Lençóis – Conjunto Arquitetônico e Paisagístico


Imagem: Iphan

O Conjunto Arquitetônico e Paisagístico, em Lençóis-BA, foi tombado por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Lençóis, BA: conjunto arquitetônico e paisagístico
Localização: Lençóis-BA
Número do Processo: 847-T-1971
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 60, de 17/12/1973

Descrição: Lençóis situa-se na região centro-oeste da Bahia, em um anfiteatro natural na encosta oriental da Serra do Sincorá. Distando cerca de 400 Km de Salvador, a cidade é cortada pelo rio Lençóis, afluente do Paraguassú, estabelecendo-se sobre afloramentos graníticos. O assentamento surgiu em meados do século XIX em função da mineração de diamantes e das atividades comerciais daí decorrentes, constituindo-se numa nova opção econômica com o declínio de outros pontos de garimpo. Para a formação da cidade contribuíram dois grupos: os garimpeiros, vindos do Serro Frio e do Alto Sertão e os comerciantes da Capital e do Recôncavo, que financiavam a mineração e controlavam sua exportação com comerciantes franceses, ingleses e alemães. Segundo versão popular, seu nome provém do grande número de tendas de pano que caracterizaram a primeira ocupação do sítio, período no qual também se utilizavam as grutas das vizinhanças como habitação. O primitivo arraial, com sede em Mucugê, foi transformado na Comercial Vila de Lençóis, em 1856, e elevada à cidade em 1864, com o nome de Lençóis. A cidade floresce até 1871, quando a descoberta de diamantes na África do Sul contribui para seu declínio econômico. A povoação se formou a partir de dois núcleos: o Serrano e S. Félix, locais onde se iniciaram, simultaneamente, a lavra diamantífera para, em seguida, formarem um único organismo urbano. O núcleo do Serrano situava-se em ponto elevado, à margem de uma corredeira do rio, deslocando-se à medida que o arraial se consolidava em direção à atual Pça. Horácio de Matos, de topografia mais amena, de encontro ao outro núcleo, na margem oposta do rio. A articulação dos dois núcleos se fez em 1860, com a construção da atual ponte. A tipologia urbana é composta apresentando trama de ruas irregular, que se acomoda aos acidentes do sítio, intercalada por pequenas praças e largos. Seu acervo arquitetônico é constituído basicamente por edifícios da segunda metade do século passado, construídos com diferentes técnicas, predominantemente empregando o adobe, com singulares características arquitetônicas que se destacam pelas cores vivas de suas alvenarias e esquadrias. A imagem da cidade é identificada pela leitura do conjunto arquitetônico civil e sua relação com o sítio, inexistindo aí a predominância de monumentos religiosos.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Projeto Lençóis
Iphan
Iphan
Iphan
Monumenta
Monumenta, p. 241
Wikipedia


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