ipatrimônio

O Cine São Luiz foi tombado pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
Nome atribuído: Imóvel à rua Halfeld nº213 – Cine São Luiz (volumetria e fachada)
Localização: R. Halfeld, nº 213 – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 6445/1999

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
Nome atribuído: Conjunto Paisagístico da Praça da Estação / Praça Dr. João Penido (Edifício Wagner Pereira, Associação Comercial deJ.F, Cine São Luiz, Prédio da Estação da RFFSA, Anexo do Nuclo Hist. da RFFSA, Pça Dr. João Penido nº 44, Príncipe Hotel) – (9,4982ha)
Localização: Praça Dr. João Penido – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 6614/1999

Descrição: A volumetria e divisões da fachada obedecem aos seus princípios básicos do estilo art déco,. No imóvel, construído no segundo quartel do século XX, o segmento central é salientado por faixas verticais ladeadas por balcões curvos em balanço com guarda-corpos em ferro, com formas retas e curvas. Completam o esquema compositivo do edifício os elementos horizontais e os fechamentos de vãos com basculantes em “L”. No local, funcionou o Hotel Hudson e, hoje, abriga o Cinema São Luiz e o Hotel Renascer.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: […] Os principais cinemas em atividade na cidade de Juiz de Fora na década de 1960 (Central, Palace, São Luiz, Rex, São Matheus, Cine Excelsior e Cine Popular) são dominados pelo cinema hollywoodiano, exibindo quando muito algum conteúdo nacional, como as chanchadas, aliás gênero execrado pelos críticos cinematográficos da época e assunto renegado nos cineclubes. […]
Fonte: Alessandra Souza Melett Brum.

Descrição: O prédio que abrigou o Cinema São Luiz é mais antigo do que a própria atividade cinematográfica no local. […]
Seguindo o estilo Art-Déco, modelo de caráter decorativo surgido na Europa na década de 1920, a fachada do prédio do Cinema São Luiz tem aspecto marcado pelo rigor geométrico e predominância de linhas verticais, havendo a tendência de tornar, através da percepção, o edifício mais alto (ZOCCAL, 2007, p.19). O prédio integra o conjunto de edifícios projetados e construídos pela Cia Pantaleone Arcuri, importante empresa para a evolução da arquitetura juiz-forana. Como podemos observar na Figura 19, que é uma cópia da reprodução feita pelo artista plástico Jorge Arbach.
[…]
Em 1954, a Cia. Central de Diversões encaminha à Prefeitura um pedido para a realização das obras de modificação e ampliação do edifício, a fim de implementar, no pavimento térreo do prédio, um moderno cinema. O projeto foi aprovado em 14 de julho de 1954, e em 7 de janeiro de 1955, a Prefeitura concede o “habite-se” para funcionamento do cinema. […]
O detalhe arquitetônico em Art-Déco da fachada do Cinema São Luiz carrega um elemento essencial para o desfrute cinematográfico. Como aponta Talitha Ferraz, em seu trabalho sobre os cinemas da Praça Saens Peña, no Rio de Janeiro, os edifícios luxuosos traziam traços dos filmes exibidos, produções grandiosas, e atuaram decisivamente na percepção dos transeuntes e no feitio do território. Isto é, o deslumbramento pelo glamour cinematográfico ia além da película: reproduzia-se nas construções, que viravam sinais de modernização urbana (FERRAZ, 2009, p. 90). Em “Espaços do sonho: arquitetura dos cinemas no Rio de Janeiro 1920-1950”, João Luiz Vieira e Margareth Campos da Silva Pereira interpretam que a arquitetura do espaço de cinema serve como um enigma para o público.
“A importância da sala de exibição como vitrine e chamariz é um dado importante para a arquitetura, na medida em que colocará um enigma que provocará o público e fará com que ele, instigado, pague o ingresso para desvendá-lo. O enigma é criado e veiculado não só nos programas impressos e distribuídos aos espectadores como, principalmente, nos anúncios e cartazes do saguão e na decoração externa das marquises e fachadas” (VIEIRA; PEREIRA, 1982, p. 11).
Fonte: Gilberto Faúla Avelar Neto.

Descrição: Praça Doutor João Penido, conhecida popularmente como Praça da Estação, é uma importante e histórica praça em Juiz de Fora, Minas Gerais. Recebeu este nome em homenagem a um médico muito importante politicamente na cidade, no século XIX.

Surgiu com a construção da estação da Estrada de Ferro Dom Pedro II, em 1875 e fica localizada na parte baixa da Rua Halfeld, nas proximidades do Rio Paraibuna.
Fonte: Wikipedia.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO DA PRAÇA DA ESTAÇÃO:
Juiz de Fora – Conjunto Paisagístico da Praça da Estação

FOTOS:

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COMCIME
Alessandra Souza Melett Brum
Gilberto Faúla Avelar Neto