Ouro Preto – Igreja Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia


Imagem: Marco Manucci

A Irmandade de Nossa Senhora das Mercês foi instituída em Vila Rica entre os anos de 1740 e 1754 e funcionou primeiramente na Capela de São José, onde permaneceu por cerca de 20 anos.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia
Localização: Ouro Preto-MG
Número do Processo: 75-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 243, de 08/09/1939
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: A Irmandade de Nossa Senhora das Mercês foi instituída em Vila Rica entre os anos de 1740 e 1754 e funcionou primeiramente na Capela de São José, onde permaneceu por cerca de 20 anos. Tão logo decidiu a construção do seu próprio templo, obteve a licença eclesiástica em 8 de outubro de 1771, iniciando-se no ano seguinte as obras de construção. Estas foram arrematadas por Henrique Gomes de Brito e embora tivessem evoluído rapidamente, apenas pequena parte da igreja encontrava-se concluída por ocasião da trasladação da imagem de Nossa Senhora das Mercês da Igreja de São José para a nova capela, em fins de 1773. No início de 1774, Henrique Gomes de Brito arrematava a obra nos telhados da nave e, em 1782, o carpinteiro Inácio Pinto Lima foi contratado para fazer o risco do arco-cruzeiro, pregar o forro e assentar os altares. No ano seguinte, o artista Manuel Francisco de Araújo assume a execução de dois dos seis altares previstos.
O historiador Cônego Raimundo Trindade relacionou uma extensa lista de artistas e oficiais que trabalharam na edificação da Igreja das Mercês. Contudo, diante das lacunas da documentação arquivística, não há como compor uma cronologia rigorosa de sua construção, tornando sua história um pouco obscura. Segundo Furtado de Menezes, antes mesmo da conclusão das obras, uma parte da construção ameaçava ruína, determinando a sua reconstrução. Ao que parece, estas obras tiveram início em princípios do século XIX e se estenderam por mais de 60 anos. Nesta fase construtiva, o projeto inicial foi alterado, advindo dessa mudança a substituição por torre única central. O cemitério anexo foi construído em 1828.
Embora construída na segunda metade do século XVIII, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês assemelha-se às construções do início do século, pela rígida marcação de seu volume arquitetônico, dividido em dois blocos quadrangulares compostos pela nave e capela-mor. Os corredores laterais, ao longo da Capela-mor, são encimados por tribunas de grande simplicidade A particularidade da fachada reside na torre única central, edificada no século XIX, que Paulo Ferreira Santos em “Arquitetura Religiosa em Ouro Preto” caracteriza como tipo evoluído das capelas com estrutura de esteios de madeira, a exemplo de Nossa Senhora do Ó, em Sabará, Mercês e Arquiconfraria de São Francisco em Mariana, Santana e Rosário dos Pretos em Conceição do Mato Dentro. A adoção da torre única em Nossa Senhora das Mercês, provocou total reformulação da fachada primitiva, que pode ser constatada pela mutilação do coro.
Quanto à ornamentação, merece referência especial o medalhão da portada, executado em 1810, apresentando as características formais do estilo Aleijadinho, ao qual foi atribuída a autoria durante muito tempo. Os altares da nave estão sob a invocação de Santa Catarina de Alexandria, Santo Antão, São Lourenço e Nossa Senhora da Saúde. No altar-mor encontram-se a primitiva imagem de Nossa Senhora das Mercês e as imagens de São Pedro Nolasco e São Raimundo Nonato. Os altares laterais, em número de quatro, são peças de grande simplicidade, assim como os dois púlpitos de madeira.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS

MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio de Influência Portuguesa
Wikipedia


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *