Ponta Grossa – Estação Arte


Imagem: Prefeitura Municipal

A edificação da Estação Arte, em Ponta Grossa-PR, foi construída em 1896, em madeira, em estilo eclético, como depósito de cargas da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA).

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Estação Arte
Localização: R. Benjamin Constant, n° 404 – Ponta Grossa-PR
Processo: 30/2001

Descrição: De estilo eclético, o Armazém da Estrada de Ferro do Paraná foi construído em madeira ao lado da Estação Paraná em 1896 para ser depósito de cargas da RFFSA – Rede Ferroviária Federal S/A. Em 1910, este barracão foi reformado, passando a ser de alvenaria depois de sofrer um incêndio. No espaço, também funcionou de 1996 ao final de 2007 a Estação Arte, espaço destinado para atividades culturais e em março de 2008, passou a funcionar na estação o Mercado da Família, onde a população carente da cidade tem acesso à produtos com preços promocionais. Tombado em 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Estação Paraná, construída em 1894, inicialmente foi utilizada para embarque e desembarque de passageiros e cargas, porém com o desenvolvimento da economia e comercio da região, a permanência de cargas naquela Estação tornou-se inviável.

Devido a estas circunstancias, foi construído em 1896 o armazém de Cargas, onde eram depositados diversos produtos agrícolas e extrativistas, principalmente madeira e erva mate cancheada, a qual vinha das regiões produtoras trazida em sacos até Ponta Grossa ou Curitiba, para os engenhos de soque. Inicialmente, também estocou materiais que seriam utilizados na construção da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande.

O imóvel que abrigou o Armazém de Cargas da Estrada de Ferro Paraná e posteriormente o Terminal de Cargas da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande, foi restaurado pela Prefeitura Municipal na Gestão do Sr. Paulo Cunha Nascimento.
Informações: Acervo documental e fotográfico da Casa da Memória Paraná.
Pesquisadora: Claudine Cavalli Fontoura
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

 


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