João Pessoa – Coreto Neiva e Praça Venâncio


Imagem: Prefeitura Municipal

O Coreto Neiva e Praça Venâncio, em João Pessoa, foram tombados pelo IPHAEP por sua importância histórica para o Estado da Paraíba.

IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Coreto Neiva e Praça Venâncio
Outros Nomes: Pavilhão do Chá
Localização: Praça Venâncio Neiva, s/n – João Pessoa-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 8.636, de 26/08/1980
Publicação no Diário Oficial: D.O. 05/09/1980

Descrição: Foi inaugurado no dia 21 de julho de 1917, no governo de Camilo de Holanda (Cabral, 1998a). Pessoas dizem que grande parte dos moradores da cidade se dedicavam as tardes dos domingos e feriados para correr sobre patins no local (Nóbrega, 1982).

No governo de João Pessoa, foi erguido no local uma pavilhão de forma circular, no estilo do oriente, daí a denominação Pavilhão do Chá, que só foi concluído na administração de Antenor Navarro. Foi inaugurado em 26 de julho de 1931 (Cabral, 1998a).

O logradouro possui dois lados corridos de baulastrada em cimento armado. Nas extremidades, da mesma, e nos pilares localizados nas escadas, ficam candelabros, com cinco globos cada. Existe um coreto, de forma circular, com 16 colunas dóricas agrupadas duas a duas (Cabral, 1998a).

Os canteiros e plantas datam de 1917, porém, a praça sofreu modificações no decorrer dos anos (Nóbrega, 1982). Atualmente, a praça é muito arborizada com acácias, flamboyants, palmeiras e canteiro de flores (Rodriguez, 1992).
Fonte: UFPB.

Descrição: A Praça Venâncio Neiva (Pavilhão do Chá), construída pelo governador Francisco Camilo de Holanda em 1917, fica ao lado do Palácio da Redenção, sede do Governo do Estado.

Originalmente foi destinada à prática da patinação, e era lá que um grande número de pessoas dedicava as tardes dos domingos e feriados a correr sobre os patins (o presidente João Pessoa demoliu depois o rinque de patinação, mandando erguer o pavilhão central, para o serviço dos chás das cinco, no estilo britânico). A partir daí, passou a chamar-se “Pavilhão do Chá”, embora a praça — uma das mais expressivas da capital paraibana — tenha o nome oficial de Venâncio Neiva, outro governante do estado.

A praça constitui-se ainda em ponto de reunião de intelectuais e jovens namorados. Seus canteiros de plantas datam de sua inauguração, embora já tenham passado por algumas modificações importantes.

Coreto: Projetado pelo arquiteto italiano Paschoal Fiorillo, o Coreto da Praça Venâncio Neiva apresenta forma circular e área de projeção com aproximadamente 52 m², apresenta um entablamento rebuscado com ricos adornos em argamassa, refletindo estilo eclético, com marcantes características neoclássicas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: É controvertido o significado do topônimo dado ao rio Paraíba. Para Elias Erckman, Paraíba significa rio mau, porto ruim, ou mar corrompido. Varnhagen também indica a tradução de rio mau e Teodoro Sampaio, a de rio impraticável. Segundo Coriolano de Medeiros, porém, o significado exato seria braço de mar, pois os primeiros geógrafos que estudaram o rio tomaram-no por um braço de mar, sendo provável, assim, que o gentio da terra como tal o tivesse considerado, dando-lhe o nome com a precisão com que batizavam os acidentes do terreno.

Toda a região do São Domingos (primeiro nome dado ao Paraíba) era habitada por índios, estes influenciados pelos traficantes franceses de pau-brasil, interessados em conservá-los hostis a exploradores de outras nacionalidades. Assim é que, em 1574, foram os índios levados a tomar parte no ataque ao engenho de Diogo Dias, em terras da Capitania de Itamaracá no qual se verificou grande morticínio de brancos. Desde essa época, sucederam-se tentativas de colonização, pois o Rei de Portugal temia que os franceses ali se estabelecessem definitivamente. Foram construídos fortes na foz do rio e em terra travaram-se diversas batalhas, de resultados contrários aos portugueses.

Em março de 1585, chegava à Paraíba Martim Leitão, Ouvidor Geral da Bahia, chefiando uma expedição que deveria restaurar os fortins da barra e desalojar os franceses de diversas posições. Em 2 de agosto do mesmo ano, nova tentativa, chefiada pelo Capitão João Tavares, que se aproveitou das desinteligências surgidas entre as duas tribos que habitavam as margens do Paraíba e rios próximos, conseguindo insinuar-se entre os Tabajaras e firmar um pacto de amizade com o seu morubixaba o índio Piragibe. O acordo verificou-se no dia 5, numa colina à direita do rio Sanhauá, pequeno afluente do Paraíba. É nesse local que hoje se situa a cidade de João Pessoa.

Em homenagem ao santo do dia, o lugar tomou o nome de Nossa Senhora das Neves, até hoje padroeira da cidade. Em honra ao rei da Espanha, que dominava Portugal, a cidade recebeu o nome de Felipéia.
Em novembro do mesmo ano, chegavam várias famílias, levadas pelo Ouvidor-Geral Martim Leitão, que providenciou também a construção de fortes, igrejas e casas de moradia.
As lutas com os índios prosseguiram ainda durante anos, ora contra os Tapuias, que viviam no interior, ora contra os Potiguares, que habitavam o norte.
Desenvolveu-se lentamente a cidade, aonde depois veio a radicar-se Duarte Gomes da Silveira, companheiro de Martim Leitão, numa de suas expedições. A fim de estimular o progresso da cidade, instituiu prêmios para recompensar os habitantes que levantassem casas de moradia tendo fundado (a 6 de dezembro de 1639) o Morgado Salvador do Mundo, como patrimônio da Santa Casa de Misericórdia da Paraíba.

A 24 de dezembro de 1634 foi a cidade ocupada pelos holandeses, depois de ataques aos fortins da barra, defendidos pelas tropas aquarteladas em Cabedelo. Contava Felipéia 1.500 habitantes e em suas imediações funcionavam 18 engenhos de açúcar. Com a aproximação das forças batavas, o povo abandonou a cidade, depois de incendiar os prédios mais importantes. Comandados pelo Coronel Segismund Von Schkoppe, 2.500 homens invadiram a cidade, que tomou o nome de Frederikstadt.
O povo paraibano não se sujeitou ao jugo estrangeiro e seu espírito de resistência teve como símbolo a figura de André Vidal de Negreiros, organizador do movimento de reação. E em 1654, vencidos os invasores e obrigados a retirada para o seu país, tomou posse do cargo de governador João Fernandes Vieira.
A capital chamou-se Paraíba do Norte até 4 de setembro de 1930, quando teve seu nome mudado para João Pessoa, em homenagem ao Presidente do Estado, assassinado no Recife, em plena campanha política. Sua morte foi uma das causas imediatas da Revolução de 3 de outubro daquele ano.
Fonte: IBGE.

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