Juiz de Fora – Antigas Instalações da Companhia de Fiação e Tecelagem Santa Cruz


Imagem: Google Street View

As Antigas Instalações da Companhia de Fiação e Tecelagem Santa Cruz foram tombadas pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
COMPPAC – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural
FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage

Nome atribuído: Antigas Instalações da Companhia de Fiação e Tecelagem Santa Cruz
Localização: R. São Sebastião, n° 488, 516 e 518 – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 4354/1990
Uso Atual: Shopping Santa Cruz

Descrição: A fábrica de tecidos e malhas Santa Cruz instalou-se à Rua São Sebastião por volta de 1910 e funcionou com esse nome até que em 1914 foi comprada pelos irmãos Azarias Andrade e Francisco Ignácio de Andrade.
No ano de 1918 a companhia passou por reformas durante as quais deu-se a construção da fachada com projeto de Salvador Notaroberto (desenhista e contramestre da Companhia Industrial Pantaleone Arcuri).
A Santa Cruz foi gerenciada até 1924 por Jacob Wielig, que substituído por Augusto Botelho Junqueira.
A partir daí houve mudanças significativas na fábrica que alterou sua produção, passando de malharia para fábrica de tecidos de pano, com maior demanda no mercado. Foi necessário, então, ampliar as instalações e adquirir nova maquinaria que veio da Inglaterra.
A fábrica foi desativa no início da década de 1980. Parte do prédio foi ocupado por uma danceteria, chamada Factory. Anos depois, o lugar foi ocupado pelas Malharias Fama e Magtex.
Em 1987 o grupo Pão de Açúcar comprou a outra parte do imóvel para construir um hipermercado. Parte do imóvel foi demolido para tal empreendimento, mas a empresa desistiu do negócio.
Na década de 1990, o que restava da fachada e o terreno foram adquiridos por uma imobiliária, que restaurou todos os aspectos construtivos dos remanescentes da construção, instalando no local o Santa Cruz Shopping.
Em 1990, o imóvel foi tombado em nível municipal, pelo decreto 4354/1990.

Fontes:
Divisão de Patrimônio da Prefeitura de Juiz de Fora (org). Guia dos Bens Tombados de Juiz de Fora. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.
Fonte: UFJF.

Descrição: O saldo das ações da desindustrialização e da política de proteção de Juiz de Fora gerou um grupo de edificações parcialmente caracterizado. Dentre o universo do patrimônio cultural industrial da cidade, os casos mais representativos desta situação são os fachadismos e os “coberturismos” do Curtume Krambeck, da Companhia Fiação e Tecelagem Santa Cruz, dos Galpões da antiga Garagem da Companhia Energética de Minas Gerais/CEMIG e da Companhia Têxtil Ferreira Guimarães, antiga Fábrica dos Ingleses […].
Fonte: Julio Cesar Ribeiro Sampaio.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Julio Cesar Ribeiro Sampaio


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