Ponta Grossa – Cine Teatro Ópera


Imagem: Google Street View

O Cine Teatro Ópera, em Ponta Grossa-PR, foi construído em 1947, em estilo art-decô. Marca materialmente o inicio da modernidade arquitetônica na cidade.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Cine Teatro Ópera
Localização: R. XV de Novembro, nº 468, esquina com R. Augusto Ribas – Ponta Grossa-PR
Processo: 22/2001

Descrição: Construído no ano de 1947 em estilo art-decô, o edifício localizado na esquina de duas das principais ruas da época, a XV de Novembro e a Augusto Ribas, o Cine Teatro Ópera marca materialmente o inicio da modernidade arquitetônica em Ponta Grossa. Foi o primeiro prédio ponta-grossense construído com base no processo de verticalização em que muitas cidades brasileiras implantavam nesta época como modelo da modernidade.
O prédio foi construído com seis pavimentos, sendo que o térreo contava com a estrutura para um Cine-teatro e o restante dos espaços eram destinados originalmente a serem utilizados como residências. Foi também o primeiro prédio da cidade que podia contar com uma nova ferramenta da modernidade, o primeiro a possuir um elevador.

O cinema, como advento cultural, surgiu em Ponta Grossa no início do século XX, num momento em que a ideia de progresso era estabelecida por acontecimentos visíveis na sociedade como a estrada de ferro, a imprensa e também as transformações urbanas, como a luz elétrica.

O primeiro cinema a surgir em Ponta Grossa foi o Cine Recreio, devido à iniciativa de Augusto Canto em 1906, depois em 1911 o Cine Renascença e em 1939 o cine império. Em 15 de setembro de 1950 o Cine Teatro Ópera foi inaugurado como mais um cinema ponta-grossense, contava com mil e quatrocentos lugares, e teve seu destaque devido a ser um espaço luxuoso para época, preferido pela elite local.

Segundo consta em estudos de historiadores local a primeira sessão cinematográfica a ser exibida foi “Carnaval em Fogo”, que segundo o jornal da época era o “maior filme nacional da história do cinema, cujo êxito, esfacelou, arrasou, pulverizou todos recordes no Brasil entre filmes qualquer…”.

Hoje o imóvel é tombado pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (COMPAC) de Ponta Grossa e faz parte do conjunto patrimonial, arquitetônico, cultural e artístico da cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O Edifício Ópera, construído em 1947, marca o início da verticalização da cidade de Ponta Grossa. Sua construção no cruzamento da rua XV de Novembro com a rua Augusto Ribas se deu pelo fato deste local ser o ponto central do antigo comércio da então rua das Tropas.

“a alocação do edifício Ópera não foi casual, pois este encontrava-se exatamente no ponto de convergência de duas importantes funções da cidade: a de passagem (antigamente das tropas) e de abastecimento”

O edifício Ópera foi o primeiro a possuir um elevador e foi projetado para função residencial nos seus seis andares e, no andar térreo, destinado a um cine teatro, o que veio a ocorrer alguns anos mais tarde.

No ano de 1949, inicia-se a construção do Cine Ópera que foi inaugurado em 1950 por Elias José Curi que foi o responsável pela edificação do prédio e do próprio Cine Ópera.

Com a inauguração do Cine Ópera, a Cidade Império. O novo cinema concorria com os outros em grandeza e luxo e ainda possuía um auditório para 1.400 pessoas.

Em setembro de 1950 foi evada a efeito a primeira sessão nas dependências do Cine Ópera cujo lema de trabalho era o de ser “orgulho de Ponta Grossa”. De acordo com um telegrama publicado do Diário dos Campos da época:

Acabamos de receber diretamente Rio de Janeiro fim especial inaugurar luxuoso Cine Ópera, cópia niva “Carnaval de fogo” maior filme nacional na história do cinema cujo êxito, esfacelou, arrazou, pulverizou todos records no Brasil entre filmes qualquer…” UCB filmes

Nos anos de 1960, o cine Ópera foi adquirido por Jorge Miguel Ajuz, que detinha também os direitos sobre o cine Império e Inajá, sob a razão social de CICOREL – Cine, Comércio e Representações Ltda., fundada em 1961 como sucessora da firma A. Holzamann & Cia Ltda.

Informações:
Jornal Diário dos Campos. Ponta Grossa, 1949.
Jornal Diário dos Campos. Ponta Grossa, 16 e 17 de setembro de 1950.
OLIVEIRA, Itacil Ferreira de (org.). Álbum de Ponta Grossa. Curitiba: Lítero – Técnica, 1963.
Pesquisador: Luis Claudio Moutinho
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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