Ponta Grossa – Vivenda Ernestina Virmond


Imagem: Prefeitura Municipal

A Vivenda Ernestina Virmond, em Ponta Grossa-PR, ainda guarda características originais, como a varanda em alvenaria, portas em madeira e pinturas internas.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Vivenda Ernestina Virmond
Localização: R. Francisco Ribas, n° 217 – Ponta Grossa-PR
Processo: 76/2001

Descrição: O casarão em questão serviu de residência á família Ernestina Virmond Taques, sendo que está adquiriu o imóvel em 1925 do Sr. Cezar Ribas, constando uma casa de morada construída de tijolos. Atualmente o casarão é ocupado por um escritório de advocacia. O casarão ainda guarda suas características originais, como varanda construída em alvenaria, portas em madeira e pinturas internas nas laterais e nos tetos. Tombado em 2003.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O Casarão em questão, serviu de residência a família Ernestina Virmond Taques, sendo que esta adquiriu o imóvel em 1925 do Sr. Cezar Ribas, constando uma casa de morada construída de tijolos, com o respectivo terreno e tendo como lindeiros os Sr. Alfredo Ribas Arthur Roeddel e Elvino Kathler.

Pela descrição, está é uma construção do inicio do século XX, pois quando a família Thielen mandou construir a Villa Hilda, os filhos do casal Odilon e Selecta Fonseca já residiam no local, conforme relatos de Yolando Fonseca e se filho Helenton F. T. Fonseca.

O Casarão ainda guarda suas características originais, como a varanda construída em alvenaria, portas em madeira e pinturas internas nas laterais e no teto.

Em frente, próximo a porta de entrada, está fixado o brasão da “família Taques”, de procedência portuguesa, fixando-se na região dos Campos Gerais a partir de 1704. Requereram do governo português a Sesmaria de Itaiacoca onde iniciaram o povoamento da região, tendo os seus sucessores contribuindo no desenvolvimento da cidade de Castro a Ponta Grossa, onde mantiveram atividades ligados a pecuária e tropeirismo, destacando-se também na política.

A família Virmond, tem seu nome ligado a história da cidade da Lapa, representada pelo Sr. Frederico Guilherme Virmond, imigrante francês, vindo para o Brasil em busca de liberdade, pois acabara de sair das Guerras de Napoleão Bonaparte, tendo lutado na batalha de Waterloo pela liberdade de sua pátria (em 1815).

Chegou ao Brasil em 1818 e casou-se com Maria Izabel Quadros de Andrade, no Rio de Janeiro e posteriormente o casal fixou residência na Lapa, onde lecionou desenho e pintura em 1833, foi o médico dos pobres e o único da Vila, bem como engenheiro, vindo a projetar pontes e edifícios.

Uma de duas netas, Carolina Virmond Queiroz, casada com o Cel. Ernesto Frederico Virmond Queiroz, são os pais de Ernestina Virmond Taques – uma das proprietárias do imóvel, sendo casada com Juvenal Taques.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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