Natividade – Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico


Imagem: Wagner Araujo

O Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico, em Natividade-TO, foi tombado por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Natividade, TO: conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico
Localização: Natividade-TO
Número do Processo: 1117-T-1984
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 102, de 16/10/1987
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 590, de 16/10/1987

Descrição: O descobrimento e a fundação do arraial corresponde ao segundo momento da procura do ouro em Goiás. O arraial recebeu, inicialmente, o nome de São Luiz quando o veio de ouro foi descoberto em 1734. Este nome foi logo mudado para Natividade em honra da padroeira, N. Sra. de Natividade. Devido a distância das cidades mais ao sul, o arraial se preservou. Entre 1809 e 1815 foi sede do “governo do Norte” ao dividir-se a capitania. Em 1831 foi elevada à categoria de vila. Depois do ciclo do ouro, Natividade tem projeção como região de pecuária tendo tido relações comerciais com a Bahia.
No século XIX, com a vinda de pedreiros baianos, as casas tomam nova roupagem exterior com elementos decorativos acoplados às suas fachadas. Conserva, ainda hoje, seu traçado urbano original assim como as Igrejas: Matriz de Natividade, São Benedito e as ruínas de N. Sra do Rosário dos Pretos, que é considerada um dos símbolos do novo estado do Tocantins. Identificam-se na sua configuração, a diferença de diferentes fases de sua ocupação: os vestígios de canalização e de abrigos, localizados na serra de Natividade, remanescentes da atividade aurífera; a estrutura urbana original do núcleo, que se encontra praticamente íntegra; e uma área de ocupação mais recente (fins da déc. de 60, séc. XX) que não interfere no núcleo original.
Natividade apresenta uma estrutura urbana colonial, com ruas irregulares. O conjunto arquitetônico destaca-se por sua simplicidade, demonstrando na escala, ritmo, proporção do casario e na ausência de monumentalidade das construções de função pública, resultando num conjunto harmonioso. As fachadas, são basicamente de dois tipos, correspondendo aos ciclos econômicos pelos quais passou a Cidade: as fachadas mais despojadas, do período relativo à mineração do séc. XVIII; e as fachadas mais ornamentadas, do segundo período, ligado à pecuária, a partir do séc. XIX. As fachadas mais simples apresentam-se largas, predominando os cheios sobre os vazios. A pequena distribuição entre as vergas (predominantemente retas) e o beiral reforça o aspecto horizontal das edificações. “As fachadas mais ornamentadas, ao contrário, apresentam aparência mais esbeltas e variada em função da variedade dos tipos de platibandas, vergas e dos ornatos que lhe sobrepõem, algumas vezes sobrecarregando as fachadas.
A horizontalidade do conjunto é ressaltada pela largura das edificações, seu pé-direito baixo, a proporção dos vãos, as cimalhas marcando as fachadas e a superfície dos telhados de duas águas com cumeeira paralela ao logradouro público. Do conjunto arquitetônico da cidade, composto atualmente por 260 unidades (FERREZ, 1981, p. 143), foram inventariadas pelo trabalho “Oito Vertentes e Dois Movimentos de Síntese da Arquitetura Brasileira”, 28 unidades da arquitetura civil (t. privada e pública) e religiosa. Dentre essas unidades, as 21 edificações residenciais possibilitam uma análise sobre as características tipológicas do conjunto.” (Conjunto Urbano, Arquitetônico e Paisagístico de Natividade.H. M. dos Santos e M. R. Romeiro Chuva, Estudos de Tombamentos).
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan (p. 16)
Iphan
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Monumenta, p. 94
Patrimônio de Influência Portuguesa
Wikipedia


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