Marapanim – Antigo Paço Municipal


Imagem: Google Street View

O Antigo Paço Municipal de Marapanim foi tombado pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.

Governo do Estado do Pará
DPHAC – Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural
Nome Atribuído: Imóvel do Antigo Paço Municipal de Marapanim
Localização: Marapanim-PA – Marapanim-PA
Data de Tombamento: 12/08/1994

Descrição: […] segundo FERREIRA (2013), apresenta características do período republicano no estado do Pará. Carrega consigo grande importância histórica reconhecida pelo povo marapaniense e estes, cientes da situação do mesmo, demonstram preocupação quanto a vida útil da construção. Este fato pode ser facilmente enquadrado nos “valores de memória” citados por RIEGL (2013) onde faz-se importante preservar um monumento de valor sentimental, além de considerar seu valor histórico, para o povoado. Desta maneira, a documentação tanto da cultura material – seja escrita, fotográfica, edificada – quanto da imaterial – música, dança ou herança cognitiva – evidenciada pelo município não faz parte somente da história isolada da população marapaniense. Abrange, portanto, o histórico do desenvolvimento do estado do Pará em sua totalidade e com isso torna-se fundamental a preocupação com a preservação do patrimônio não só do município de Marapanim, mas de muitos outros que também complementam o território paraense e seu passado.

Atualmente, o Paço Municipal Monsenhor Edmundo Igreja (Fig. 3) está sob proteção da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (SECULT) desde o ano de 1994, entretanto, encontra- e abandonado apresentando avançado estado de deterioração, apesar dos muitos esforços da Prefeitura Municipal de Marapanim em recuperá-lo. Assim, o artigo tem como objetivo documentar o patrimônio material do estado do Pará através de métodos da arqueologia da arquitetura, observando e registrando suas camadas de alteração por meio de fotografias e análises macroscópicas, gerando como resultado preeliminar uma matriz de Harris para melhor compreensão da cronologia do imóvel.
Fonte: Ana Elisa do Nascimento Ribeiro.

Histórico do município: A história oficial tem início no século XVII, quando os padres jesuítas ali chegaram e fundaram uma fazenda, que chamaram de “Bom Intento“. A fazenda, a época da Lei Pombalina, em 1775, foi confiscada dos jesuítas e entregue a particulares. O domínio das terras chegou as mãos do padre José Maria do Valle, que dela separou uma parte, doando-a para criação de uma freguesia. Em 1833, durante a Independência, a então freguesia do Bom Intento ficou sob a jurisdição da Vila de Cintra, hoje município de Maracanã. Dezessete anos mais tarde, em 1850, já era povoado. Em 1869 foi elevado à categoria de freguesia, sob a proteção de Nossa Senhora da Vitória, continuando – porém – a pertencer a Cintra.

A autonomia veio em 1874. Porém, sua instalação só ocorreu quatro anos mais tarde, em 1878, com a eleição dos vereadores e juiz de paz.
Sua emancipação municipal durou até dezembro de 1930, quando o município de Marapanim foi extinto, através de um decreto, e entregue a Curuçá. Entretanto, menos de um mês depois, o decreto nº 111, de 21 de janeiro de 1931, tornou-se sem efeito a extinção.

Marapanim é uma palavra da língua nheengatu, derivada do tupi-guarani, e significa “borboletinha do mar” ou “borboletinha d’água“, nome dado pelos índios da região a um rio que por ali corria; e, cujas margens, podia-se ver um grande número de borboletas pequenas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Ana Elisa do Nascimento Ribeiro
Tiago Barros Ferreira


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