Ponta Grossa – Residência de Hebe Santos Fernal


Imagem: Prefeitura Municipal

A Residência de Hebe Santos Fernal, em Ponta Grossa-PR, foi construída em 1944, pelos “Irmãos THÁ” – Engenharia, Arquitetura e Construções” (procedente de Curitiba).

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Residência de Hebe Santos Fernal
Localização: R. Dr. Paula Xavier, nº 940 – Ponta Grossa-PR
Processo: 05/2003

Descrição: “Localizado na Rua Doutor Paula Xavier, construído em 1944, pelos “Irmãos THÁ” – Engenharia, Arquitetura e Construções” (procedente de Curitiba), em terreno adquirido em 1941 pelo Sr. Leopoldo Guimarães da Cunha. No inventário esta casa foi projetada o jardim, sendo que este permanece com as características originais. Conserva sua planta arquitetônica próxima do original, com pouca ou nenhuma alteração em cada elemento da construção. Jardim foi projeto pelo paisagista Jacob Schell. Tombamento ano de 2003.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O referido imóvel foi construído no ano de 1944, pela “Irmãos THÀ- Engenharia Arquitetura e Construções” (procedente de Curitiba), em terreno adquirido em 1941 pelo Sr. Leopoldo Guimarães da Cunha. No envoltório da casa foi projetado o jardim, sendo que este permanece com as características originais.

O proprietário nasceu em 1904, sendo filho de Theóphilo Alves da Cunha e Maria Jovita Guimarães da Cunha. Era o único homem da família, tendo mais três irmãs: Otília, Ismênia e Amanda.

Leopoldo iniciou os estudos em Ponta Grossa e posteriormente concluiu o curso de Engenharia na Escola Politécnica de São Paulo. Em viagem de férias à cidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, conheceu Hebe Junqueira Santos, filha do Sr. Marçal Santos e Maria Verônica das Dores Junqueira, que tinham mais quatro filhos: Roberto, Margarida, Iris e Marcelo.

Desde os primeiros encontros, Leopoldo e Hebe iniciaram um romance, casando-se na década de 1930, em Minas Gerais. Logo após o matrimônio, o casal veio residir em Ponta Grossa, inicialmente próximo á Praça Floriano Peixoto e posteriormente, quando já tinham os quatro filhos- Vera, Otto, Marcus e Ricardo- mudaram-se para a nova casa, em 1944, que havia sido recém-construída.

Leopoldo Guimarães da Cunha faleceu prematuramente, em 1946, aos 42 anos de idade, deixando todas suas atividades industrias sob responsabilidades de sua esposa.

No ano de 1949 Hebe Santos casou-se novamente, com o advogado Petrônio Fernal, que morava em Sorocaba, São Paulo, local onde foi realizada a cerimônia. Logo após, Petrônio transferiu-se para Ponta grossa, assumindo a direção das Indústrias Theóphilo Cunha S.A.; e dois anos depois de sua vinda, foi eleito Prefeito desta cidade (de 1951 a 1955). Faleceu vítima de enfarto, em 1968.

A família Cunha destacou-se no setor econômico e político, com o Sr. Otto Santos da Cunha, foi Prefeito de Ponta Grossa de 1983 a 1989, bem como foi deputado federal e seu filho Leopoldo Cunha Neto é vereador.

Segundo depoimento de Hebe Santos Fernal, recordando bons momentos vividos na casa, ocorreram diversas festividades, com a presença de familiares vindos de Minas Gerais, aniversários e outras comemorações.
Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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