Mariana – Igreja Bom Jesus do Monte


Imagem: Iphan

A Igreja Bom Jesus do Monte, no Distrito de Furquim, em Mariana-MG, foi construída em 1745. A planta da igreja enquadra‐se no modelo tradicional da primeira metade do séc. XVIII.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja Bom Jesus do Monte
Localização: Distrito de Furquim – Mariana-MG
Número do Processo: 410-T-1949
Livro do Tombo Belas Artes: Inscrito em 12/1949

Descrição: O arraial de Furquim é uma das localidades mais antigas de Minas, tendo sido fundado pelo sertanista António Furquim da Luz, um dos primeiros a descobrir ouro na região do Ribeirão do Carmo. Em 1706, já era sede de paróquia, tornando‐se colativa em 1724. Até meados do século, o povoado ainda era opulento, reunindo alguns dos moradores mais abastados da capitania, a maioria deles mineradores. A Igreja Matriz, que substituiu a capela primitiva, foi construída em 1745; vinte anos mais tarde, a sacristia e a capela‐mor foram reedificadas e, por volta de 1782, o mestre José Pereira Arouca realizou obras no edifício, não especificadas na documentação. A planta da igreja enquadra‐se no modelo tradicional da primeira metade do século XVIII, com a nave e capela‐mor ladeadas por corredores e, na parte posterior, a sacristia e o consistório dispostos transversalmente em dois pavimentos. O sistema construtivo é misto: alvenaria de pedra, vedações em adobe, e pau‐a‐pique em divisões internas. Em termos da talha, o destaque vai para o altar‐mor, não só devido às suas grandes proporções, mas também à originalidade da ornamentação. O frontispício é largo, e sua composição bastante pesada, devido às proporções avantajadas dos painéis quadrangulares das torres e da volumosa cimalha de pedra, que contrastam com as janelas e sineiras, de dimensões bastante acanhadas. Alguns detalhes, no entanto, conferem alguma graça à fachada, como o desenho do coroamento da portada e os recortes sinuosos do frontão curvo. Classificada pelo SPHAN em 1949. Em 1980, devido a problemas estruturais que acarretavam infiltrações na cobertura e degradação da ornamentação interna, a edificação foi objeto de uma ampla restauração pelo Instituto Estadual do Património Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA–MG).
Fonte: Cláudia Damasceno Fonseca.

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Patrimônio Espiritual


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