Mariana – Casa Capitular


Imagem: Iphan

A Casa Capitular de Mariana-MG foi construída por iniciativa dos Cônegos da Sé, empenhados em possuir uma sede condigna para as reuniões do Cabido.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casa Capitular
Localização: Mariana-MG
Número do Processo: 410-T-1949
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 336, de 06/12/1949
Uso Atual: Museu Arquidiocesano de Arte Sacra
Observações: O Museu foi inaugurado em 22/11/1962. A fonte da Samaritana, também tombada, foi transferida para este Museu.

Descrição: A Casa Capitular de Mariana foi construída por iniciativa dos Cônegos da Sé, empenhados em possuir uma sede condigna para as reuniões do Cabido. Decidida sua construção em 1765, foi assinado contrato com o mestre José Pereira Arouca em 1770, tendo os trabalhos de construção se iniciado no mesmo ano, obedecendo ao risco fornecido pelo Cabido. Pelas condições do auto de arrematação, José Pereira Arouca deveria entregar as obras concluídas ao fim do prazo de dezoito meses, a contar da data do contrato. Entretanto, as obras se estenderiam por vários anos, não estando ainda terminadas em 1793, quando o Cabido moveu uma ação contra o construtor. O processo judicial só se encerrou, em 1800, cinco anos após o falecimento de Arouca. Ignora-se a data de conclusão das obras que, segundo parece, não obedeceram exatamente o projeto original.
O edifício da Casa Capitular é, às vezes, referido indevidamente como “Aljube”, ou seja, a prisão dos padres. O equívoco surgiu em decorrência de uma petição do primeiro Bispo de Mariana ao rei D. João V, solicitando autorização para se construir na nova Diocese uma prisão eclesiástica, o que ficou apenas na intenção. A destinação original do edifício foi, portanto, desde o início para servir de sede ao Cabido Diocesano. Em 1926, o Cabido doou o edifício à Mitra Arquidiocesana, que aí instalou a Cúria Metropolitana e o seu Arquivo. Após a realização das obras de adaptação, o prédio passou a abrigar o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, inaugurado a 22 de novembro de 1962, cujo acervo reúne as peças mais importantes que se encontravam nas igrejas, no Seminário e no próprio palácio Arquiepiscopal. A edificação foi então ligada internamente ao prédio vizinho, também de propriedade da Mitra Arquidiocesana, provavelmente construído também por José Pereira Arouca.
A casa Capitular de Mariana é uma construção em alvenaria que se destaca pelo apuro construtivo e, ao mesmo tempo, pela excepcional elegância dos detalhes arquitetônicos e decorativos. Trata-se de um sóbrio palacete apresentando uma harmoniosa fachada simétrica composta, no pavimento superior, por cinco portas-sacadas com guarnições em cantaria e molduras trabalhadas, folhas envidraçadas e guarda-corpo de ferro batido. Sobre a porta-sacada central encontra-se uma tarja ricamente ornada em volutas, com relevo representando a Virgem cercada de estrelas e, inferiormente, o Monte Carmelo. No pavimento inferior há duas portadas, simetricamente dispostas e três janelas gradeadas, uma no meio e uma em cada extremo das portas. Os cunhais apresentam capitéis compósitos, de delicada inspiração rococó que, segundo Germain Bazin, é um dos melhores exemplares no gênero e a cimalha superior é artisticamente trabalhada. Texto extraído de: Fundação João Pinheiro. Dossiê de Restauração. Plano de Conservação, Valorização e desenvolvimento de Ouro Preto e Mariana. 1973/1975.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Site da instituição
Patrimônio de Influência Portuguesa
Wikipedia


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