Ponta Grossa – Centro de Cultura


Imagem: Prefeitura Municipal

O Centro de Cultura, em Ponta Grossa-PR, abrigou o Ginásio Regente Feijó, em 1927, em a Escola Normal de Ponta Grossa, até 1950.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Centro de Cultura
Localização: R. Dr. Colares, n° 436, esquina com R. Augusto Ribas – Ponta Grossa-PR
Processo: 33/2001

Descrição: Localizado na rua Dr. Colares, esquina com a Rua Augusto Ribas. O local foi utilizado para abrigar o Ginásio Regente Feijó, em 1927. Devido ao aumento do número de alunos, o Ginásio passou a ocupar outro prédio, na Praça Barão do Rio Branco e, nesta edificação, então, começou a funcionar a Escola Normal de Ponta Grossa até 1950. Em 1988 o imóvel foi doado à Prefeitura de Ponta Grossa, sendo inaugurado o Centro de Cultura, onde acontecem exposições, apresentações e atividades culturais, como por exemplo, a Quarta Cultural. Foi tombada pelo COMPAC como Patrimônio Cultural de Ponta Grossa em 2002.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Localizado na rua Dr. Colares, esquina com a Rua Augusto Ribas. O imóvel foi construído no inicio do século XX por volta de 1907, sendo Carlos Starke e Frederico Ansbach os principais construtores. O primeiro proprietário do mesmo foi o Sr. Amando Cypriano da Cunha (Irmão de Theóphilo Cunha) e sua esposa Sra. Andrelina Vilela da Cunha.

Na década de 1920, durante o governo de Caetano Munhoz da Rocha – através do Inspetor Geral de Ensino, César Prieto Martinez – houve uma reforma educacional no Paraná, com a valorização da Escola Normal para a formação de professores, sendo que a lei de 31 de março de 1921 oficializou o projeto de criação das Escolas Normais nas cidades de Ponta Grossa e Paranaguá. Em 07 de abril de 1922, o Sr. Manoel Suarez e sua esposa Clara Suarez, proprietários do terreno e casas situados á Praça Barão do Rio Branco, enviaram carta ao Jornal Diário dos Campos a fim de propor a venda dos mesmos para que no local fosse instalada a Escola Normal Primária de Ponta Grossa. A escola Normal Iniciou as aulas em 1924 em prédio construído em frente á já mencionada praça. O Governo Estadual adquiriu o imóvel em estudo para que nele fosse instalado o Ginásio regente Feijó, que foi fundado em 1927, e funcionou até 1939, após ter havido no ano interior (através do Decreto Governamental n° 6.150, do dia 10 de janeiro de 1938) a fusão entre Ginásio Regente Feijó e a Escola Normal.

Em Maio de 1986, foi criado através de Lei Municipal o Centro de Cultura da Cidade de Ponta Grossa. O prédio em questão passou por um processo de restauração, tendo recuperadas as características externas da época em que foi edificado, bem como três salas do andar superior, onde há pinturas artísticas nas paredes e teto.

O Centro de Cultura foi inaugurado em 1988, constituindo-se um espaço destinado á realização de apresentações artístico-culturais, palestras, cursos, congressos, reuniões de cunho social (artístico, educacional, literário, cientifico) entre outras. O local possui em Auditório (Sala Avelino Vieira), Galeria de Artes (Galeria João Pilarski) e um espaço externo (Praça Faris Michaele), sendo que este também pode ser utilizado na realização de eventos.

Informações:
Jornal Diário dos Campos – 07 de abril de 1922. Acervo Casa da Memória
Jornal Diário dos Campos – 05 de dezembro de 1923. Acervo Casa da Memória
Jornal de História – ano 1, n°2. Junho / 1996. Acervo Casa da Memória
HOLZMANN, Guísela V. Frey. Cinquentenário do Colégio Estadual Regente Feijó. Gráfica Planeta, 1978.
DROPA, Márcia Maria. A memória do patrimônio histórico tombado em Ponta Grossa. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Ciência e Letras de Assis – Universidade Estadual Paulista. Asis, 1999.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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