Ouro Preto – Capela do Senhor do Bonfim


Imagem: Google Street View

Em face da inexistência de elementos documentais, tornou-se quase impraticável a reconstituição pelo menos parcial da história da Capela do Senhor do Bonfim.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Capela do Senhor do Bonfim
Outros Nomes: Capela Oratório Nosso Senhor do Bonfim
Localização: Rua da Glória – Ouro Preto – MG
Número do Processo: 432-T-1950
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 255, de 08/12/1954
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: Em face da inexistência de elementos documentais, tornou-se quase impraticável a reconstituição pelo menos parcial da história da Capela do Senhor do Bonfim. Trata-se daqueles pequenos templos cuja origem é bastante obscura. Informa Manuel Bandeira que nesta capelinha é que os condenados á morte, a caminho da forca, levantada nas Cabeças em 1791, ouviam missa por sua alma. Segundo o especialista Germain Bazin, a capela foi construída no século XVIII, sabendo-se, entretanto, que sua fachada foi reformada no século XIX, de modo desfigurador. Essa modificação ocorreu posteriormente ao ano de 1851, pois, naquela data, o viajante Hermann Burmeister, passando por Ouro Preto, reproduziu em desenho a Capela do Bonfim, com sua fachada original. Essa reprodução encontra-se no livro “Viagem ao Brasil através das províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais” e serviu como fonte para o IPHAN proceder, em 1957/1958, à restauração da capela, com reconstituição da primitiva fachada. Em seu livro “Subsídios para o estudo da Arquitetura Religiosa em Ouro Preto”, Paulo Ferreira Santos mostra um desenho da fachada que prevaleceu do século XIX até a restauração de 1957/1958, notando-se a existência então de uma grade de proteção, com a escada de acesso ao centro.
As características arquitetônicas da Capela do Bonfim são bastante simples, não tendo despertado maior interesse por parte dos estudiosos. Estudos de caráter arquitetônico indicam ser a estrutura toda de pedra, incluindo alicerces, cunhais e paredes. O forro, em madeira, se alterna entre os tipos tabuado liso e saia-e-camisa, enquanto o piso é lajeado. Paulo Ferreira Santos considera que a Capela do Bonfim se distingue das demais capelas da cidade, justificando que a singularidade da capela é exatamente não ter sacristia. Trata-se, segundo ele, do único exemplo em Ouro Preto em que a nave e a capela-mor têm a mesma largura. O aspecto mais gracioso da capela é a fachada, agora com sua feição original reconstituída pelo IPHAN (1957/1958), salientando-se na composição a presença lateral da sineira. Internamente, caracteriza-se pela simplicidade, apresentando um único altar extremamente singelo, onde se destaca o frontal em talha com pintura dourada. A divisão interna é curiosa, com uma estrutura sob forma aparente de três naves.
Texto extraído de: Fundação João Pinheiro. Plano de Conservação. Valorização e Desenvolvimento. Ouro Preto. Mariana.
Fonte: Iphan.

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MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio de Influência Portuguesa


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