Porto Alegre – Capela Nosso Senhor Jesus do Bom Fim


A Capela Nosso Senhor Jesus do Bom Fim foi tombada pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre-RS por sua importância cultural para a cidade.

COMPAHC – Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural
Nome Atribuído: Capela Nosso Senhor Jesus do Bom Fim
Localização: Av. Oswaldo Aranha, n° 462 – Porto Alegre-RS
Resolução de Tombamento: Lei n° 4665/79
Inscrição no Livro do Tombo: n° 5, p. 4, de 21/12/1979

Descrição: A idéia da construção da Capela do Bom Fim surge a partir da devoção de alguns fiéis que, em 25 de março de 1886, requereram à lrmandade da Conceição que lhes dessem a Imagem do Santo Cristo que havia na, hoje Matriz de Nossa Senhora da Conceição, mediante qualquer espórtula, com a condição de não a retirarem do altar, enquanto não tivessem Igreja própria. Àquela imagem, alguns devotos começaram a dar culto sob o título de Senhor do Bom Fim.

Já em 1865, a “Devoção” recebeu o primeiro donativo para as futuras obras da Capela do Bom Fim. Em 26 de setembro de 1866, D. Feliciana Alexandrina da Silva Câmara fez doação de um terreno com frente à Várzea para a edificação da Capela. Devido, porém, à falta de recursos financeiros, não foi dado início às obras e apenas foi erguido no local um mastro, em 20 de janeiro de 1867. No dia 30 de maio, foi finalmente lançada a pedra fundamental com grande aparato e, a 27 de outubro do mesmo ano, iniciaram-se as obras.

Assim, pode-se situar o início das obras entre 1867 e 1870, as quais, devido ao pequeno número de adeptos e, portanto, de suas contribuições, foram extremamente morosas. Com o aumento gradual da Devoção e o acréscimo dos donativos, possibilitou-se, juntamente com o auxílio do cofre provincial, o andamento das obras.

A conclusão da Capela ocorreu durante o ano de 1883. Mesmo assim, a Devoção prosseguiu na manutenção e melhorias da mesma, atestadas por informações sobre donativos em dinheiro ou peças (estatuárias, vitrais, alfaias, etc.), além da execução de obras nos anos posteriores.

A arquitetura eclética da Capela permite identificar três leituras distintas que caracterizam as três fases de sua construção: colonial português, representado nos arcos abatidos da fachada lateral; neo-gótico, representado nos arcos ogivais e neoclássico, evidente nos elementos da fachada principal: aberturas em arco pleno, frontão, colunatas dóricas na parte inferior e coríntias na metade superior e na torre sineira, além da estatuária encimando os cunhais.

A primeira fase construtiva atingiu a altura de meio pé-direito e foi feita de alvenaria de tijolos maciços, conformando apenas as paredes externas. A segunda, com o mesmo perímetro da primeira, porém com o pé-direito mais alto e acréscimo das tribunas, foi executada em alvenaria de pedras irregulares. A terceira fase consistiu em um acréscimo na parte frontal, construindo-se o átrio, o coro, a torre sineira, e diminuindo-se as tribunas a fim de se aumentar a nave, alterando-se inclusive a parte da capela-mor para a instalação do retábulo do altar.

A conclusão da Capela como se encontra atualmente deu-se em 1913, após o que, a Capela não sofreu mais modificações significativas na sua estrutura interna e externa. Desde 1870, o Campo da Várzea passou, devido à influência da Devoção que ali iniciava, a ser denominada “Campo do Bom Fim”. Mas não foi apenas o atual Parque Farroupilha que teve por algum tempo a designação de Bom Fim. A própria Avenida Oswaldo Aranha, até 1930, era conhecida como Avenida Bom Fim.

Em 1974, foi constituída Comissão para estudar o Tombamento da Capela e as 59 peças do seu acervo. A 21 de dezembro de 1979, a Capela é Tombada pelo Município que, em 1983, dá início às obras de restauração. A 12 de dezembro de 1987, foi realizada ali Missa de reabertura da Capela do Nosso Senhor Jesus do Bom Fim.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *