Manaus – Pavilhão “J” da Antiga Colônia Antônio Aleixo


O Pavilhão “J” da Antiga Colônia Antônio Aleixo, em Manaus -AM, foi tombado por sua importância histórica.

CEDPHA – Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas
Nome Atribuído: Pavilhão “J” da Antiga Colônia Antônio Aleixo
Outros Nomes: Leprosário Colônia Antonio Aleixo
Localização: Aleixo – Manaus-AM
Processo de Tombamento: Decreto Nº 34.500, de 21/02/2014

Descrição: Da sua inauguração em 1942, seus fins eram distintos dos quais ela acabou exercendo, a criação da Colônia está relacionada às estratégias políticas e econômicas de caráter do Governo do Estado do Amazonas157. Sua finalidade estava em criar um entreposto militar do exército devido às condições geográficas favoráveis, como a de situação e localização. Porém, a malária se apresentava como um dos últimos fortes fatores de resistência da floresta, que impedia o avanço e a fixação do homem, nas proximidades e no interior da mata.
É encontrado no Decreto nº 60, de 18 de março de 1938, que o lote de terras situado na região do Lago do Aleixo, onde se situa hoje a Colônia Antônio Aleixo, era pertencente ao senhor Manuel Tomé da Silva Monteiro e foi desapropriado por utilidade púbica, via o supracitado decreto, para a construção do leprosário. Quatro anos depois o governo local efetivou o propósito, sendo que, a partir de 1942, o Governo do Estado destinou a área para a instalação de uma Colônia para os portadores de hanseníase, provocando a saída dos soldados da borracha do local. No dia 06 de novembro de 1942, o médico Dr. Menandro, responsável pelos doentes, resolveu ocupar aquelas instalações transferindo para lá seis portadores de hanseníase.
O processo de decadência da economia da borracha acarreta na migração populacional em direção a cidade, esse processo carrega consigo, além de outros costumes, culturas, miscigenação, possibilita também, a chegada de várias doenças. A chegada aos hospitaiscolônias de Paricatuba (acessível na época apenas de barco) e do Umirisal, era das mais dificultosas e muitos acometidos pela patologia ainda transitavam pela cidade.
A estratégia do governo foi a criação da Colônia Antônio Aleixo, considerado pelos governantes como “Hospital Modelo”, a colônia passou a abrigar os portadores de hanseníase que, paulatinamente, foram sendo transferidos até a década de 1970 quando da total desativação do hospital de Paricatuba, em Iranduba.
[…]
Além, da segregação imposta pela sociedade ainda havia a segregação dentro do Hospital-Colônia. O Hospital passa a ser demarcado e dentro dos seus limites passam a existir barreiras imaginárias impostas pela administração que conferem ao espaço uma verdadeira estrutura de controle e dominação.
Fonte: Alves.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Juliana Araújo Alves
Maria de Nazaré de Souza Ribeiro
Wikipedia


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