Ponta Grossa – Escola Desafio


Imagem: Prefeitura Municipal

A edificação da Escola Desafio, em Ponta Grossa-PR, foi construída para residência do Sr. Brasil Pinheiro Machado, em 1914.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Escola Desafio
Localização: R. Marechal Deodoro, nº 531 – Ponta Grossa-PR
Processo: 70/2001

Descrição: Localizada na Rua Marechal Deodoro, a casa foi construída por Brasil Pinheiro Machado em 1914 foi ocupada por ele e sua família por muitos anos. Posteriormente tiveram instaladas no local alguns estabelecimentos comerciais, além de uma estrutura escolar que serviu á Escola Condal e atendeu também posteriormente a escola Desafio por professores habilitados em cursos superiores e especialistas em diversas áreas que compraram a escola Condal em 1986. Edifício tombado no ano de 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A casa construída por Brasil Pinheiro Machado em 1914 foi ocupada por ele e sua família durante muitos anos. Posteriormente estiveram instalados no local alguns estabelecimentos comerciais, além de uma estrutura escolar que serviu à Escola Condal e atende atualmente à Escola Desafio. O jardim sofreu algumas alterações, porém, existem dois credos que foram plantados na mesma época da construção da casa.

Brasil Pinheiro Machado era casado com a Maria Eugênia Pinheiro Machado, com quem teve sete filhos, entre eles três se destacaram na política local: Brasil, Raul e Theodoro.

Brasil Pinheiro Machado (o filho) nasceu em Ponta Grossa, era advogado, historiador e professor de História do Brasil na Universidade Federal do Paraná, da qual também foi seu vice-reitor. Foi nomeado Prefeito de Ponta Grossa em 1932, ficando no cargo até 1933, ocupou também, o cargo do Interventor do Estado. Em 1934 foi eleito Deputado Estadual pelo Partido Republicano Paranaense.

Raul Pinheiro Machado formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Tornou-se professor de História e Geografia no Colégio Regente Feijó, sendo seu diretor por duas vezes. Na Universidade Estadual de Ponta Grossa lecionou em História, Geografia e Direito. Pertenceu ao Centro Cultural Euclides da Cunha, foi presidente do Clube Pontagrossense e autor da obra “Vassouradas”. Em Curitiba, lecionou no Colégio Estadual do Paraná e no Colégio da Polícia Militar, além disso, participou várias vezes de bancas de exames vestibulares na UFPR.

Theodoro Pinheiro Machado foi nomeado Prefeito de Ponta Grossa em 1946 para governar interinamente. Fazendeiro e agropecuarista, foi pioneiro na criação de gado da raça Santa Gertrudis no Paraná. Na sua gestão criou uma feira livre na Praça Barão de Guaraúna, depois transferida para a Rua Benjamin Constante. Abriu a Rua Júlia Lopes que liga os bairros da Nova Rússia e São José. Também, foi presidente do Clube Pontagrossense.

A Escola Condal foi fundada em 1984 com o objetivo de atuar no ensino pré-escolar e de 1º grau. Era sua diretora a professora Iria Berri, licenciada em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Em 1986, uns grupos de professores habilitados em superiores e especialistas em diversas áreas compraram a estrutura da Escola Condal, fundando a Escola Desafio. Alicerçada nos eixos da Pedagogia Freinet – cooperação, afetividade, documentação e comunicação – a Escola Desafio constitui-se de 40 profissionais, em seu corpo técnico- pedagógico, e atende a clientela de aproximadamente 150 famílias. Trabalha com crianças a partir de dois anos de idade até a 8ª série do ensino fundamental.

A Sociedade de Estudos da Educação, mantenedora da Escola Desafio compõem-se atualmente de três sócios-gerentes, que dirigem e coordenam os segmentos da escola, são eles: Antonio Carlos Pilatti, Maria Helena Sá Santos e Neide Keiko Kravchychyn Capplletti.
Pesquisadora: Patrícia Silvestre.
Supervisor: Elizabeth Johansen Capri.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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