira Duarte, casou-se com Clara Maria Assunção. Uma filha de Custódio e de Angélica, Umbelina Nogueira Duarte, casou-se com Manoel Ribeiro de Camargos, dando origem aos Nogueira, Nogueira Machado e Soares Nogueira. Manoel Nogueira Penido, casado com Luiza Rodrigues de Sousa, da “Vila dos Penidos”, em Portugal, é o responsável pelos Nogueira Penido de Itaúna. Manoel Ribeiro de Camargos era filho do português Antônio Ribeiro da Silva, fundador do povoado “Ribeiros” em Carmo do Cajuru, genro de Tomás Teixeira, um dos fundadores de Itaúna. O sargento-mor Gabriel da Silva Pereira, por sua vez, através das filhas Maria Josefa de Camargos e Isabel Rosa de Camargos, deu origem à família dos Camargos que, com a dos Nogueira, responde pelo pioneirismo nas terras de Santana. Sabe-se que três irmãos da família Gonçalves da Guia, João, Joaquim e Antônio, vieram para essa região. Antônio Gonçalves da Guia que aqui já residia com sua mulher, Marcelina Maria Martins teve uma filha, Maria Francisca Gonçalves, que se casou com Manoel Pereira da Silva. O neto do pioneiro Antônio Gonçalves da Guia, Manoel Pereira da Silva, casou-se com Herculana Petronila Assunção, dando origem à família Herculano, de Itaúna.
Outro português, nascido em 1730, Salvador Fernandes do Rego, foi personagem ilustre e de grande prestígio na época. Casou-se duas vezes A primeira com Francisca Maria da Silva e, a segunda com Francisca Maria de Morais. Do primeiro casamento nasceram 12 filhos e do segundo, apenas dois. Do primeiro, a filha Ana Fernandes da Silva casou-se com João Gonçalves da Guia, irmão do português Antônio Gonçalves da Guia que o historiador João Dornas Filho acreditou ser o primeiro povoador de Itaúna. Também do primeiro casamento, através de Maria Fernandes da Silva, é ancestral da família Calambau. Outra enorme família dos primeiros tempos é a Faria, descendente do primeiro Juiz Ordinário de Pitangui, Miguel de Faria Sodré, que se casou com Verônica Dias Leite Ferraz. Misturaram-se com os Marinho e os Santos, descendentes do luso Antônio Francisco dos Santos Maia.
Fonte: Dados Básicos: Pesquisa documental feita por Guaracy de Castro Nogueira, no acervo da Biblioteca da Fundação Maria de Castro.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Fonte: Prefeitura Municipal.

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