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O Passo da Ponte Seca foi construído por iniciativa da Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Passo da Ponte Seca
Cidade: Ouro Preto-MG
Número do Processo: 75-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 260, de 08/09/1939

Descrição: As capelas do Passos de Ouro Preto foram construídas por iniciativa da Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos, constituída oficialmente por provisão datada de 20 de maio de 1715, estando diretamente vinculadas às cerimônias da Semana Santa e à Procissão do Senhor dos Passos. Em 1717, a Procissão dos Passos já era realizada em Vila Rica, mas, nestes primeiros tempos, os Passos eram montados apenas temporariamente na Semana Santa, em determinados pontos da Vila, ao longo do trajeto da Procissão. Dado o grande dispêndio que significavam estas “armações” provisórias, logo se cogitou da edificação de capelinhas definitivas, cujas construções têm início a partir de 1728. No Livro de Receita e Despesa da Irmandade dos Passos, do Arquivo da Matriz do Pilar, consta uma série de pagamentos efetuados entre aquele ano e o de 1734 à Manoel Francisco Lisboa, relativos à fatura dos Passos da rua. A construção destas capelinhas primitivas parece ter se prolongado até meados do século XVIII e como em 1786 encontravam-se bastante arruinadas, a Irmandade decidiu reconstruí-las em local mais conveniente.
O Passo da Ponte Seca localiza-se à rua Donato da Fonseca, antiga Ponte Seca, e foi o primeiro a ser reconstruído. As obras de construção iniciaram-se em 1788 e prolongaram-se até 1792, sendo seu arrematante Antônio de Barros. De grande beleza arquitetônica, difere dos demais passos da cidade, por não estar inserido no tecido urbano, onde sobressai isoladamente. Embora de proporções exíguas, apresenta as características gerais da arquitetura religiosa do período em Ouro Preto. Suas paredes são em alvenaria de pedra, frontispício com pilastras de canto encimadas por coruchéus piramidais e empenas com óculo central, que arrematam o telhado. Este, apresenta cimalhas molduradas em forte saliência. Internamente, possui altar de madeira, tipo oratório, com colunas salomônicas e restos de douramento, que foram fixados, através de técnicas de restauração, em 1967 pelo IPHAN. No centro desse altar encontra-se um espaço quadrangular no qual figurava tela a óleo, representando o episódio do “Encontro do Cristo com Verônica”, invocação específica deste Passo. Esta tela, de autoria de Manoel da Costa Athaíde, foi levada para o Museu da Prata da Matriz do Pilar. Em 1980 e 1981, a Prefeitura Municipal de Ouro Preto empreendeu obras de restauração neste passo, sob a supervisão do IPHAN.
Texto extraído de: Fundação João Pinheiro. Dossiê de Restauração. Plano de Conservação, Valorização e Desenvolvimento. Ouro Preto. Mariana.
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.
Fonte: Iphan.

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