Passa Tempo – Quilombo Cachoeira dos Forros


O Quilombo Cachoeira dos Forros, em Passa Tempo-MG, foi certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
FCP – Fundação Cultural Palmares
Nome Atribuído: Quilombo Cachoeira dos Forros
Localização: Passa Tempo-MG
Processo FCP: Processo n° 01420.003102/2008-64
Certificado FCP: Portaria n° 59/2010, de 28/04/2010
Quilombos certificados (2020)

Resolução de Tombamento: Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: […] § 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.
Fonte: Constituição Federal de 1988.

Observação: Os quilombos foram localizados em áreas vazias do terreno urbano para segurança dos mesmos, buscando evitar crimes de ódio racial.

Comunidades Quilombolas: Conforme o art. 2º do Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, “consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida.”
São, de modo geral, comunidades oriundas daquelas que resistiram à brutalidade do regime escravocrata e se rebelaram frente a quem acreditava serem eles sua propriedade.
As comunidades remanescentes de quilombo se adaptaram a viver em regiões por vezes hostis. Porém, mantendo suas tradições culturais, aprenderam a tirar seu sustento dos recursos naturais disponíveis ao mesmo tempo em que se tornaram diretamente responsáveis por sua preservação, interagindo com outros povos e comunidades tradicionais tanto quanto com a sociedade envolvente. Seus membros são agricultores, seringueiros, pescadores, extrativistas e, dentre outras, desenvolvem atividades de turismo de base comunitária em seus territórios, pelos quais continuam a lutar.
Embora a maioria esmagadora encontrem-se na zona rural, também existem quilombos em áreas urbanas e peri-urbanas.
Em algumas regiões do país, as comunidades quilombolas, mesmo aquelas já certificadas, são conhecidas e se autodefinem de outras maneiras: como terras de preto, terras de santo, comunidade negra rural ou, ainda, pelo nome da própria comunidade (Gorutubanos, Kalunga, Negros do Riacho, etc.).
De todo modo, temos que comunidade remanescente de quilombo é um conceito político-jurídico que tenta dar conta de uma realidade extremamente complexa e diversa, que implica na valorização de nossa memória e no reconhecimento da dívida histórica e presente que o Estado brasileiro tem com a população negra.
Fonte: FCP.
MAIS INFORMAÇÕES:
Mapa de Quilombos – Fundação Palmares
Bandeira, Borba e Alves


2 comments

  1. Meu tataravô Militão chegou nesse quilombo de cachoeira dos forros meu bisavô nasceu lá, meu avô Geraldo Canuto viveu até o último dia de sua vida meu pai também nasceu no quilombo como todos meus tios, tanto que o sobrenome maior que existe lá é o meu e dos meus ancestrais… todas as pessoas são parentes consaguineos do meu pai, infelizm

    1. Meu tataravô foi um dos primeiros chegar lá e la nasceu meu bisavô militino Canuto dos resi, meu avô Geraldo Canuto dos reis, meu pai Francisco Canuto dos Reis, eu não nasci nasci em SP pois meu pai foi tentar uma vida melhor deixando sua família e irmãos e tios primos… infelizmente meu pai falava entre linhas… acredito que devido tanto sofrimento o silencio… descobri toda sua história famíliar a qual tenho muito orgulho de ser descendente dessas pessoas que me deram origem e que sofreram muito…
      Meu pai faleceu faz quase 13 anos… queria voltar a sua terra e dizia isso me fez procurar por seus familiares e encontrei depois de 43 anos e só depois do falecimento pois pouco falava…hj entendo que lembrar apesar da saudade de seus familiares era doloroso lembrar de tanto sofrimento.
      Pois meu pai teve um pai muito hostil que infelizmente tbm era fruto da escravidão e apesar de ter nascido livre .

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