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A iniciativa de construção da Capela de São Sebastião é atribuída aos próprios moradores do Morro de São Sebastião.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Capela de São Sebastião
Localização: Ouro Preto-MG
Número do Processo: 75-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 252, de 08/09/1939
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: A iniciativa de construção da capela é atribuída aos próprios moradores do Morro de São Sebastião. Segundo o historiador Salomão de Vasconcelos, teria existido no local uma primitiva capelinha erguida pelos anos de 1708 – 1720. Sobre o arco-cruzeiro pode ser lida a data de 1753, que provavelmente se refere ao ano de sua construção. Suas etapas construtivas no século XVIII são obscuras, nada se sabendo sobre a autoria do projeto e responsabilidade de execução das obras. Documentos relativos ao século XIX indicam uma reconstrução e remodelação de vulto a partir de 1837, cabendo, na ocasião, ao capitão-mor José Bento Soares a responsabilidade de obras dos corredores e sacristia de pedra, além dos esteios da nave, encaibramento de todo o telhado, forro em saia-e-camisa, piso dos corredores, portas, janelas, pintura, retelhamento geral e aprumo das paredes da capela-mor e do arco-cruzeiro. Nos anos de 1897 e 1898, o empreiteiro João Paulo de Meira foi contratado para a construção do altar-mor, tendo sido realizado seu douramento em 1906, quando finalmente as obras foram concluídas. Segundo consta no Arquivo do IPHAN, em 1946 a capela encontrava-se bem conservada graças aos consertos realizados pela população local. Em 1965, o IPHAN empreendeu restauração no telhado da sacristia.
A Capela de São Sebastião adotou o partido comumente empregado na região, compondo-se de nave, capela-mor e sacristia lateral, o que confere maior simplicidade construtiva.à edificação. É uma construção de pedra, apresentando frontão triangular arrematado por uma cruz de pedra. A fachada só tem a porta de entrada almofadada, pequeno óculo no frontão e duas sineiras sobre os cunhais. Estas, entretanto, não são usadas porque existe um campanário isolado, onde está localizado o sino.
Também o seu interior é pobre, não constando nenhum tipo de ornamentação exuberante. Apresenta apenas o altar-mor, de molduras e talhas simples, porém bem trabalhadas, sem policromia e douramento. No trono, na parte superior, encontra-se a imagem do padroeiro. Nos nichos laterais estão as imagens de Nossa Senhora da Conceição e Sant’Ana. Ainda podem se vistos restos de pintura no altar-mor.
Fonte: Iphan.

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