Porto Alegre – Capela Nossa Senhora Belém Velho e Praça Belém Velho


A Capela Nossa Senhora Belém Velho e a Praça Belém Velho foram tombadas pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre-RS por sua importância cultural para a cidade.

COMPAHC – Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural
Nome Atribuído: Capela Nossa Senhora Belém Velho e Praça Belém Velho
Localização: R. Nossa Senhora do Rosário e R. Dr. Vergara – Porto Alegre-RS
Resolução de Tombamento: Lei n° 4665/79
Inscrição no Livro do Tombo: n° 22, p. 15, de 22/10/1980

Descrição: Belém Velho foi a segunda Freguesia de Porto Alegre, apenas precedida pela paróquia Nossa Senhora Madre de Deus, atual Catedral Metropolitana. O antigo arraial ainda conserva um predominante caráter rural na zona sul do município. Sua formação remonta a 1824, quando um grupo de fiéis arrematou em hasta pública o terreno para a ereção de uma capela consagrada a Nossa Senhora de Belém, bem como os terrenos adjacentes, que ficaram foreiros à mesma. Nesta data havia no local um oratório particular com a imagem de Nossa Senhora de Belém, que pertencia a Francisca Maria de Jesus, esposa de Manoel Rodrigues Rangel, primogênito do sesmeiro Dionísio Rodrigues Mendes.

A pequena e singela imagem da Nossa Senhora de Belém, com apenas meio palmo da altura, fez surgir a capela e a povoação. Esta Capela entretanto teve pouco tempo de duração, sendo demolida para dar lugar à outra mais espaçosa.

A nova Capela foi inaugurada no dia 2 de fevereiro de 1830, com a mesma invocação. A Capela funcionou praticamente como freguesia, já que tinha seus livros de registro dos batizados, óbitos e casamentos.

O curato Nossa Senhora de Belém foi elevado oficialmente a Freguesia pela lei no 34 de 06 de maio de 1846, melhorando assim os subsídios do Vigário “Chagas”, que passou e receber côngruas dos cofres públicos.

Passados vinte anos, em 1872, a igreja desabou quase totalmente, dela restando apenas a capela-mor que, adaptada, transformou-se no atual templo de Belém Velho.

Após o desabamento do templo, um movimento de fiéis e moradores, gestionou a transferência da sede da freguesia para a margem do Guaíba, o que afinal se consumou em 1880, com a instalação de Belém Novo. Belém Velho não morreu, mas imobilizou-se no tempo, sem haver experimentado qualquer expansão urbana. Com seus belíssimos panoramas, suas grandes figueiras e sugestivas casinhas remanescentes do século XIX, conserva as características de um pequeno arraial de feição rústica, nascido junto à sede, inteiramente desaparecida, da sesmaria de Dionísio Rodrigues Mendes.

A população de Belém Velho manifestou a vontade de reedificar a capela-mor desde 1877, mas este desejo só será concretizado em 1890, com muito sacrifício, baseada em donativos.

Em 4 de janeiro de 1924 morre a proprietária da chácara Francisca Maria de Jesus e as terras são doadas à “Santinha Nossa Senhora de Belém”.

Hoje na Capela de Belém Velho, restaram internamente as grades de madeira em talha com aplicação de flores e uma pia de água benta. De épocas mais recentes, a pomba, simbolizando o Espírito Santo em prata de lei batida e cinzelada e sobre um sustentáculo de madeira trabalhado, a imagem de Cristo e a imagem de Santa Luzia.

A Capela de Belém Velho apresenta uma arquitetura onde predomina a sobriedade. Possui planta baixa retangular onde agrega-se uma pequena sala de sacristia aos fundos. E um pórtico de entrada compondo o frontispício. Alinhado ao frontispício, encontra-se um campanário cuja extrema simplicidade caracteriza uma construção posterior ao corpo da nave.

A fachada principal apresenta os poucos elementos que denotam um maior cuidado na composição arquitetônica. O pórtico de entrada é delimitado por um frontão triangular sustentado por duas colunas toscanas quase estilizadas, unidas por um arco pleno. A porta principal de madeira em duas folhas almofadadas possui também uma bandeira em arco pleno. Logo acima do pórtico, no eixo de simetria da fachada, existe um óculo abeto no nível do coro. Delimitando o frontispício, estão dois cunhais em cada aresta lateral do prédio e um frontão triangular arrematando a cobertura de duas águas em telhas de tipo capa-e-canal.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *