Juiz de Fora – Antigas Instalações da Fábrica Bernardo Mascarenhas


Imagem: Google Street View

As Antigas Instalações da Fábrica Bernardo Mascarenhas foram tombadas pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
COMPPAC – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural
FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage

Nome atribuído: Antigas Instalações da Fábrica Bernardo Mascarenhas – atual Centro Cultural
Localização: Av. Getúlio Vargas, nº 250, Praça Antônio Carlos, nº 41, R. Paulo Fontin, nº 17 e R. Paulo Frontin, esquina com a travessa Dr. Prisco – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 2866/1983
Uso Atual: Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM)

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
COMPPAC – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural
FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage

Nome atribuído: Conjunto Paisagístico da Praça Antônio Carlos (Fábrica Bernardo Mascarenhas, CIA Industrial e Construtora Pantaleone Arcuri, Instituto Est. de Educação de J.F./ Escola Normal) – (8,5985ha)
Localização: Praça Antônio Carlos – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 6614/1999

Descrição: Mascarenhas, meu amor!”, campanha de artistas, jornalistas e intelectuais de Juiz de Fora e do país, na década de 80, marcou a história da cidade e contribuiu, de forma decisiva, para que a antiga fábrica de tecidos de Bernardo Mascarenhas se transformasse em espaço de cultura. A inauguração do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas aconteceu em 31 de maio de 1987, exatamente cem anos depois do início da construção da velha fábrica de tear.

O pioneirismo do empresário Bernardo Mascarenhas, que veio de Curvelo (MG) para Juiz de Fora, em 1822, impulsionou o crescimento industrial da cidade, com a construção da Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas e da primeira Usina Hidrelétrica da América Latina. Sua fábrica de tecidos, a Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas, começou a funcionar em maio de 1888, com 60 teares ingleses, foi a primeira a utilizar um motor elétrico Westhinghouse no país, em 1898 e também pioneira ao instalar música ambiente em suas instalações, em 1932. À época da inauguração, os jornais e revistas do país destacaram o empreendimento, especialmente pelas características arquitetônicas do prédio, hoje importante complexo histórico-cultural de Juiz de Fora, referência da fase de industrialização mineira do início do século XX. A expansão e avanço tecnológico da fábrica não resistiram às modificações político-econômicas do Brasil. Em 14 de janeiro de 1984, a Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas encerrou suas atividades, deixando um terreno de 10.450 m2, com uma área coberta de aproximadamente 7000 m2, patrimônio utilizado para pagamento de dívidas ao Estado de Minas Gerais e à União.

A Prefeitura de Juiz de Fora tinha interesse em preservar o complexo arquitetônico. Em 1982, iniciou o processo de tombamento municipal do prédio, assinado em 19/01/1983. Entre os anos de 1983 e 1987, negociou a compra das instalações da fábrica, que foi totalmente restaurada para abrigar o Centro Cultural e o Mercado Municipal, preservando-se as suas características originais.

A transformação da fábrica de tear em espaço de cultura foi, em 1987, o mais ousado projeto cultural de Minas Gerais, que tinha ação similar apenas em São Paulo, na Fábrica Pompéia. A inauguração brindou a população com intensa programação artística.

Em 1997, o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas foi fechado para reforma e reaberto em 2000, totalmente restaurado, mantendo suas características arquitetônicas originais. Com a participação dos setores artísticos, a FUNALFA democratizou as diretrizes para a ocupação do espaço, com a criação de editais.

Hoje, o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas abriga relevantes manifestações artísticas da cidade e de outros centros do país. Visando aprimorar a sua infraestrutura e permitir o acesso de portadores de necessidades especiais, o espaço passará por reformas estruturais.
Fonte: Funalfa.

Descrição: Em 1888, Bernardo Mascarenhas inaugurou-se as primeiras instalações da fábrica por ele organizada voltada para a produção de brins de algodão e linho. Pouco tempo depois, as instalações tiveram que ser ampliadas juntamente com a remodelações do edifício consoante sendo o projeto de autoria do engenheiro e arquiteto L. Sue.

Com a morte de Bernardo Mascarenhas em outubro de 1899, assumiu a gerência seu genro Agenor Barbosa que construiu a ala direita do prédio.

Em 1916, por ocasião do falecimento de Amélia Guimarães Mascarenhas (viúva de Bernardo Mascarenhas), iniciou-se aqui uma nova fase de modernização e expansão da fábrica e no início da década de 20 os serviços de aumento e remodelação da fábrica estavam praticamente concluídos. Com o fechamento da fábrica o imóvel manteve-se fechado até que a Prefeitura assumiu sua gestão instalado ali o Mercado Municipal e a Pronta Entrega das Fábricas. Na década de 80 um grande incêndio consumiu parte do prédio que foi reformado e hoje abriga um espaço Cultural, a Biblioteca Municipal, o Mercado Municipal, o Procon e a Secretaria Municipal de Educação.

O belo edifício da Antiga Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas apresenta rigorosa simetria apesar de ter sido construído a partir dos anos 90 do século XIX. Seu partido arquitetônico consiste em um corpo central em três pavimentos coroado por frontões retos nas quatro faces e ladeado por suas extensas alas horizontais em dois pavimentos.

A horizontalidade da composição é acentuada pelo embasamento elevado até a altura dos peitoris das janelas e pelas linhas contínuas dos entablamentos intermediário e superior e da platibanda maciça cujo desenho alterna áreas almofadas e pedestais.

As fachadas são dominadas pelo ritmo regular da sequência de vãos arqueados. No pavimento térreo os arcos são plenos e arrematados por moldura contínua acima da linha das impostas . A baixo destas os arcos apoiam-se sobre largo pilar comum a dois vãos. No nível superior, os arcos são rebaixados, tipo “asa-de-cesto” e possuem guarnições isoladas assinaladas nos fechos, linha das impostas e socos. As vedações são de madeira e vidro, com bandeira fixa, caixilho tipo guilhotina na parte superior e veneziana na inferior.

O volume central, como é característico nessas composições tem fachada frontal em esquema diferenciado. No térreo abrem-se três vãos de portas, enquanto o segundo nível possui amplas janelas rasgadas por inteiro, com vergas retas, balcões protegidos por grades metálicas apoiados sobre consoles ornamentados.

A articulação da fachada do terceiro pavimento com as alas laterais é feita através de elementos à feição de contrafortes encurvados e terminados em volutas. O entablamento tem cornija perfilada e friso decorado por ornatos escalonados. O frontão reto com dupla arcada cega arremata a composição, marcando o eixo de simetria. Completam a ornamentação do conjunto, o ornato circular moldurado ao centro da fachada do terceiro pavimento, as molduras e dentículos e motivos decorativos dos frisos e a sequência de retângulos em duas cores que forma a base do segundo pavimento.

Os outros blocos, com um ou dois pavimentos, seguem a mesma orientação construtiva nos moldes fabris ingleses, agora com tijolos maciços aparentes com ornamentação no entablamento intermediário e superior em tijolos maciços em ziguezague e reentrantes e salientes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Símbolo do pioneirismo industrial, a antiga fábrica de tecidos Bernardo Mascarenhas, graças à mobilização de artistas, escritores e jornalistas, foi transformada, em 1987, em um amplo centro cultural. Seguindo a proposta inicial o espaço abre suas portas para as diferentes manifestações artísticas e culturais de Juiz de Fora e região. Capoeira, percussão, oficinas, palestras, reuniões, teatro e shows musicais, sem esquecer da eclética mostra de exposições.
Inserido na lista dos patrimônios mais populares do município, o Centro Cultural oferece à comunidade galerias de arte, anfiteatro, videoteca e salas de aula, além de corredores para realização de eventos.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Bernardo Mascarenhas veio de Curverlo (MG) para Juiz de Fora em 1822 e atuou no crescimento industrial da cidade, a partir da construção da Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas e da primeira Usina Hidrelétrica da América Latina. A fábrica de tecidos começou a funcionar em maio de 1888. Em 1898, foi a primeira a utilizar um motor elétrico Westhinghouse no país. Na época da inauguração, os jornais e revistas do país destacaram o empreendimento, especialmente pelas características arquitetônicas do prédio, que se destacam até hoje.
A antiga fábrica, atualmente é parte do complexo histórico-cultural de Juiz de Fora, uma referência da fase de industrialização mineira do início do século XX (período em que a fábrica empregava 200 funcionários). A expansão e avanço tecnológico da fábrica não resistiram às modificações político-econômicas do Brasil. No início de 1984, a Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas encerrou suas atividades e deixou um terreno de 10.450 m2, com uma área coberta de aproximadamente 7000 m2, que foi utilizado para pagamento de dívidas ao Estado de Minas Gerais e à União.
A Prefeitura de Juiz de Fora tinha interesse em preservar o complexo arquitetônico. Em 1982, iniciou o processo de tombamento municipal do prédio, assinado em 19/01/1983. Entre os anos de 1983 e 1987, negociou a compra das instalações da fábrica, que foi totalmente restaurada para abrigar o Centro Cultural, a Biblioteca Municipal o Mercado Municipal, preservando-se as suas características originais.

Fontes:

Divisão de Patrimônio da Prefeitura de Juiz de Fora (org). Guia dos Bens Tombados de Juiz de Fora. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.

MELLO REIS, Francisco Antônio. Preservação do Patrimônio Histórico. Juiz de Fora. Juiz de Fora: Iplan/Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, 1982.

www.pjf.mg.gov.br › funalfa › ccbm › historico
Fonte: UFJF.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO:
Juiz de Fora – Antigas Instalações da Companhia Industrial e Construtora Pantaleone Arcuri
Juiz de Fora – Antigas Instalações da Fábrica Bernardo Mascarenhas
Juiz de Fora – Escola Normal

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS

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Julio Cesar Ribeiro Sampaio
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