Ponta Grossa – Museu Época


Imagem: Prefeitura Municipal

O Museu Época, em Ponta Grossa-PR, foi inaugurado em 1922, em casarão construído por volta de 1880, em estilo de Art. Nouveau.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Museu Época
Localização: R. Engenheiro Schamber, n° 435, esquina com R. Frei Caneca – Ponta Grossa-PR
Processo: 07/2001

Descrição: Inaugurado em 15 de setembro de 1922, o casarão sede do Museu Época foi construído por volta de 1880, em estilo de Art. Nouveau. Foi antiga residência de figuras políticas ilustres na história da cidade, como Bonifácio Vilela e Vicente Machado. O museu possui em seu acervo peças que retratam a história de várias regiões do país, como a coleção de moedas antigas e espadas utilizadas na Guerra do Paraguai, além de rádios, armas, fotos, diversos telefones, móveis e outros objetos de igual valor históricos.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O casarão sede do Museu Época foi construído por volta de 1880, em estilo Art Nouveau.  Foi antiga residência de figuras políticas ilustres na história da cidade, como Bonifácio Vilela e Vicente Machado.

A construção, antiga residência do comendador Bonifácio José Villela, tem aproximadamente 100 anos de existência, passou por uma reforma conforme planta aprovada em 1928. Já foi sede da Biblioteca Pública Municipal, e por ultimo abrigou um museu particular, denominado Época. Esse museu é de particularidade do Sr. Aristides Spósito e não tem fins lucrativos.

Depois de adquirir o imóvel o Sr. Aristides, por iniciativa própria, começou a reunir peças de mobiliário; objetos de firmas estabelecidas na cidade, algumas ainda atuante e de outras que já encerraram suas atividades; fotografias; jornais; documentos antigos; e animais empalhados, e com o auxilio do Sr. Francisco Silva organizou o museu. Efetuou-se também a montagem de um mini zoológico com animais silvestres.

Em 15 de setembro de 1992 o museu e mini zoológico Época foram abertos á visitação pública, visando proporcionar a população ponta-grossense uma fonte de lazer e cultura. Em 1994, os animais silvestres foram apreendidos pelo IBAMA e o mini zoológico foi extinto. Nessa época o acervo no museu foi transferido para o porão. No entanto, em março de 1997, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, o Museu Época foi novamente aberto à população princesina.

Atualmente seu acervo conta com mais de 3000 peças, das quais a maioria foi doada pela comunidade. Entre os objetos em exposição, destacam-se as ferramentas utilizadas por Tibúrcio Pedro Ferreira, possivelmente o primeiro carpinteiro e celeiro de Ponta Grossa; o piano que sonorizava as sessões de filmes mudos no Cine Renascença e a cruz da antiga Catedral. Esses e muitos outros objetos e documentos retratam a história da cidade.

O museu possui em seu acervo peças que retratam a história de várias regiões do país, como a coleção de moedas antigas e espadas utilizadas na Guerra do Paraguai, além de rádios, armas, fotos, diversos telefones, móveis e outros objetos de igual valor históricos.

Biografia do Comendador Bonifácio José Villela:

Nasceu em Desterro, Santa Catarina, em 16 de dezembro de 1834. Chegou á Ponta Grossa em 1854. Casou-se com Placidina Alves Guimarães Villela e José Bonifácio Villela, ambos exerceram a função de prefeito da cidade.

Fundou a “Casa Villela”, que administrou juntamente com seus filhos. Foi 2° suplente da câmara de Vereadores em 1860 e vereador nos quadriênios seguintes, 1861 a 1869.

Em 1880, com a visita do imperador D. Pedro II á cidade, Bonifácio Villela colaborou com a comissão encarregada das homenagens. Ocupou o cargo de Juiz de Paz em 1887.

Em 15 de setembro de 1992 era inaugurado o Museu Época, iniciativa corajosa de Aristides Sposito, que não mediu esforços para reunir um dos mais ricos acervos do estado do Paraná, tornando o espaço referência na história. O museu encontra-se fechado desde pouco antes de seu falecimento em 2019. Possui peças que retratam a história de várias regiões do país, como a coleção de moedas antigas e espadas utilizadas na Guerra do Paraguai, além de rádios, armas, fotos, diversos telefones, móveis e outros objetos de igual valor históricos.

Informações:
Entrevista com o senhor Edmar Vargas realizada 07 de agosto de 2001
Entrevista com a Sra. Geluk Lima Vargas realizada em 13 de agosto de 2001
Histórico do Mini Zoológico e Museu Época, existente no arquivo referido museu.
Jornal A Notícia. Ponta Grossa, 15 de outubro de 1978
Jornal da Manhã. Ponta Grossa, 15 de setembro de 1984
Jornal da Manhã. Ponta Grossa, 19 de janeiro de 1997
Jornal Diário da Manhã. Ponta Grossa, 15 de setembro de 1992
Acervo Casa da Memória
Registro de Imóveis – 2°Ofício, matricula n° 101
Registro de Imóveis – 2° Oficio, lavrado em 24.10.1985

Referência Bibliográficas:
CHAMMA, Guisela V. Frey. Ponta Grossa – o povo, a cidade e o poder. Ponta Grossa, 1988.
LUPORINI, Teresa Jussara. Escola Estadual Senador Correia: pioneira da instrução pública em Ponta Grossa. Ponta Grossa: Gráfica Planeta, 1987, p.45.
PEDROSO, Maria Lurdes Osternach. Uma história para nossa gente. Ponta Grossa: Gráfica Planeta LTDA., 1990, p. 70.

Pesquisadora: Patrícia Silvestre
Supervisora: Elizabeth Johansen Capri
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

 


1 comments

  1. mariangela sposito |

    ano da inauguração do museu esta errado em 2 lugares no inicio, não foi em 1922, e sim em 1992!!!

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