Petrópolis – Ponte sobre o Rio Palatinato


Imagem: Google Street View

A Ponte sobre o Rio Palatinato, em Petrópolis-RJ, foi tombada por sua importância arquitetônica, histórica e cultural.

INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Ponte entre a Rua Padre Siqueira e a Rua Alfredo Pachá, sobre o rio Palatinato
Processo de Tombamento: E-03/31.278/78
Localização: R. Padre Siqueira e R. Alfredo Pachá – Petrópolis-RJ
Tombamento Provisório: 23/11/1978
Tombamento Definitivo: 16/04/1979

Descrição: Formado pelas ruas Padre Siqueira, Alfredo Pachá, Sete de Abril, Frei Luiz e Frei Rogério, em toda a extensão desses logradouros, e pela rua Montecaseros, no trecho entre o n° 22 e n° 156,compreendendo ainda a praça Oswaldo Cruz, situada na confluência das ruas Montecaseros e Coronel Fabrício de Mattos. O conjunto é caracterizado por seus ambientes natural e construído, nos quais se destacam, além das edificações, as matas remanescentes nas encostas.
Fonte: Inepac.

Descrição: Petrópolis foi, historicamente, local de passagem obrigatória de penetração dos viajantes que, do litoral ao interior, iam e vinham em busca do ouro das Minas Gerais. Esse fator, somado às qualidades climáticas e feições naturais e à proximidade com o Rio de Janeiro, contribuiu para que, em meados do século XIX, ali se desenvolvesse a colônia de Petrópolis. Outro fator de cunho pitoresco é decorrente do conhecimento que D. Pedro I tinha da região, particularmente da Fazenda do Padre Corrêa, local de pernoite dos tropeiros que transpunham a serra em direção ao interior. Encantado com o clima ameno e a beleza daquele cenário natural, adquire as terras do Córrego Seco, vizinhas às do Corrêa, para construir um palácio de verão. O sonho de construir a Fazenda Imperial no alto da serra somente vai se realizar, mais tarde, quando o engenheiro-militar major Júlio Frederico Koeler, que coordenava os trabalhos de levantamento topográfico de parte da província do Rio de Janeiro naquela região, arrenda em 1843 a Fazenda do Córrego Seco para implantar no local uma colônia alemã. Koeler compromete-se, através do conselheiro Paulo Barbosa, com o herdeiro D. Pedro I Ia reservar uma área para edificar o Palácio Imperial, os jardins e a Igreja de São Pedro de Alcântara. Em 1846, o major Koeler apresenta o primeiro plano urbanístico para a Vila Imperial de Petrópolis. O projeto aliava as necessidades da atividade agrícola, baseada na mão de obra imigrante, bem como o uso do solo urbano, a preocupações com a preservação dos rios e das matas, resultando numa ocupação em que os edifícios eram projetados de forma respeitosa e integrada à paisagem natural circundante. A cidade rapidamente ocupou lugar de destaque no cenário nacional, inicialmente como residência de verão da família imperial e departe da elite brasileira e, depois, como vilegiatura da alta burguesia fluminense. Ainda no fim do século XIX, pelas suas qualidades climáticas e abundância de água, atraiu a instalação de um grande número de fábricas, sobretudo de têxteis. Esse conjunto de condições políticas, sociais e culturais, propiciou a produção de uma rica e variada arquitetura, marcadamente do período republicano. O acervo do patrimônio edificado de Petrópolis, integrado à magnífica paisagem natural da Serra do Mar, se apresenta como manifestação das mais significativas na conformação das cidades fluminenses, devido à rara e sensível interação do patrimônio ambiental e urbano. Petrópolis se constitui, hoje, apesar das transformações ocorridas, em referência para as demais cidades do Rio de Janeiro, pelo seu padrão de qualidade de vida, além de sua relevância histórica associada à vida política brasileira. Motivados pela mobilização de associações comunitárias locais, estudos sistemáticos para o reconhecimento e proteção de diversos bens em Petrópolis foram iniciados no fim da década de 1970, a partir de um projeto de revisão da legislação urbanística municipal. Coordenado pelo então órgão de planejamento metropolitano do Estado, Fundrem, participaram conjuntamente desses estudos o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Prefeitura Municipal. Os resultados desdobraram-se em um trabalho técnico de elaboração de um inventário dos bens arquitetônicos e em medidas de proteção ao patrimônio ambiental urbano de Petrópolis. O tombamento definitivo efetivado pelo Estado em 1998 é mais uma etapa alcançada nesse processo. Tem singular extensão e diversidade de ambientes, contabilizando dezoito conjuntos localizados no primeiro distrito, que, por suas características urbanísticas, paisagísticas e arquitetônicas, foram reconhecidos como de interesse para a sua preservação. Integram o tombamento diversas ruas com suas arquiteturas peculiares e respectivas encostas com suas coberturas vegetais, constando da listagem mais de trezentos imóveis efetivamente protegidos pela legislação estadual. Este tombamento incorporou os nove bens imóveis constantes do Processo nº E-03/17. 007/1981.
Fonte: Inepac.


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.