Ouro Preto – Capela de Nossa Senhora das Dores


Imagem: Google Street View

A Capela de Nossa Senhora das Dores, em Ouro Preto-MG, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Capela de Nossa Senhora das Dores
Localização: Ouro Preto-MG
Número do Processo: 75-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 254, de 08/09/1939
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: Situada no bairro de Antônio Dias, a primitiva Capela de Nossa Senhora das Dores foi construída por iniciativa da Irmandade de Nossa Senhora das Dores e Calvário, constituída em 1768, na Matriz de Antônio Dias, de acordo com a provisão datada de 31 de janeiro de 1775. A entidade construtora e patrocinadora foi uma confraria que, em 1862, passou a Ordem Terceira.
Erguida no mesmo local da atual capela, porém um pouco mais recuada, a primitiva capela de Nossa Senhora das Dores foi construída por volta de 1780 em lugar onde anteriormente havia um cemitério. Mas a capela que hoje vemos, tendo toda a sua estrutura em pedra, data de 1835. Entretanto, foi entre os anos de 1845 e 1850 que a sua construção avançou até a fachada atual. Foi nesse período que surgiu a sineira inserida no frontão, em substituição ao antigo campanário existente ao lado da capela.
Diante da falta de documentação, desconhece-se a autoria do projeto. e a responsabilidade de sua execução. Sabe-se apenas que em 1855, o governo provincial concedeu verbas para obras na capela. No século XX, os primeiros registros documentais referem-se aos anos de 1914 e 1915, e indicam a construção de um cemitério ao lado direito da capela. Outras referências datam de 1954 e 1964 e relacionam-se, respectivamente, a pequenos serviços generalizados e restauração do telhado da nave.
A capela de Nossa Senhora das Dores apresenta em seu frontispício dois elementos ornamentais de forma piramidal, óculo recortado em curvas e contracurvas e, nas laterais, duas janelas envidraçadas e em arco pleno, possivelmente do século XX. O frontão é curvilíneo, contendo um nicho para colocação de um sino. A cimalha do frontispício é encurvada ao centro, em torno do óculo, solução adotada em grande parte das igrejas mineiras. Encimando a verga da porta principal, aparece elemento decorativo em massa de gesso, simbolizando as dores de Nossa Senhora. O corpo da capela é dividido em arcadas que exercem a função de tribunas onde são guarnecidas por balaustradas de madeira recortada, até a altura do coro. O arco-cruzeiro é arrematado em madeira.
Internamente, é constituída apenas pelo altar-mor, de madeira lisa com lambrequins nos nichos e recortes no camarim, e sacrário de forma chanfrada. Ao lado, abrigados sob os dosséis dos nichos, duas imagens de roca, trajando o hábito da Ordem de São Felipe e São Julião. Ao fundo, uma imagem de Nossa Senhora das Dores, originária da cidade portuguesa de Braga. Complementam a ornamentação uma banqueta com seis castiçais de talha dourada e duas mesas D. João V utilizadas para os ofícios divinos.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS

MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio de Influência Portuguesa


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