Natal – Travessa Pax


Imagem: Costa, Amaral

A Travessa Pax, em Natal, foi tombada pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Travessa Pax
Localização: Travessa Pax – Cidade Alta – Natal-RN
Data de Tombamento: 26/07/2007

Descrição: Essa via, transversal à Avenida Câmara Cascudo, separa a Casa de Câmara Cascudo e o Solar Bela Vista, sendo calçada com pedras de cor escura. Este tipo de calçamento, feito com arenitos ferruginosos, recebia a denominação de pé-de-moleque, por parecer com o doce que leva o mesmo nome. O processo de calçamento começou na cidade em 1904, utilizando material retirado das praias do Meio, da Ponta do Morcego e de Areia Preta. Durante algum tempo, esse tipo de calçamento foi adequado, mas com a chegada do automóvel, surgiu a necessidade de uma pavimentação menos irregular. Daí decorre a importância de seu tombamento pela Fundação José Augusto em 2007, como forma de preservar uma antiga técnica utilizada, sendo um registro da história da cidade.
Fonte: Costa, Amaral.

Information – Pax Lane: This lane, transversal the Câmara Cascudo Avenue, separates the House of Câmara Cascudo and Bela Vista Manor, being paved with dark-colored, ferruginous cobblestone. The process of paving began in Natal in 1904, using material taken from the beaches of Meio, Ponta do Morcego and Areia Preta. For a time, this type of pavement was adequate, but with the advent of the automobile, it came to the need for a less bumpy pavement. Hence the importance of is preservation by the José Augusto Foundation in 2007 as a way to preserve an ancient technique used, being a record of the history of the city.
Source: Costa, Amaral.

Histórico do município: Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.
Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.
Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses, a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Costa, Amaral


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