Manaus – Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Porto de Manaus


Imagem: Portal da Copa

O Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Porto de Manaus, em Manaus-AM, foi construído no ciclo da borracha, com início em 1850.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Porto de Manaus
Localização: Manaus-AM
Número do Processo: 1192-T-1986
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: N° inscr. 100, de 14/10/1987
Livro do Tombo Belas Artes: N° inscr. 589, de 14/10/1987

Prefeitura Municipal de Manaus-AM
Nome atribuído: Centro Antigo de Manaus e Sítio Histórico de Manaus
Localização: Centro – Manaus-AM
Decreto de Tombamento: Lei Orgânica do Município de Manaus, de 05/04/1990 – 342
   § 3º

Descrição: Sua construção está relacionada a um dos períodos mais importantes para a região amazônica – o ciclo da borracha – pois, durante este tempo o local viveu grande prosperidade. Começando em 1850, com a elevação da Comarca do Alto Amazonas a Província do Amazonas, foi autorizada a navegação a vapor do rio Amazonas e seus afluentes. Em 1890, a “Metrópole da Borracha” adquirira todos os hábitos e costumes das “cidades modernas”.
A exploração, o beneficiamento e a exportação da borracha se regulamenta e Manaus passa a ser sede das grandes casas exportadoras. A cidade fica diretamente ligada ao mercado internacional e contribui economicamente com 38% das divisas do país. Esta situação resulta no edital, em 1899, para execução de obras de melhoramento do Porto, a fim de escoar a produção da borracha. O contrato foi fechado em 1900 entre o Governo Federal e a firma B. Rymkierwiez & Cia, entretanto é transferido para a firma inglesa Manaos Harbour Limited, com as obras começando em 1902.
O porto foi construído respeitando o fenômeno de “cheia” e “vazante” do Rio Negro. O litoral e um antigo igarapé foram aterrados e foi levantado um muro de arrimo, construído à jusante, acompanhando o pequeno trecho, já existente, de meados do século passado. Além do cais de alvenaria, foi construído um cais sobre bóias de ferro cilíndricas, flutuando independente do nível do rio. A forma de pensar a arquitetura do início do século está bem representada no porto. O ferro aparece com soluções formais próprias – armazéns com chapas onduladas de vedação, o “road-way” sobre bóias flutuantes.
Porém, quando se trata dos edifícios da Alfândega e da Administração temos a estrutura de ferro escondida sob vedações de alvenaria, com elementos alusivos a estilos passados. Os prédios da Alfândega e da Guardamoria representam uma transição entre o conjunto de armazéns e os edifícios da Manaos Harbour, por utilizarem o sistema de pré-moldagem. Três das edificações tombadas são anteriores aos empreendimentos da Manaos Harbour Ltd.: o antigo edifício do Tesouro Público (inscrições na fachada 1887-1890) de estilo neo-clássico; o trapiche 15 de novembro – o único em chapa prensada de fabricação belga (possivelmente trata-se do mesmo trapiche Princesa Isabel cuja construção foi iniciada em 1888 e rebatizado com o advento da República) e a bomba de incêndio, junto a este trapiche, que já é mencionada nos relatórios das obras públicas datado de 1869 a 1881. Os armazéns foram construídos de 1903 a 1910.
Fazem parte do acervo as seguintes edificações: Escritório Central e fachada anexa, na R. Taqueirinha, nº 125; Setor administrativo, na R. Governador Vitório, nº 121; Setor de operações, antigo prédio do Tesouro, na R. Monteiro de Souza s/n; Museu do Porto, na R. Vivaldo Lima, nº 61; antiga Casa da Tração Elétrica, na R. Marquês de Santa Cruz, s/n; Armazéns nº 3, 4, 5, 10, 15, 18 e 20; Road-Way e a bomba de incêndio.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan
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Monumenta, p. 48
site da instituição
wikipedia


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