Manaus – Palácio Rio Negro


Imagem: IDD

O Palácio Rio Negro, em Manaus-AM, também chamado Palacete Scholz, foi construído em estilo eclético em 1903 como residência particular de Karl Waldemar Scholz.

CEDPHA – Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas
Nome Atribuído: Palácio Rio Negro
Localização: Av. Sete de Setembro, s/n – Centro – Manaus-AM
Processo de Tombamento: Decreto Nº 5.218, de 03/10/1980
Uso Atual: Centro Cultural Palácio Rio Negro

Prefeitura Municipal de Manaus-AM
Nome atribuído: Centro Antigo de Manaus e Sítio Histórico de Manaus
Localização: Centro – Manaus-AM
Decreto de Tombamento: Lei Orgânica do Município de Manaus, de 05/04/1990 – 432
   § 1º

Descrição: O Palacete Scholz foi construído em estilo eclético em 1903 para ser residência particular de um abastado comerciante da borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. O Amazonas era à época um dos estados mais prósperos da União por ocasião do Ciclo da Borracha.
A partir de 1911, em virtude da forte concorrência da produção gomífera em terras asiáticas, houve o iminente declínio do comércio da borracha no Amazonas. Além disso, com advento da Primeira Grande Guerra, a linha de navegação entre Manaus e Hamburgo na Alemanha foi interrompida, o que prejudicou de sobremaneira os negócios do Senhor Scholz.

Waldemar Scholz, Presidente da Associação Comercial do Amazonas a partir de 1911 e Cônsul da Áustria desde 1913, na infeliz tentativa de sanar suas dívidas, hipotecou o Palacete por 400 contos de réis ao rico seringalista do Purus, Luiz da Silva Gomes, que foi o mesmo que o arrematou em leilão: Era o fim da próspera estada de Scholz em terras amazônicas e seu retorno ao país de origem.

O Palacete Scholz foi primeiramente alugado ao Governo do Amazonas por um conto de réis, através do então governador, Dr. Pedro de Alcântara Bacellar que não obstante à crise econômica que se abatia no Amazonas; as deficiências do Erário e das críticas de seus opositores, o adquiriu em 1918 por 200 contos de réis recebendo a denominação de Palácio Rio Negro. De 1918 a 1959, portanto, de Bacellar a Mestrinho, serviu de residência aos governadores e Sede do Governo. De 1959 até 1995, somente como Sede de Governo.
Fonte: Governo do Estado.

Descrição: O Palácio Rio Negro foi construído no início do século XX, no ano de 1903, para ser a residência de um rico exportador de borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz que foi também Presidente da Associação Comercial do Amazonas e Cônsul da Áustria.

Conhecido à época como Palacete Scholz, o prédio é um marco do período em que o Amazonas era um dos estados mais prósperos da União.

O declínio do comércio da borracha no Amazonas devido ao desenvolvimento da produção gomífera no continente asiático, somado a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que interrompeu a linha de navegação entre Manaus e Hamburgo, na Alemanha, prejudicou sobremaneira os negócios do comerciante alemão, que teve de hipotecar o imóvel.

Arrematado em leilão pelo rico seringalista Luiz da Silva Gomes, o prédio foi primeiramente alugado ao Estado do Amazonas, no governo do Dr. Pedro de Alcântara Bacellar.

Em 1918, apesar da crise econômica que se abatia sobre o Amazonas e das críticas de seus opositores, o Governador Pedro Bacellar adquiriu o imóvel, que passou a denominar-se Palácio Rio Negro.

O Palácio Rio Negro serviu de sede do Governo e de residência dos governadores até 1959, encerrando-se este período no governo de Gilberto Mestrinho. A partir desta data, até 1995, foi utilizado apenas como sede de Governo.

Tombado como patrimônio histórico estadual em 1980, o Palácio Rio Negro é gerenciado pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Amazonas.

Aberto a visitação pública, também é usado para audiências e recepções do Governador do Estado do Amazonas a Chefes de Estado, Embaixadores e demais personalidades.

Cada uma das salas homenageia um governador do Amazonas ao longo da história da República. Nelas é possível admirar mobiliário em estilo manuelino, português, inglês e império, além de belas peças de estilo oriental e Art Nouveau.

O visitante pode apreciar ainda galeria de fotos dos governadores do Estado do Amazonas e as exposições: “O Poder Executivo nas Constituições do Estado”, que apresenta as constituições criadas e suas consequências no poder executivo do Amazonas, e “Símbolos do Estado do Amazonas”, que destaca bandeiras, hinos e brasões.

Representante de parte da história do período áureo da Belle Epóque, o prédio possui um mirante na torre mais alta, proporcionando uma privilegiada vista da cidade de Manaus, com destaque para o tráfego das embarcações regionais nas águas escuras do Rio Negro.
Texto: Albino Oliveira.
Fonte: Fundaj.

FOTOS:

TOUR EXTERNO

MAIS INFORMAÇÕES:
Governo do Estado
Fundaj
IDD
Wikipedia


3 comments

  1. Lincoln Augusto |

    Tenho muita vontade de conhecer o Palácio Rio Negro…
    Minha avó materna Olenina morou nele quando era jovem. Era filha do Governador Pedro de Alcântara Bacellar…

  2. Idenilson Cabral de Magalhães |

    Essa história linda deve ser contada aos nossos netos e bisnetos para que não esqueçamos a nossa história

  3. Carla Jociane Malon |

    Karl Waldemar Scholz foi meu tio-trisavo. Tenho muito orgulho dele e da luta que muitos imigrantes assim como ele enfrentaram para desbravar as terras brasileiras.
    Estes, sujeitaram-se a embarcar em navios e viajar durante meses, mal acomodados, com crianças e toda família. Muitos ficaram doentes à bordo, outros faleceram e tiveram que ser lançados ao mar. Muitos imigrantes prosperaram, construíram suas famílias. Os imigrantes de vários países ajudaram a construir nosso país o que o torna tão rico culturalmente.

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