Olinda – Igreja e Mosteiro de São Bento


Imagem: Iphan

As obras de construção da Igreja e Mosteiro de São Bento, em Olinda-PE, foram concluídas em 1599.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja e Mosteiro de São Bento
Outros Nomes: Igreja Abacial do Mosteiro de São Bento
Localização: Rua do São Bento, s/n – Olinda – PE
Número do Processo: 50-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 86, de 16/07/1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 179, de 16/07/1938
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Governo do Estado de Pernambuco
CEC-PE – Conselho Estadual de Cultural de Pernambuco
FUNDARPE – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco

Nome atribuído: Igreja e Mosteiro de São Bento – Olinda
Livro do Tombo: LIVRO Nº II – EDIFÍCIOS E MONUMENTOS ISOLADOS

Descrição: Os monges de São Bento chegaram a Olinda em 1592­, instalando‐se na Igreja de São João. Depois de 1595 seguiram para a Capela de Nossa Senhora do Monte. De 1597 a 1599, edificaram um pequeno convento em local que adquiriram próximo ao porto fluvial do Varadouro. Desse mosteirinho nos restam hoje algumas peças do retábulo de altar da igreja. Pode ver‐se o seu aspecto, ainda sem os danos que teria causado o incêndio de 1631, na estampa Marin d’Olinda. Depois de 1654, os monges edificaram igreja e mosteiro bem maior. Em 1750 uma reforma o modificou sensivelmente.
Na segunda metade do século XVIII, uma nova capela‐mor foi construída e recebeu excelente retábulo e tribunas ao gosto da talha do Norte de Portugal, bem afim com a de Frei José de Santo António Vilaça. Esta talha se encontra filiada à do Mosteiro de Tibães da mesma ordem, em Braga. Tribunas de igual gosto fazem da capela‐mor um excelente exemplar de arquitetura e ornamentação do barroco bracarense. No século XIX, outra remodelação atingiu a fisionomia do mosteiro na administração do abade Frei Filipe de São Luís Paim. Depois de 1895, com o objetivo de restaurar a Ordem em Olinda, chegaram à cidade monges da Congregação de Beuron, na Bélgica.
O conjunto está bem conservado. O mosteiro foi remodelado, apresentando hoje uma vestimenta neoclássica que não alterou a ordenação dos cheios e vazios antigos. O conjunto se encontra muito bem conservado. O mosteiro tem uma rica prataria e belas imagens da corte celestial beneditina.
Texto: José Luiz Mota Menezes
Fonte: Patrimônio de Influência Portuguesa.

Descrição: O Mosteiro de São Bento encontra-se localizado no alto de uma colina, no Sítio Histórico de Olinda, tendo em seu entorno uma exuberante paisagem natural. A proximidade com o mar e a posição estratégica em relação ao desenho urbano português permite ao visitante uma perspectiva pitoresca da paisagem singular de Olinda. O casario que compõe uma das visadas da fachada principal do templo, tendo o céu e o mar como fundos de um quadro, fazem desse cenário um exemplo raro no nordeste brasileiro.
Em 1592, Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da Capitania de Pernambuco, solicitou à Ordem de São Bento, em Portugal, a vinda de alguns religiosos para Olinda, em troca de bens, sobretudo territoriais, para o patrimônio da ordem, além de inúmeras outras vantagens financeiras e regalias.
Primeiramente, os beneditinos recém-chegados se instalaram na Igreja de São João Batista, situada na vila de Olinda. Três anos mais tarde, foram transferidos para a Capela de Nossa Senhora do Monte, também nas imediações. No entanto, pela relativa distância da área urbana da primitiva vila, os religiosos adquiriram, em 1597, as terras do Sítio Olaria na localidade conhecida por Varadouro da Galeota, que posteriormente foi ampliado com a aquisição de terras vizinhas. Nesse mesmo ano foram iniciadas as obras de construção do mosteiro, sendo concluídas dois anos mais tarde, em 1599.
Esse primeiro templo ficou conhecido como Mosteiro do Patriarca São Bento da Vila de Olinda, funcionando até a chegada dos holandeses, quando incendiaram as terras olindenses em 1631, deixando vários monumentos religiosos, inclusive esse, e o casario em estado de completa ruína. Mesmo assim, os monges beneditinos ainda conseguiram salvar o precioso acervo do Mosteiro. Com a retirada dos flamengos em 1654, os religiosos puderam voltar ao seu local de culto, sendo a edificação totalmente reconstruída entre os anos de 1688 e 1692.
Um novo e mais completo trabalho de reconstrução foi realizado no Mosteiro de São Bento durante vários anos da segunda metade do século XVIII, conferindo ao templo as feições que vemos hoje. Toda sua decoração também foi refeita, à semelhança do que se vê no Mosteiro de Tibães, em Portugal, de onde vieram os beneditinos brasileiros. O atual frontispício e a torre do campanário são decorrentes dessa nova reforma, além da expansão geral do corpo da igreja, que resultou na demolição da sacristia para dar lugar à capela-mor, sendo aquela posteriormente reconstruída. As diferentes datas inscritas no templo do mosteiro comprovam essa sucessão de obras: no óculo da portada consta a data de 1761; no alto da fachada lateral, a de 1779; e na lateral da sacristia, a de 1783.
Como particularidade, o Mosteiro de São Bento abrigou, a partir de 1828, a Escola de Direto de Olinda, entretanto, funcionando por pouco tempo, até 1852, quando foi transferida para o antigo Palácio dos Governadores, onde atualmente funciona a Prefeitura.
A Ordem de São Bento esteve quase extinta no Brasil até o século XIX, quando foi restabelecida por um grupo de religiosos belgas enviados ao país pelo Papa Leão XVIII, especialmente no ano de 1895. Dentre as ordens religiosas que no Brasil se estabeleceram, a beneditina foi a que possuiu o maior número de monges, cujo conhecimento artístico tinha importância equivalente à própria formação religiosa. Esses monges foram responsáveis por vários trabalhos de restauração no templo, sempre respeitando seu precioso patrimônio.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Arquidiocese
Fundaj
Iphan
Patrimônio espiritual
Patrimônio de Influência Portuguesa
Wikipedia


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