Ponta Grossa – Casa Amarela


Imagem: Prefeitura Municipal

A Casa Amarela, em Ponta Grossa-PR, abrigou a companhia Pontagrossense de Telecomunicações, primeira do Estado, cujas atividades se iniciaram em 1908.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Casa Amarela
Outros Nomes: Antiga companhia Ponta-Grossense de Telecomunicações
Localização: R. Santos Dumont, n° 700 – Ponta Grossa-PR
Processo: 62/2001

Descrição: Inicialmente o prédio da Rua Santos Dumont n° 700, abrigou a companhia Pontagrossense de Telecomunicações, sob a firma de Prosódio Cunha e Cia, instalada para a exploração de serviços públicos de telefonia. Essa foi a primeira companhia telefônica do Paraná, teve inicio em 28 de setembro de 1908. O imóvel abrigou também outros estabelecimentos comerciais, atualmente é ocupado pelo Foto Carlos De Mário. O terreno compreende um sobrado de alvenaria destinado para o comércio. Tombado em 2004, edifício eclético.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O funcionamento da telefonia no Brasil iniciou-se em 1877 com o primeiro aparelho telefônico instalado no Rio de Janeiro, na casa comercial “O Grande Mágico”, ligando esse estabelecimento ao quartel do corpo de bombeiros.

Os antecedentes oficiais do atual sistema de telecomunicações de Ponta Grossa remontam ao do próprio Estado do Paraná, que teve em 18 de março de 1882 a expedição do decreto Imperial nº 8.460, em que o imperador D. Pedro II deu permissão ao engenheiro da Corte N. Koln para assentar linhas telefônicas nas cidades de Santos, Ouro Preto, Curitiba e Fortaleza. Esse decreto caducou por ter vencido o prazo de seis meses para o início dos trabalhos de assentamento das linhas telefônicas.

Tais linhas só foram implantadas no Paraná em 1886, na cidade de Paranaguá, estabelecendo ligações entre os escritórios comerciais do município. Em 30 de setembro de 1897 inaugurou-se as linhas telefônicas em Curitiba, ligando o Palácio da Presidência do Estado à Secretaria de Polícia, ao Quartel do 3º Regimento de Artilharia e à Estação da Estrada de Ferro.

Inicialmente o prédio da rua Santos Dumont nº 700, abrigou a Companhia Pontagrossense de Telecomunicações, sob a firma de Prosódio Cunha e Cia., instalada para exploração de serviços públicos de telefonia. Essa foi a primeira companhia telefônica do interior do Paraná, teve início em 28 de setembro de 1908, com uma central de apenas 144 aparelhos instalados e 225.000 metros de alcance, estendendo-se aos distritos de Conchas e Ipiranga. Em 1911 a prestação de serviço foi estendida à cidade de Castro. A partir de então firma concessionária adaptou-se as necessidades de mercado, constituindo a Empresa Telephônica do Paraná, transformada mais tarde em Companhia Telefônica do Paraná, e em 20 de outubro de 1927 em Companhia Telefônica Paranaense Ltda., com 400 aparelhos.

Em 1963 a Cia. Telefônica Nacional – CTN – detinha a concessão da exploração do serviço em Ponta Grossa, sendo também a concessionária para outros municípios paranaenses dentre os quais Curitiba e Paranaguá.

Em 1964 sentindo que a demanda de telefones fornecidos pela CTN estava sendo reprimida e a necessidade da modernização, acompanhando a automatização que se vinha verificando nos serviços de telefonia no Brasil, os meios empresariais e políticos de Ponta Grossa iniciaram um movimento no sentido de dotar a cidade de telefones automáticos. A sugestão aceita foi a da criação de uma Companhia Mista Municipal, que previa a constituição de uma sociedade de economia mista destinada à exploração dos serviços públicos de comunicação telefônica urbana.

O imóvel abrigou também outros estabelecimentos comerciais, atualmente é ocupado pelo Foto Carlo De Mário. O terreno compreende um sobrado de alvenaria destinado para comércio sob os números 700 e 710, com frente para a sua Santos Dumont e um depósito com frente para a rua Dr. Colares nº 126. Os atuais proprietários são: Paulo Roberto Stolz, Jefferson Carlos da Cruz e sua mulher Adriane Stolz da Cruz.

Pesquisadora: Daniele Pereira da Silva
Supervisora: Elizabeth Johansen Capri
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

 


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