Jaguariúna – Casarão Vila Bueno


Imagem: Google Street View

O Casarão Vila Bueno, em Jaguariúna-SP, pertenceu ao Cel. Amâncio Bueno, fundador da cidade. Construído na década de 1890, com projeto de Guilherme Giesbrecht.

Prefeitura Municipal de Jaguariúna-SP
Nome atribuído: Casarão Vila Bueno
Localização: Trav. D. Ermelinda, n° 81 – Centro – Jaguariúna-SP

Descrição: Casarão que pertenceu ao Coronel Amâncio Bueno, fundador de Jaguariúna, foi construído na última década do século XIX. Projetado por Guilherme Giesbrecht, ao longo do tempo serviu ora como residência, ora como internato masculino, ora como pensão ou adega. Em 1993 começou a ser restaurado, sendo transformado em uma pousada requintada. (Veja mais em ONDE FICAR). No quintal, uma árvore de Pau d’Alho, centenária, é testemunha de um passado em que o grão verde cultivado em imensos cafezais gerou riqueza e poder na região e no Brasil.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A história de Jaguariúna remonta aos tempos do antigo Caminho dos Goyazes, quando por ali passaram bandeirantes, tropeiros e boiadeiros rumo a Goiás e Mato Grosso em busca de ouro. Desbravando os ermos, semearam pousos, entrepostos de provisões e lugarejos que, pouco a pouco, se transformaram em vilas e cidades. Jaguariúna é uma delas.
Das roças primitivas floresceram os engenhos de açúcar até meados do século XIX. A implantação de engenhos, tocados por mão de obra escrava, ajuda a alavancar o crescimento do lugarejo. A crise internacional do açúcar, em 1860, faz a cana entrar em decadência. Mas Jaguariúna iria conhecer um novo ciclo de desenvolvimento impulsionado pelo cultivo do café, o ouro negro dos fazendeiros, que na primeira metade do século XIX começou a substituir os canaviais pelos cafezais. Surgia assim uma nova elite brasileira, os barões do café, que iria reinar aqui, e em outros cantos do Brasil, até quase meados do século XX.

Das sesmarias a um trem para o futuro
No século XIX, o Coronel Amâncio Bueno, que herdara da família grandes extensões de terras férteis à margem esquerda do Rio Jaguary, doadas em sesmaria pelo rei de Portugal Dom João III aos seus pais, começa a gestar a urbanização desta que viria a ser uma nova e importante cidade paulista.
De olho no futuro, transforma parte das terras em colônias para abrigar imigrantes europeus, principalmente italianos, que para cá vieram no final do século XIX, em substituição aos braços escravos, constrói a Vila Bueno, que daria origem à cidade, e abraça os caminhos do progresso trazido pelos trilhos do trem.
O transporte sobre trilhos significou para muitas cidades a modernização puxada pelas locomotivas a vapor. Sinônimo de progresso no passado, a cidade não servida por estradas de ferro ficava à margem do desenvolvimento. Mas aonde chegavam as paralelas de aço que às ligavam à Capital, o progresso era garantido. Foi o que aconteceu com Jaguariúna onde se fincou estação ferroviária.
Assim, em 1875, a Cia Mogiana de Estradas de Ferro foi instalada na Vila Bueno, com a construção do ramal Campinas Mogi-Mirim, inaugurado pelo imperador D. Pedro II. Em torno da Estação surge um pequeno povoado que seria depois deslocado para um novo local, a Vila Bueno.

CIA MOGIANA DE ESTRADA DE FERRO
Organizada em 1872, a Companhia Mogyana de Estradas de Ferro e Navegação (assim era o nome primitivo) fazia correr o seu primeiro comboio no dia 3 de maio de 1.875, puxado pela locomotiva “Jaguary”, levando cinco carros lotados de ilustres passageiros, inaugurando assim o seu trecho inicial, de Campinas a Jaguary, hoje Jaguariúna.
A 27 de agosto daquele ano era inaugurado o segundo trecho, de Jaguary a Mogy-Mirim, com trem especial, no qual ia o Imperador D. Pedro II, acompanhado do Presidente da Província de S. Paulo e outros ilustres.
Este trem regressou no dia seguinte a Campinas, atingindo a velocidade de 41 km por hora – grande velocidade para aquela longínqua época. (Fausto Pires de Oliveira, Elementos para a História de São Simão, edição do autor, 1975).

Jaguariúna: do papel ao cimento
Em 1894, o visionário Coronel Amâncio Bueno encomenda a primeira planta da cidade e manda erigir sua devoção em uma capela dedicada a Santa Maria, padroeira da cidade, em estilo gótico-bizantino, ambas de autoria do engenheiro Guilherme Giesbrecht. Um povoado cresce em torno da capela. O desejo do Cel. Amâncio, mais do que tijolos e cimento, edificou a nova cidade de Jaguariúna. Porque ela não existiria tal como se consolidou nos dias de hoje, não fosse o traçado urbano ainda que singelo encomendado por ele ao engenheiro alemão, que viera para o Brasil trabalhar na implantação de ferrovias, entre elas, a Companhia Mogyana de Estradas de Ferro. (Veja mais em ARQUITETURA).
Em 1894, a Vila Bueno ganha status de bairro do município de Mogi-Mirim. Batizada de Distrito de Paz de Jaguary deve sua origem às fazendas Jaguari (hoje Santa Úrsula), Florianópolis, atual Serrinha, e Fazenda da Barra. Em 30 de dezembro de 1953, Jaguariúna é elevada à categoria de cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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