Ponta Grossa – Olaria 12 de Outubro


Imagem: Prefeitura Municipal

A Olaria 12 de Outubro, em Ponta Grossa-PR, faz parte de um conjunto de olarias e de fábricas de tijolos e telhas criadas no final do séc. XIX.

COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Olaria 12 de Outubro / São Sebastião
Localização: Rua dos Operários – Bairro de Olarias – Ponta Grossa-PR
Processo: 91/2001

Descrição: Localizada no Bairro de Olarias a Cerâmica 12 de Outubro faz parte de um conjunto de fábricas de tijolos e telhas, olarias que começaram a ser criadas no final do século XIX pois a urbanização começava a se expandir em Ponta Grossa. A Cerâmica 12 de outubro foi construída em 12 de outubro de 1920, sendo seu primeiro proprietário Pedro Ribas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Localizado no Bairro de Olarias a Cerâmica 12 de Outubro faz parte de um conjunto de fábricas de tijolos e telhas- olarias que começaram a serem criadas no final do século XIX, pois a urbanização começava a expandir-se em Ponta Grossa, implicando na alta demanda para a construção de imóveis para a instalação de casas comerciais ou para servirem de residências, já que o uso da madeira destinada à construção estava saindo da moda, e as telhas usadas em poucos lugares eram fabricadas em São Paulo e vindas de Paranaguá via tração animal. Também tinha outro motivo que contribuiu para o crescente número de fábricas de telhas e tijolos no local: a abundância de argila na região, matéria- prima para colocar uma olaria em funcionamento. Essa afirmativa vem de estudos geológicos realizados em 1916 por Eusébio Paulo Oliveira e na década de 50 por Frederico Wandemar Lange, onde foi detectado em Olarias, Ronda e Uvaranas grande quantidade de rochas argilosas, e fora isso a opção por instalar fábricas de tijolos no local foi devido ao número de vertentes que foram o Arroio de Olarias. O nome do bairro de Olarias é oriundo dessa invasão de Olarias na região.

A Cerâmica 12 de Outubro foi construída em 12 de outubro de 1920, sendo seu primeiro proprietário Pedro Ribas, a qual fabricava telhas e tijolos, e era construída por várias edificações entre as quais, casas de morada destinada ao gerente e aos funcionários, galpões com maquinários e acessórios. Com a morte de Pedro Ribas seu filho Alfredo Pedro Ribas; conhecido na sociedade pontagrossense por sua tradicional família e por seus serviços em entidades assistenciais era um dos provedores da Santa Casa de Misericórdia, assumiu os negócios da cerâmica, e a sua residência que se localizava na mesma região era conhecida pelos habitantes do local pelo destaque de sua construção. Após a morte de Alfredo Pedro Ribas a fábrica foi vendida a Leopoldo Almeida Taques, que desmembrou uma área de 60.500 m. onde está as instalações de olaria e venderam o terreno em 1976 para Ovidio Gabuio, industrial e pecuarista.

Ovidio Garbuio com 82 anos de idade relata que durante os 16 anos dirigiu a Cerâmica 12 de Outubro produzia em torno de 70 a 80 mil peças e a renda dessa produção somente cobria os custos que abrangia todo o processo produtivo, entre os quais seus doze funcionários, que moravam dentro dos limites da fábrica, transportes e aquisição dos materiais em geral. Os moradores afirmam que atualmente existe grande quantidade de argila de boa qualidade e que poderá ser explorado por mais 200 anos. Então o fechamento de várias olarias em Ponta Grossa não foi causa da exaustão e falta de matéria- prima e sim à falência dos proprietários devido aos altos impostos e encargos sociais que eram praticados pelo poder público.

Atualmente somente existem duas chaminés e dois galpões que serviam como depósito para secagem de telhas e o restante do complexo industrial doi demolido pelo atual proprietário.
Pesquisadora: Isolde M. Waldmann
Digitação: Jean Carla Scariotte
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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