Lapa – Conjunto Arquitetônico e Paisagístico


Imagem: Iphan

O Conjunto Arquitetônico e Paisagístico, em Lapa-PR, foi tombado por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Lapa, PR: conjunto arquitetônico e paisagístico
Localização: Lapa-PR
Número do Processo: 1309-T-1990
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 117, de 14/08/1998
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 548, de 14/08/1998
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 613, de 14/08/1998

Descrição: Fundação setecentista no caminho das tropas entre o sul da colônia e São Paulo, constitui-se em marco do processo de ocupação e povoamento do segundo planalto paranaense nos séculos XVIII e XIX. Apresenta, do ponto de vista urbanístico, aspectos comuns às cidades implantadas ao longo daquele caminho: conformação linear com ruas estruturadas paralelamente ao Caminho das Tropas, interligadas por travessas de reduzida largura. A cidade foi cenário do episodio conhecido como “Cerco da Lapa” quando em 1894 forças governistas comandadas pelo Coronel Gomes Carneiro resistiram durante vários dias ao assedio de rebeldes do partido federalista do Rio Grande do Sul contrários ao governo federal. O conjunto urbano apresenta elementos de várias correntes arquitetônicas (luso brasileira, arquitetura do imigrante e eclética ) que pela sua escala e volumetria configura um conjunto harmonioso e de grande qualidade. A área tombada é composta de 14 quarteirões com 235 imóveis.
Fonte: Iphan.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome atribuído:
 Setor Histórico da Lapa
Número do Processo: 01/89
Inscrição Tombo: 94-II, de 26/06/1989
Localização: Lapa-PR

Descrição: A cidade da Lapa, marco referencial de grande importância na história, tanto do Paraná como do Brasil, seja do processo de ocupação e povoamento do segundo planalto paranaense nos fins séculos XVIII e XIX, ou durante a Revolução Federalista, em fins deste último, não deixa de construir-se, do ponto de vista urbanístico, fenômeno singular. De conformação linear, erguida que foi sobre as vias paralelas estruturadas ao longo do caminho das tropas interligadas por travessas, sua memória não pertence apenas a si mesmo. Constitui, isto sim, bem de todos brasileiros, valioso patrimônio que deve ser protegido em nome de todos, para usufruto da população. A localidade inicialmente conhecida como Santo Antônio do Registro viu chegar o século XX, ocasião em que passou a enfrentar períodos de declínio e progresso em sua economia, o que lhe acarretou um sem-número de mudanças no seu modo de viver. Mas a urbe, esta permaneceu intacta.
O tropeirismo e o extrativismo não mais tinham a importância de antes. A implantação progressiva de modernos sistemas agrícolas só muito lentamente ocorreu, e esses fatores, paradoxalmente, concorreram para que se preservasse intacto o ambiente que, ao longo dos séculos, agasalharam momentos importantes de nossa história. Em tempos distantes, pelos campos onde hoje se assenta, segundo a tradição oral, por lá passaram Aleixo Garcia e sua bandeira de Paulistas, isto em 1526, e cinco anos depois, Pero Lobo e Francisco Chaves e seu comandados, vindos, também, de São Paulo.
Historicamente comprovado o transito, por aqueles mesmos campos, de D. Alvar Nunes Cabeza de Vaca, nomeado do Reino de Castela em Nuestra Señora de Assumpción, Paraguai, com sua tropa, e procedente de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, nos idos de 1542. A Lapa, por assim dizer, como muitos poucas cidades brasileiras, tem o privilégio de manter de pé, vivo, habitado e ocupado o cenário por onde perpassam, até hoje, histórias de aventureiros e bandeirantes, caso e causos de tropeiros, e de trânsito de tropas, as lendas de João Maria, o Monge, as trabalhos dos artesões barriqueiros, as histórias ligadas à erva-mate, e aos imigrantes que vieram das lonjuras do Volga e de outras partes da Europa, a partir do século passado, o que a enriqueceu culturalmente, a “coisa” … ligadas a “pica-pau” e “maragatos” – os adversários da revolução Federalista – e muitos e muitos foram os outros fatores e assuntos. Por tudo isto é que, de há muito, começaram a ser tomadas medidas acauteladoras, objetivando proteger, guardar para o amanhã o que ontem se construiu.
Fonte: Coordenação do Patrimônio Cultural.

Normativa do Centro Histórico

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MAIS INFORMAÇÕES:
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Coordenação do Patrimônio Cultural
Patrimônio de Influência Portuguesa


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