Poconé – Casarão Cotia


Imagem: Jocimar Jesus de Campos

O Casarão Cotia, na cidade de Poconé-MT, foi tombado por sua importância cultural. Foi construída por operários e maior número de escravos.

SEC – Secretaria de Estado da Cultura do Mato Grosso
Nome Atribuído: Casarão Cotia
Localização: Distrito de Cangas – Poconé-MT
Resolução de Tombamento: Portaria n° 029/2007, de 18/7/2007

Descrição: O monumento histórico “Casarão Cotia” está localizado no município de Poconé/MT, de propriedade da Missão da Ordem Terceira Regular de São Francisco do Brasil. A construção foi feita por operários especializados, pagos em ouro, e maior número de escravos. As paredes socadas e outras de adobes de antigamente, grandes largos e altos, de barro bem amassado, em mistura com capim-carona, que dá maior solidez. No interior da casa grande foi feita a capela para a padroeira, Nossa Senhora da Abadia, cuja imagem, moldurada em madeira com articulações, cabelos enrolados à moda portuguesa, feita por frades escultores do Convento da Abadia, em Portugal, foi trazida, possivelmente, pelo fundador da fazenda. Provavelmente era uma fazenda de gado, seu primeiro dono foi o Ten.cel. José de Arruda e Silva casado com D. Francisca da Cunha ou o Padre Bento Gomes que recebeu em doação do imperador uma enorme área de terras que iam da cabeceira do rio que recebeu o nome do padre e desce até o pantanal. A fazenda está no caminho entre Cuiabá e Poconé, e como no local tinha muitos roedores de nome cutia, o que é grafado de forma incorreta ficando Cotia, animal usado na alimentação de tropeiros e viajantes. Assim o nome do Casarão está ligado a este animal.
Fonte: Governo do Estado.

Descrição: […] A fazenda está situada na MT-060, a 12 quilômetros de Cangas, sendo possível, mesmo da estrada, avistar o casarão da Cotia, prédio histórico que o primeiro proprietário denominava “Fábrica de Engenho”.
O senhor Gregório Paes Falcão, proprietário da fazenda Cotia, era casado com Dona Maria Carmina das Dores; ele morreu com mais de 90 anos e não teve filhos. Sua esposa, única herdeira, conduziu a fazenda com “mãos de ferro” até sua morte. O casal era proprietário de sete sesmarias, 2 mil cabeças de gado, 400 cavalos; eram, ainda, senhores de centenas de escravos.
Na fazenda, eles criavam gado, produziam leite e carne, e tinham relações próximas com as elites que governavam a província de Mato Grosso, que, inclusive, frequentavam a fazenda; pois, por estar localizada à beira da rodovia, era ponto de parada em direção à capital da época, Vila Bela da Santíssima Trindade (CAMPOS, 2010).
Fonte: Jocimar Jesus de Campos.

Histórico do município: Poconé é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Situa-se a 100 km de Cuiabá. Poconé foi descoberta por Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, em 1777, após ouro ter sido descoberto. Seu primeiro nome foi Beripoconé, nome proveniente de uma tribo indígena que habitava a região,”. Em 21 de janeiro de 1781, sob ordens de Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, Antonio José Pinto de Figueiredo criou a Ata de fundação do Arraial de São Pedro d’El Rey. O nome Arraial de Beripoconé não foi usado pelo gentílico ser considerado bárbaro, derivando do gentio “habitou nesta paragem”.
Em 25 de outubro de 1831, o Decreto Geral do governo regencial criou o município, junto com seus limites políticos atuais, de Villa de Poconé, o último nome sendo uma modificação do nome original.
O de 1831, criou o município, com a denominação de Villa de Poconé, voltando o nome antigo, pouco modificado. Neste decreto, ocorreu pela primeira vez a designação de limites em ato de criação de município em Mato Grosso. Em 1 de julho de 1863, Poconé recebeu o estatuto de cidade via Lei Provincial.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Jocimar Jesus de Campos


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