Juiz de Fora – Associação Comercial


Imagem: Site da instituição

A Associação Comercial foi tombada pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
COMPPAC – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural
FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage

Nome atribuído: Imóvel à Praça Dr. João Penido, nº 52, 56 – Associação Comercial
Localização: Praça Dr. João Penido, nº 52, 56 – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 6333/1998

Descrição: A Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora (ACEJF) foi fundada em 12 de julho de 1896, fruto da conscientização dos comerciantes sobre a necessidade de haver união entre eles. A entidade não defendia apenas os interesses do comércio, mas também dos setores industrial e agropecuarista, considerados síntese da capacidade de produção e enriquecimento da cidade. Com a reforma do estatuto em 5 de julho de 1917, a ACEJF se solidifica e se torna mais forte. Prova disso é a inauguração de sua sede própria, na Praça Dr. João Penido, em 21 de abril de 1918. Antes disso, no dia 3 de abril, a Associação recebe sua visita mais ilustre: Rui Barbosa, o renomado político que, ao assinar o livro de presenças, chama a Associação Comercial de “o coração das forças produtivas.” Hoje, com expressivo quadro social, a ACEJF continua cumprindo seu papel, sempre em sintonia com o presente e pronta para enfrentar os desafios do futuro.
Fonte: Site da instituição.

Descrição: A Associação Comercial foi fundada em 1897 por iniciativa de um grupo de comerciantes e em setembro do mesmo ano foi eleita sua primeira diretoria. A nova sede localizada à Praça João Penido foi inaugurada em 21/04/1919. Essa construção é uma das que irá marcar a segunda fase de ocupação do largo da Praça João Penido representando um padrão plástico vinculado ao ecletismo. O imóvel foi construído pela firma Pantaleone Arcuri e Spinelli e, em 1986, a Associação teve sua sede totalmente recuperada.

Construído em um período em que a Praça da Estação já representava um dos principais lugares da cidade, o prédio da Associação Comercial recebeu os cuidados formais de uma sede que reunia os principais representantes do comércio da cidade requisitava: projeto elaborado pelo arquiteto Rafael Arcuri e realizado pela Cia Pantaleone Arcuri e Spinelli , que trouxeram também para o conjunto da Praça, toda a monumentalidade e imponência caracterísiticas de suas obras. A decoração interna ficou a cargo de Angelo Bigi, renomado artista que demonstra neste trabalho todo o requinte de suas representações e que, seis anos mais tarde, consolidaria de uma vez por todas, sua posição destacada na cidade, realizando a decoração do Cine-Theatro Central.

A edificação pertence a uma fase mais rebuscada do ecletismo , que pregava maior liberdade na utilização de linguagens e estilos, onde a ornamentação fantasiosa é a expressão mais forte. Nota-se uma grande influência neoclássica, como é comum no ecletismo, através da divisão horizontal do edifício, que pode ser comparada à divisão das colunas clássicas (embasamento, fuste e capitel) e da utilização de vários elementos representativos da referida cultura : o térreo refere-se à base, dando idéia de solidez e segurança; o 2o. pavimento corresponde ao fuste e o coroamento ao capitel.

Apesar de já ter havido algumas modificações no modo de implantação das construções no lote, o edifício segue o alinhamento da via pública e aproveita toda a testada do terreno. Seguindo a linguagem utilizada em toda a praça e que, mais tarde se tornaria uma das principais características arquitetônicas desse contexto, a divisão vertical em segmentos dá um destaque especial ao segmento central, como é comum no ecletismo. O balcão com balaustrada reforça a idéia de volume e confere densidade ao mesmo. A ligação entre as suas partes é feita por robustas colunas que referem-se , no térreo, à ordem toscana e no segundo pavimento, à ordem jônica.

O equilíbrio e harmonia refletem todo o estudo de proporções realizado. Como mais uma característica do conjunto da Praça da Estação, é a ampla gama de elementos ascendentes que reforçam a perspectiva da monumentalidade do edifício tais como pilastras laterais, a utilização de arcos plenos nas vergas das janelas, formas curvas na platibanda (arrematada por pináculos), frontão curvo e várias peças que compõem sua ornamentação.

Toda preocupação demonstrada na composição externa reflete-se , também, no interior do edifício. A apresentação da Associação é feita logo no hall de entrada pelo vitral colorido que “coroa” a escada de acesso ao salão principal: três figuras femininas que representam o comércio, agricultura e a indústria, os principais setores econômicos de Juiz de Fora na época. O grande salão principal que sediava as assembléias e todos os acontecimentos da entidade, é uma das obras de pintura parietal mais significativas da cidade, onde paisagens e figuras femininas referem-se à temas relacionados ao comércio.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A Associação Comercial de Juiz de Fora (ACEJF) iniciou suas atividades em 12 de julho de 1896, quando um grupo de comerciantes, industriais e empresários agrícolas(lavradores) se reuniram no Salão Apollo visando a criação de uma entidade que os representasse e zelasse pelos seus interesses.

Esta organização contribuiu com o progresso e desenvolvimento econômico da cidade e região, uma vez que esta foi a primeira cidade de Minas Gerais a fundar uma Associação Comercial.

Algumas das razões que motivaram a criação da Associação Comercial foram as oposições a presença dos mascates, que causavam prejuízos ao comércio local e o aumento das tarifas para entrada e saída de mercadorias pela Estrada de Ferro Central do Brasil, que na época teve ajuste nos seus valores para prestação de serviços ao comércio e afins.

A instituição conquistou prestígio. Na década de 1920, o prédio da Associação Comercial abrigou o Centro Industrial de Juiz de Fora e fundou o Jornal Gazeta. Nos anos 1930 abrigou o núcleo do Partido Economista Brasileiro.

Antes da construção de sua sede própria, as reuniões aconteciam em diferentes locais da cidade. A construção do prédio da ACEJF foi projetada pelo arquiteto Rafael Arcuri. A pintura interna foi realizada pelo artista italiano Ângelo Biggi. A construção foi finalizada em 1919.

Em 03/04/1919 Rui Barbosa visitou a sede da ACEJF e inaugurou o Livro de Visitas da entidade com os seguintes dizeres:

“Sinto a impressão de uma honra indizível com a fortuna, que me cabe, de abrir este livro. Em Juiz de Fora, A Barcelona mineira, a cidade mineira da indústria, do operário e das reações liberais a Associação Comercial é o coração das forças produtoras em cujo futuro se contém o provir deste Estado. E, quando se diz, aqui “forças produtoras”, a produção de que se trata, não é só dos resultados, que nascem do comércio e do trabalho na gestação do capital e da riqueza, é também, dos que emanam dos elementos morais, gerando a independência, a honra e o civismo”.(BARBOSA, Rui; 1919)”

Desta forma, Rui Barbosa ressaltou a importância histórica ACEJF para a cidade e região.
O prédio da ACEJF foi tombado nos termos do Decreto Municipal nº 6.333/1998, com o intuito de proteger como patrimônio histórico e artístico nacional, destacando os valores culturais da cidade.
Fonte: UFJF.

Descrição: […] considerando:
II – o valor histórico e cultural do bem, assim como sua integração ao conjunto arquitetônico da Praça da Estação;
IIII – as características da fachada de frente para a Praça Dr. João Penido;
IV – a composição harmônica do imóvel, de decoração exuberante, com elementos de orientação classicizante;
V – a importância aliada ao bom estado de preservação, do vitral colorido no hall de entrada a escada que dá acesso ao salão principal, bem como da pintura do artista plástico Ângelo Biggi, no interior do salão;
[…]
Art. 1° – Fica tombado, nos termos da lei n° 7282, de 25 de fevereiro de 1988, o imóvel localizado à Praça Dr. João Penido, 52/56, construído pela Cia Pantaleone Arcuri em 1918, projeto de Rafael Arcuri, de propriedade da Associação Comercial, fundada em 1896, com a finalidade de desenvolver o comércio, indústria e agricultura.
Art. 2° – Ficam preservadas a volumetria construtiva do prédio, seu interior, com as pinturas assinadas por Ângelo Biggi, e a sua fachada.
Fonte: Decreto de Tombamento.

Descrição: Praça Doutor João Penido, conhecida popularmente como Praça da Estação, é uma importante e histórica praça em Juiz de Fora, Minas Gerais. Recebeu este nome em homenagem a um médico muito importante politicamente na cidade, no século XIX.

Surgiu com a construção da estação da Estrada de Ferro Dom Pedro II, em 1875 e fica localizada na parte baixa da Rua Halfeld, nas proximidades do Rio Paraibuna.
Fonte: Wikipedia.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO DA PRAÇA DA ESTAÇÃO:
Juiz de Fora – Conjunto Paisagístico da Praça da Estação

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Genovez, Leite, Gawryszewski, Fraga
Prefeitura Municipal
Site da instituição


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